O prefeito Geraldo Julio jogou com as armas que tinha para colocar o PSDB na sua gestão e consequentemente criar um constrangimento para o deputado federal Daniel Coelho dentro do partido. Como se sabe, Daniel ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura em 2012 e hoje é o principal adversário do prefeito em busca da reeleição.
Nas eleições presidenciais faltou muito pouco para o PSDB voltar ao Palácio do Planalto e o que faltou foi fruto de um desempenho pífio no Nordeste. Ciente deste resultado, a cúpula nacional do partido vai impulsionar candidaturas próprias nos maiores colégios eleitorais do Brasil, com foco na região que garantiu mais quatro anos ao PT: o Nordeste.
No Recife não será diferente. O PSDB nunca teve tanta penetração na capital pernambucana como alcançou em 2012 graças a Daniel Coelho, e vai querer que ele dispute o Palácio do Capibaribe visando um forte palanque para 2018, se porventura ele surpreender e ganhar a eleição, será um importante ator da política no Nordeste.
Apesar do PSB fazer movimentos para defenestrar a candidatura de Daniel, os argumentos precisarão ser muito consistentes para lograr êxito junto aos cardeais do PSDB, vide Aecio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Por mais que o PSB seja um aliado importante e que poderá marchar com os tucanos na próxima eleição presidencial, o ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro” deverá prevalecer e Daniel tende a ser o candidato do partido em 2016.
Por: Edmar Lyra