O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem (25), em São Paulo, que atualmente é candidato a presidente do PSDB e que “ainda não” é candidato à Presidência da República.
Por duas vezes, o senador foi perguntado diretamente pelo G1 se era o candidato do partido à Presidência da República. Na primeira vez, respondeu: “Ainda, não. (Agora) sou apenas o candidato à presidência do PSDB”, disse Aécio. Na segunda vez em que foi perguntado, respondeu: “só em 2014”, disse o senador.
Aécio foi recebido com festa nesta segunda-feira (25) no diretório estadual do partido em São Paulo, ao lado do governador Geraldo Alckmin e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-governador José Serra não participou do evento.
No encontro, ele foi lançado por Alckmin como candidato à presidência do partido na eleição para comando do PSDB nacional. Após um discurso com tom de presidenciável e com críticas ao governo, ele disse que ainda não é candidato à Presidência da República.
Diante da recepção calorosa, Aécio afirmou que “mais unidade do que isso” não conseguiria. Ele disse que acredita que o ex-governador José Serra vai aderir ao projeto.
“Eu tenho respeito enorme pelo companheiro José Serra e tenho absoluta convicção que sua vida pública de respeitabilidade e a coerência de suas posições vão trazê-lo a esse leito. Não estamos tratando de apoio a A ou B, mas de um projeto viável que vai permitir ao Brasil encerrar esse ciclo”, afirmou.
“Acredito que nós poderemos, ao final, contrapor dois projetos antagônicos. Nós queremos eficiência com ética. O PT, não.”
O senador mineiro também elogiou prováveis candidatos em 2014. “Todas as candidaturas que tragam algum conteúdo – e acredito que a de Eduardo Campos, que é meu amigo há quase 30 anos, traz, como a de Marina também traz, são muito bem-vindas”, afirmou.
“Acho que é bom para a população brasileira poder ter alternativas. O nosso campo, neste momento, é mais confortável, porque nós somos oposição à forma de o PT pensar o Brasil, aos valores que o PT deixou de cultuar e à ineficiência que, para mim, é a principal marca desse governo.”
Aécio criticou a reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff. “A reforma ministerial é um acinte. Foi única e exclusivamente para garantir alguns segundos a mais na campanha da presidente.”(G1.COM)