Em 2011 ao participar de evento sobre administração, na cidade de São Paulo, ouvi Ram Charan – referência no mundo corporativo – dizer algo muito próximo de: “Simplifiquem, simplifiquem não ha espaço no mundo atual para processos muito complexos”.
No final de fevereiro-2014 terminei de ler o livro “Ivens Dais Branco – Simples, criativo, prático”. A obra de Sérgio Vilas-Boas relata traços da personalidade e habilidades do empresário cearense que por meio do grupo M. Dias Branco leva o nome do Ceará e do Nordeste para o mundo.
Encontrar uma residência que não tenha na dispensa ou na geladeira um produto do citado Grupo Empresarial é missão quase impossível. As marcas Fortaleza, Richester, Vitarella e Pilar fazem parte da nossa vida.
Além do estilo “Ivens” de administrar o livro oferta ao leitor a oportunidade de descobrir que com criatividade, simplicidade a pragmatismo todos os grandes obstáculos transformam-se em pequenas barreiras. Tudo, no entanto, carece de ação, foco e sentido de missão.
Simplificar não é banalizar, simplificar é deixar de lado a grande teia criada pela valorização exagerada de rotinas que não levam os empreendimentos a lugar nenhum. Processo é o meio, jamais o fim.Zé Marcolino já dizia: “Santo que não me ajuda pode cair da perede”. Este pensamento do poeta de Sumé – Paraíba cabe como uma luva no mundo corporativo. Processo sofisticado sem resultado é o santo que não ajuda, portanto, deve sair de cena dando lugar a algo simples, criativo e prático.
Na casa onde nasci no Sertão de Pernambuco tinha um pequeno “engenho de pau” e a garapa de cana ia da moenda para o copo por uma canaleta improvisada. O visitante muitas vezes ao receber a bebida ficava procurando um coador. Pai dizia: “Tem que coar no beiço”. A simplicidade da estrutura e do conselho nada tirava do caldo, pelo contrário mantinha o doce e as demais propriedades calóricas do suco natural da cana de açúcar.
Por: Ademar Rafael