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ESPAÇO DA POESIA

dioDepois que eu não poder mais,
Resolver os meus problemas,
Entrego o pescoço a forca,
Entrego as mãos as algemas,
Escrevo em letras de sangue,
Meus derradeiros poemas.

Uma seca como esta,
No sertão não é comum,
Se a cabra tem três cabritos,
Dois dos três dormem em jejum,
Porque o leite do peito,
Só dar pra sustentar um.

Moacir Laurentino.


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