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“O DESEJO DO PARTIDO HOJE É PELA CANDIDATURA PRÓPRIA” DISSE EDUARDO CAMPOS

Após reunião da Executiva Nacional do PSB, Eduardo Campos concedeu coletiva em Brasília. Confira trechos da entrevista.
Entrega dos cargos do PSB no governo
“Essa nossa militância é nosso desejo, desejo de nossas direções em muitos estados e dessa maneira a gente deixa o governo mais a vontade e também nós ficamos mais a vontade para fazer o debate sobre estratégia e sobre o futuro do Brasil. O desejo que está em questão não é meu, é o do partido em poder servir melhor o Brasil e entendemos que serviremos melhor o país entregando os cargos e ajudando um debate elevado”.

Decisão / Anúncio para a presidenta Dilma
“Essa decisão política do PSB pode parecer estranha para a vida pública brasileira mas ajuda a elevar o debate político, o futuro do pais não passa por cargos passa por ouvir a sociedade e encontrar os caminhos para o Brasil retomar crescimento, distribuição de renda e principalmente a fé no futuro do país”
“Todos os membros da executiva votaram a favor da decisão com uma abstenção por não concordar que foi a do governador Cid Gomes”
“O tom com a presidenta da república será de muito respeito, de quem convive há muito tempo e sabe que o Brasil exige que continuemos debatendo, nós com muito respeito com a presidenta Dilma e ela com muito respeito ao partido que tem 60 anos de história. Antes de falar com a presidenta, era importante escutar todos os integrantes da executiva”.
Divergências
“Nós não precisamos concordar sobre tudo mas precisamos ter a capacidade de dialogar para servir melhor o Brasil. Temos pontos de divergências que era mais difícil explicitar estas diferenças pelo fato de estarmos servindo ao governo. Agora é mais fácil a gente fazer o debate sem constrangimentos.
Congresso
“O PSB nas votações sempre ajudou muito o governo, muito mais que outros partidos. Tudo o que for correto para o país vai ter a solidariedade do partido, não imagine que porque o PSB entregou os cargos, que qualquer proposta irresponsável que venha a afetar a estabilidade financeira do Brasil, vai contar com o concurso do PSB. E tantas vezes que haja alguma coisa relevante em que o governo precise do apoio do PSB, não haverá nenhum problema”.
Constrangimentos / Diálogo com o governo
“Não houve constrangimentos, não nos sentimos ameaçados a entregar os cargos. Houve muitos ‘buxixos’ na imprensa mas nossa posição tem referência em outra reflexão. Quando em junho houve as manifestações de rua, a direção nacional do partido foi em Recife e fez uma discussão nacional e houve a proposta de
entregarmos os cargos inaugurando o início de uma reforma ministerial, inclusive com a redução de ministérios”.
“Na ocasião, nós debatemos e decidimos que era um momento delicado da vida brasileira e nós não podíamos fazer isso com a presidenta Dilma. Hoje nós estamos em outra fase, a decisão foi praticamente por consenso e nós vamos apresentar a decisão a presidenta, dizer que nosso partido tem respeito por
ela e continuar dialogando”.
“Temos uma história de anos de militância juntos e não vamos considerar o nosso campo político, vamos seguir militando politicamente.Temos muitos estados onde há relação com o partido da presidenta, inclusive relação de construção de palanques”.
Cargos do PT nos governos
“Isso não está em discussão aqui numa reunião de executiva nacional. As decisões de cada estado devem ficar em cada estado. Minha opinião é que este debate pertence a cada estado”.
Sobre a opinião do líder Beto Albuquerque a respeito da entrega de cargos pelo PT nos estados
É uma opinião dele. Nós da executiva nacional, pelo contrário explicitamos em cada estado que a decisão deve ser tomada em cada estado. Se um estado liderado pelo PSB entende que o melhor encaminhamento é a entrega dos cargos, como na Bahia, vamos respeitar a decisão. E se cada governador nosso entende
que deve continuar com o PT no governo, não vamos interferir numa decisão estadual.
PT continua no governo de Pernambuco?
Se ele assim desejar, sim
Candidatura Própria
Não exite decisão sobre candidatura própria, mas agora o partido está a vontade para debater sobre candidatura própria. A decisão sobre candidatura própria ou não só em 2014, isso é consenso no partido. Agora temos que dar curso, seguir ouvindo os estados, debatendo sobre o cenário que vem pela frente e em 2014 tomar a decisão. O desejo do partido hoje é pela candidatura própria.

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