Deputados, senadores, ministros e dirigentes de seis partidos da base governista (PC do B, PT, PSD, PROS, PP e PMDB) divulgaram na manhã desta terça-feira (15), em Brasília, uma carta aberta para manifestar apoio ao mandato da presidente Dilma Rousseff, que eles ressaltam, irá se encerrar somente em 31 de dezembro de 2018. O documento foi apresentado ao final de um café da manhã organizado pelo PC do B.
No manifesto de três páginas, os governistas repudiaram a articulação de oposicionistas para abrir processo de impeachment para afastar a presidente do comando do Palácio do Planalto e acusaram a oposição de alimentar artificialmente a crise política e econômica do país.
Assinaram o documento, entre outros, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o presidente do PT, Rui Falcão, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), os líderes do PMDB e do PC do B na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) e Jandira Feghali (RJ), respectivamente. Ao todo, 21 políticos subscreveram a carta.
O texto convoca ainda todas as forças sociais e políticas que apoiam a gestão petista a reafirmarem sua “contribuição” para que o país supere as dificuldades atuais e retome, “o mais rapidamente possível”, o desenvolvimento econômico e social em um “ambiente de paz, reconciliação e respeito incondicional aos princípios democráticos”.
Declaramos nosso firme e decidido apoio ao mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, que se extinguirá somente em 31 de dezembro de 2018. Nosso mais veemente repúdio a toda forma de retrocesso democrático que tente deslegitimar e encerrar de forma prematura o mandato popular conquistado, de forma limpa, em pleito democrático”, diz trecho da carta.
Na semana passada, partidos da oposição e até da base governista – entre os quais PSDB, PPS, DEM, PSC, PMDB, PTB e SD –, lançaram, na Câmara dos Deputados, um “movimento” a favor da abertura de um processo de impeachment da presidente da República.
O grupo criou um site para coletar assinaturas de eleitores e parlamentares que defendem o afastamento da chefe do Executivo. O objetivo é reforçar os pedidos de abertura de processo de impeachment que aguardam decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).(G1.COM)