A lista de Paulo Roberto Costa com 28 nomes de políticos que teriam se beneficiado de recursos ilegais da Petrobras mudou os planos de muita gente em Brasília. A presidente Dilma Rousseff que estava concluindo a composição do ministério do segundo mandato foi obrigada a parar e retomar conversas com o PMDB e também com o PP. É que nomes dos dois partidos praticamente escolhidos foram citados e deverão ser substituídos: Henrique Eduardo Alves (PMDB)e Ciro Nogueira (PP).
No caso do PP, cresce a possibilidade de o escolhido ser Agnaldo Ribeiro, que foi ministros das Cidades neste mandato. No caso do PMDB, a situação fica mais complicada porque reascende a pressão da bancada de deputados do partido.
Neste domingo, Dilma Rousseff vai conversar com o vice Michel Temer sobre o assunto. Está claro no partido que Henrique Alves, que antes poderia ocupar o Ministério da Previdência ou do Turismo, saiu da lista. Agora, a bancada quer indicar alguém com mandato – até porque, as outras indicações apontadas como da Câmara são de ex-deputados ligados a Temer: Moreira Franco e Eliseu Padilha.
A bancada vai dizer isso a Temer com clareza em encontro já marcado para segunda-feira às 18 horas. Na lista de possibilidades estão os deputados João Arruda (PR) e Marcelo Castro (PI). Deputados do PMDB já têm um discurso pronto para apresentar ao vice. Segundo eles, Gilberto Kassab já estaria escolhido para o Ministério das Cidades, uma pasta considerada “muito operacional”, onde é possível fazer política e atender deputados. Já o PMDB, como maior partido, deve ficar com pastas menos expressivas sob este ponto de vista. Assim, o partido poderia perder deputados para o PSD porque, segundo eles, Kassab é experiente político e sabe como atrair parlamentares para o seu lado.
Com esta e outras pendências, como encontrar vagas para o PDT que deve perder o trabalho e o PP, a divulgação da equipe do segundo mandato, antes prevista para esta segunda-feira, poderá ficar para mais adiante.
Por: Cristiana Lôbo – G1
