O Nordeste, reduto político dividido entre socialistas e petistas, passará a ser um dos principais alvos do PSDB, com a posse do presidenciável Aécio Neves para presidente da legenda. Prova disso é a participação de lideranças pernambucanas expressivas na Executiva nacional. A legenda terá os deputado federais Bruno Araújo, como um dos vice-presidentes, e Sérgio Guerra assumindo o Instituto Teotônio Vilela. Da bancada estadual, a deputada Terezinha Nunes permanece como suplente de vogal, e a novidade ficará a cargo do deputado Daniel Coelho, que será o coordenador nacional de Sustentabilidade e Meio Ambiente do partido.
De acordo com Daniel, que sempre esteve ligado ao tema, a coordenação faz parte da reestruturação das políticas do PSDB. Ele será responsável por integrar os diretórios regionais, onde o PSDB governa, para unificar as políticas ambientais. “A ideia é que os governantes do nosso partido tenham mais clareza sobre as práticas sustentáveis. O PT conseguiu mostrar que não tem se importado com o tema; a desestruturação do PV, com a saída de Marina Silva, fez com que esse discurso ficasse enfraquecido, então coube ao PSDB assumir essa pauta e mostrar as soluções”, enfatizou Coelho.
O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, um dos gestores de maior expressão do PSDB pernambucano, disse que o partido precisa se aproximar da população para obter melhores desempenhos na eleição do próximo ano. O tucano ressaltou que está na hora de discutir o pós-PT e o pós-Lula. “O partido estará fortalecido na hora que tenha comando, mas tenha nesse comando a capacidade do diálogo, das diferenças, do respeito às opiniões e, sobretudo, do diálogo com a população. O pecado do PSDB é que ele se fecha em si e discute o PSDB.
Essa discussão é secundária. Eu quero discutir o Brasil”, comentou. O prefeito ainda disse que acredita na capacidade de dialogar de Aécio Neves, porém, frisou que não necessariamente ele disputará o pleito presidencial.