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OPINIÃO DO PERNINHA

perninha (1)Todo erro tem seu preço

Administrar o patrimônio público com responsabilidade não é tarefa para qualquer um. Ainda mais quando se tem em jogo projetos pessoais e precisamos atender interesses de uma casta de privilegiados que não tem qualquer compromisso com o nosso País.

Desde o início do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff vem colecionando dissabores: a economia vai mal, o relacionamento com o Congresso Nacional muito pior e, de quebra, crescem a perda da credibilidade e a desaprovação do eleitorado. Tudo isso em um cenário de incertezas onde cada etapa da operação Lava-jato desvenda mistérios que assusta a população, pela simplicidade com que as desordens eram praticadas e pelo montante envolvido nos escândalos de propinas e corrupção.

Como se não bastassem tudo isso sobrou uma dor de cabeça enorme para os nossos estudantes que pensam em ingressar numa Universidade. A irresponsabilidade do governo na administração passada – mais precisamente em 2014 -, fez com que a falta de controle e rápida expansão do crédito educativo se tornasse um problema para instituições de ensino e alunos, ou seja: vendeu-se para a população uma proposta de garantia de acesso pleno à graduação e o estado não tinha como bancar essa promessa.

Criou-se uma falsa expectativa, as Universidades engordaram suas contas bancárias, a exemplo de Kroton (maior rentabilidade da Bolsa de Valores em 2014), Estácio de Sá, Ser Educacional e tantas outras. De repente, os critérios são alterados e os nossos jovens ficam a mercê da própria sorte. Eu já conheço esse filme. Quando as coisas são feitas de improviso, ora a torneira é aberta em demasia, ora o aperto é sem qualquer medida.

No final de tudo, há quem sugira: mas o governo tinha que dar um freio nas liberações do Fies Concordo em grau, gênero e número. A coisa estava muito solta e o governo sabia. E vou mais além: tudo isso se deve a falta de planejamento e, principalmente, as estratégias eleitoreiras. Lembram da redução nas contas de luz? E das desonerações nas folhas de pagamento das empresas? E da redução no IPI dos automóveis? E dos pacotes de bondades distribuídos com governadores e prefeitos em plena campanha presidencial?

Qualquer pessoa minimamente sensata sabia que a bomba estouraria. Era ano de eleição e agora vamos pagar por todos esses desmandos, com multa, juros e correção monetária. E os problemas se acumularam de tal forma que não temos como falar em reforma política (a maior ojeriza dos nossos representantes)

Destarte, vamos adiando as coisas importantes até chegarmos a um novo pleito -3 anos e 9 meses passam rápido – para podermos, novamente, dar o nosso voto endossando essas ações que tanto nos afligem. Reclamar de quê?

Danizete Siqueira de Lima
Recife – PE – abril de 2015


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