Após passar o fim de semana em São Paulo, o vice-presidente da República, Michel Temer, receberá na tarde desta segunda-feira (2), em Brasília, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Também participarão do encontro, segundo a assessoria do vice, conselheiros políticos de Temer: o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Nas últimas semanas, com o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, Temer passou a se reunir diariamente com parlamentares de diversos partidos, representantes de entidades da indústria, dirigentes de centrais sindicais e assessores mais próximos.
Temer e Meirelles têm se reunido com frequência, tanto em Brasília como em São Paulo. Após esses encontros, o ex-presidente do Banco Central tem dito que o vice-presidente não o convidou para assumir o Ministério da Fazenda, mas, somente, tem trocado avaliações sobre o atual cenário econômico e apresentado sugestões para o país retomar o crescimento.
Diante da possibilidade de assumir o governo com o afastamento de Dilma, Temer passou a definir, nos bastidores, o primeiro escalão de um eventual governo – caso o Senado decida na semana que vem dar prosseguimento ao processo de impeachment, a presidente será afastada por até 180 dias e, neste período, Temer comandará o Planalto.
Entre esses nomes já escolhidos por Temer, segundo assessores do vice-presidente, estão os de Henrique Meirelles (Fazenda), que terá autonomia para indicar o presidente do Banco Central, Romero Jucá (Planejamento), José Serra (Relações Exteriores), Henrique Alves (Turismo), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (assessoria especial).
Em meio a essas reuniões de Temer com seus principais conselheiros políticos e a definição dos nomes para um eventual governo, a Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, elaborou um documento chamado “Travessia Social”, com propostas para a área social.
Esse documento seria divulgado nesta segunda, mas, informou a assessoria da entidade, só será apresentado após o plenário do Senado deliberar sobre o processo de impeachment de Dilma.
Isso porque neste domingo (1º), a presidente anunciou, durante ato de comemoração do Dia do Trabalho, em São Paulo (SP), reajuste nos pagamentos do programa Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Conforme a assessoria da fundação, essas eram algumas das propostas para a área social, caso Temer assuma a Presidência da República.(G1.COM)