“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, tema escolhido para a prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), não foi assunto apenas das salas de aula. Os parlamentares pernambucanos posicionaram-se acerca do tema, que gerou discussões em todo o Brasil logo depois de sua divulgação.
Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, quem iniciou a análise do assunto foi o deputado estadual Lucas Ramos (PSB). Em seu discurso desta segunda-feira (26), o parlamentar elogiou a escolha do tema. “O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, organizador do exame) está de parabéns por abordar um problema tão atual, levar quase 7 milhões de candidatos à reflexão e propagar a Lei Maria da Penha, que completa dez anos de existência no ano que vem”, declarou Lucas Ramos na tribuna da Alepe.
Após a fala do deputado, outras parlamentares manifestaram-se. Para a deputada Raquel Lyra (PSB), o assunto surge na redação do Enem por tratar-se de um tema que ainda é corriqueiro na sociedade. “Quero parabenizar o deputado Lucas por abrir o debate oportuno sobre a violência de gênero, ainda presente na vida dos brasileiros”, registrou. Ainda elogiaram a posição do vice-líder do governo as deputadas Simone Santana (PSB), Priscila Krause (DEM) e Teresa Leitão (PT).
Lucas Ramos ainda defendeu que as redações construídas pelos estudantes no exame sejam analisadas para a construção de novas ações. “São sete milhões de cabeças pensando em apenas um assunto, propondo novas ideias e interpretações que podem gerar políticas públicas”, enfatizou. Ele classificou como “imprescindível” uma atuação transversal entre os poderes e sociedade para atuar no enfrentamento à violência contra a mulher.
GÊNERO – Ainda no seu discurso no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Lucas Ramos registrou a passagem do Dia Internacional contra a Exploração da Mulher, celebrado em 25 de outubro. O parlamentar destacou as ações do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria da Mulher, citando programas como as Casas Abrigo, a patrulha Maria da Penha e as ações educativas realizadas pelo poder executivo em escolas e faculdades. O deputado também cobrou celeridade ao Senado na análise do Projeto de Lei da Câmara Nº 130/2011, que multa as empresas que levarem em conta o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como determinante na remuneração ou oferecimento de oportunidades de ascensão profissional.
