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OPERAÇÃO RECONSTRUÇÃO: TERRENO VAZIO NO LUGAR DE CASAS EM MARAIAL

DEPUNo dia 18 de junho de 2010, vários municípios da Zona da Mata Sul de Pernambuco foram arrasados pelas chuvas que provocaram as maiores enchentes já registradas na história do Estado, atingindo milhares de pessoas. Cinco anos depois, a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) foi à Mata Sul para ver o que aconteceu com algumas obras que, mesmo anunciadas à época como fundamentais, foram completamente abandonadas.

A primeira visita dos parlamentares foi ao município de Maraial. Lá, constataram que aonde deveriam existir 744 casas dos Habitacionais São Salvador 1 e São Salvador 2, há apenas o terreno. O atraso na entrega dos imóveis já é de 03 anos e o investimento previsto à época era de R$ 31,5 milhões, de acordo com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB). A terraplanagem nos terrenos foi realizada, mas até hoje nenhum tijolo foi colocado na construção das casas.

“O que constatamos aqui é o abandono de uma obra que tiraria centenas de famílias das áreas de risco. Ouvimos relatos de pessoas que ao menor sinal da chuva já começam a se preocupar com o que pode acontecer com suas famílias”, descreveu o líder da Bancada da Oposição, deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB).

Além dos terrenos abandonados, os parlamentares viram a lentidão da construção do cais do Rio Pirangi, também em Maraial. Com mais de 2 anos de atraso na entrega, a obra foi apenas 20% realizada. O investimento anunciado é de R$ 1,1 milhão.

A construção dos habitacionais em Maraial é uma reivindicação permanente dos moradores. Eles afirmaram aos deputados que receberam a promessa de reinício das obras do então candidato a governador do Estado, Paulo Câmara (PSB).

“Após o atual governador vir aqui e prometer às lideranças locais que as obras iriam ser retomadas, representantes do Comitê Gestor da Operação Reconstrução fizeram uma reunião na prefeitura, já em setembro, menos de um mês depois. Ali, anunciaram medidas para a retomada das obras”, informa um dos participantes da reunião, que prefere não se identificar. Ele afirma que o representante do Estado foi o Major Fabio Rosendo, coordenador de execução das obras. Segundo os moradores, algum tempo depois um galpão foi construído para abrigar os trabalhadores. “Não passou disso”, lamentam.

Também presente à visita, o deputado estadual José Humberto lembrou que já em maio de 2013, matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo revelava que o Governo de Pernambuco recebeu, em caráter emergencial, R$ 50 milhões do Ministério da Integração Nacional para obras de terraplanagem e R$ 151 milhões da Caixa Econômica Federal para a construção de 3.600 unidades em Maraial, Água Preta, Barreiros e Palmares. “Precisamos que o Governo do Estado preste contas à população, para explicar os motivos do abandono das obras”, cobra José Humberto.

Além de Costa Filho e José Humberto, participaram da visita os deputados Bispo Osessio (PRB), Álvaro Porto (PTB), Julio Cavalcanti (PTB) e Edilson Silva (PSOL).


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