Ele é companheiro de bancada (evangélica) e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM) da Câmara Federal do polêmico deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). É pernambucano e está no primeiro mandato como Feliciano. Anderson Ferreira (PR) tem a mesma bandeira em defesa da família, a favor dos mesmos princípios, mas não é rotulado como radical e não está no olho do furacão das críticas como o amigo. Talvez porque pondere cada palavra que diz. Não demonstra ter intenção de agredir, apesar das suas convicções desagradarem a lógica da diversidade sexual e da luta pelos direitos homossexuais cada vez mais latente no cotidiano.
Filho do ex-deputado estadual Manoel Ferreira, que teve sete mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, e irmão do vereador André Ferreira (PMDB), que segue no terceiro mandato, sendo os dois últimos o mais votado. Cresceu no ambiente político. Tem bom trâmite até entre os que discordam totalmente dos seus posicionamentos, como o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSol-RJ). Nos embates da Comissão de Direitos Humanos, por vezes, atua como pacificador, apesar de não retroceder das suas convicções e de gritar e devolver o dedo em riste quando acha necessário. “Vim de um lar político, que me deu know how para lidar com certas coisas”, comenta.
Não é pastor de igreja, não tem as amarras naturais de uma denominação e se orgulha de ter votos de eleitores batistas, presbiterianos, episcopais, neopentecostais, apesar de ser membro da Assembleia de Deus. Em 2010, 48.435 eleitores o escolheram por ser contra o aborto, o casamento homossexual, bem como a adoção de crianças por casais LGBT, a legalização das drogas, de bebidas para menores de idade, a exploração sexual. Com o mandato, segue fazendo o que se propôs e combate cada um desses pontos. Diz que sempre quis fazer parte da Comissão de Direitos Humanos e faz desde o primeiro ano do mandato, inicialmente como membro titular, agora como vice-presidente.