Agora, oficialmente a Assembleia Legislativa terá mais um partido independente. Nesta segunda-feira (21), numa reunião com o governador Eduardo Campos (PSB) e o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio,a entrega de cargos pelo PT foi formalizada. O secretário de Defesa Civil, Tadeu Alencar disse que o encontro foi tranquilo e, quanto ao novo movimento de independência na Assembleia, iniciado depois da entrega dos cargos pelo PTB, Tadeu lembrou que sempre foi sublinhado que esta questão não se tratava de rompimento político. “Esperamos contar com as duas forças para o que for importante para Pernambuco, e quando não for possível, faremos um debate democrático”, pontuou. A reunião durou pouco mais de uma hora e tratou da saída dos petistas da base de Campos no estado, nas prefeituras do Recife e de Paulista.
Manoel Santos, líder do PT na Casa, também estava no encontro e não vê a saída do governo como oposição sistemática na Assembleia, porém “o partido terá mais liberdade para debater o que for importante para Pernambuco. “O governo não precisa da defesa do PT, já tem muita gente para fazer isto lá”, ressaltou o petista. Sobre a decisão do partido de entrega dos cargos, ele acredita que sua legenda não pode trabalhar com medo e que foi a melhor opção para o PT.
Segundo Pedro Eugênio, a diferença entre os partidos será marcada, a partir de agora, pelo debate elevado. Ele lembrou que a saída do governo foi uma resposta tanto à entrega dos cargos no governo federal pelo PSB, como aos ataques que o PT vem recebendo, principalmente depois da aliança do PSB com Marina. “Tudo isso recomenda que tenhamos mais liberdade de atuar fazendo um debate mais independente e para isso devemos estar fora do governo para não haver nenhum constrangimento”, completou.
Sobre as indisposições internas no Partido dos Trabalhadores, e o fato de algumas correntes não concordarem com a entrega dos cargos, Pedro disse que “se ficar caracterizado uma falta de observância desta decisão do partido, as pessoas que deliberadamerte não obedecerem estarão se autoexcluindo do partido. O bom senso na política deve prevalecer. Vamos acompanhar caso a caso e saberemos a diferença entre uma pessoa que esta fazendo uma transição com responsabilidade, com outra que está dando as costas para a decisão do partido”, frisou. Apesar de não ter dado prazos para a entrega das pastas, o presidente estadual do PT fez questão de lembrar que deve acontecer o mais rápido possível. (Andrea Cantarelli – Diario de Pernambuco)