Pouca bandeira foi dada ao governador Eduardo Campos (PSB) durante o evento de 33 anos de criação do PT e 10 anos do partido no comando do governo federal realizado no Recife na noite desse sábado (9). O socialista foi um dos personagens principais da novela em torno do racha petista iniciado na eleição do ano passado, já que rompeu aliança com o PT e lançou a candidatura de Geraldo Julio (PSB) a prefeito do Recife. Ele também é visto como um dos principais inimigos do governo federal atualmente, já que age como candidato á Presidência em 2014. Apenas a deputada estadual Teresa Leitão (PT) “politizou” o discurso.
“A presidente Dilma Rousseff é criticada por fazer campanha eleitoral. Quem não está fazendo campanha? Nossos adversários e aliados estão fazendo campanha”, declarou. Apesar de não se colocar como candidato à Presidência em 2014, Eduardo é um dos que já criticou a antecipação do debate eleitoral.
Mas o foco da fala da petista foi mesmo a defesa da união no PT, até porque ela ficou encarregada de fechar o evento, marcado por um tumulto causado pelo fato de o ex-prefeito João da Costa (PT) e integrantes do seu grupo político não terem sido convidados para compor a mesa. “Se quisermos continuar como protagonistas, a direção partidária tem que se tocar que a coisa mais importante da política é o gesto. Isto aqui hoje foi um momento de quebrar nosso gelo. É pouco, mas é o início”, vociferou.