O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), condenou as vaias proferidas à presidente Dilma Rousseff (PT) durante a abertura da Copa das Confederações, na última sexta-feira (15). “Quem tem problema com a presidenta tem outras oportunidades para expressar isso. Nas urnas, em protestos, caminhadas. Em outros países, mesmo quando as pessoas discordam da presidência, agem de outra forma em eventos como esse. Ali ela estava representando o país. Se eu estivesse lá estaria aplaudindo a presidenta” , comentou durante o arraial do Sítio Macambira, em Caruaru, também no sábado.
Para o governador o que é preciso destacar é que “o Brasil preparou a tempo os seus estádios a tempo”. Sobre os demais protestos, ocorridos fora do estádio Mané Garrincha, em Brasília, bem como as manifestações em São Paulo, ele advertiu para a necessidade de ponderação. “Minha geração não teve o direito de fazer o que esses jovens podem fazer hoje, mas eles têm que ter o compromisso com o diálogo. É preciso fazer as pessoas crerem que temos que respeitar as leis, o patrimônio público e privado, exercendo o direito de protestar quando achar devido”, disse.
O assunto dominou entre as rodas de conversa da festa, que tem como anfitrião o vice-governador João Lyra (PDT) e é famosa por reunir os principais nomes da política pernambucana. Um dos poucos petistas presentes, o deputado federal João Paulo, também falou sobre as vaias da tarde. “A vaia é um instrumento democrático. Eu já fui vaiado, o novo prefeito (Geraldo Julio) já foi vaiado, assim como o governador. E, normalmente não se combina muito uma atividade de massa, como um jogo, se falar para a massa porque o nível de intolerância com a política é muito”, disse. Ressaltou porém, a vantagem da presidenta nas pesquisas.