A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta terça-feira (9) um pacote de concessões e investimentos em infraestrutura estimado em R$ 198,4 bilhões. Segundo o governo, a maior parte dos recursos do pacote, R$ 86,4 bilhões, será destinado a obras de construção e ampliação de ferrovias. Rodovias receberão R$ 66 bilhões. De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, os investimentos deverão começar em 2015 e se estender até depois de 2019.
Entre os projetos incluídos no plano de concessões estão seis aeroportos no interior de São Paulo.
O pacote inclui ainda a concessão de trechos de ferrovias entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, e trechos da Ferrovia Norte-Sul, entre Goiás e São Paulo, que é uma das principais vias de escoação da produção de grãos do país.
O plano de concessões anunciado nesta terça-feira (9) é visto como uma espécie de “reciclagem” de um plano anterior, lançado em 2012 e que previa investimentos de R$ 200 bilhões.
O mercado avalia que o plano de 2012 só funcionou plenamente em relação às concessões de aeroportos, como o de Cumbica (em São Paulo), Confins (Belo Horizonte) e o de Brasília.
O anúncio do pacote de concessões vinha sendo esperado tanto no meio econômico quanto no político. O plano é visto como parte da estratégia do governo de adotar uma “agenda positiva” em meio à crise econômica e aos desdobramentos da operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras.
De acordo com o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com base em informações do mercado, a expectativa é de que o PIB brasileiro tenha uma retração de 1,30% em 2015.
No início de junho, o IBGE anunciou que a taxa de desemprego chegou a 8% em abril, valor acima do registrado no mesmo mês de 2014, quando a taxa de desemprego estava em 7,1%. (Do UOL, em Brasília)