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TONY GEL E JOÃO LYRA NETO PODEM INGRESSAR NO MESMO PARTIDO

A movimentação feita extraoficialmente por políticos que estão preparando terreno para ingressar no PSB e a tática usada pelo governador Eduardo Campos (PSB) de atrair não só a oposição, mas integrantes da Frente Popular começa a incomodar. Lideranças da base governista acenderam o sinal “vermelho”. Eles temem que tática de “dividir para “reinar ” fragilize não apenas a oposição, mas as legendas aliadas e transforme a política no estado num “samba de uma nota só”.

Sem espaço para os debates acalorados, o contraditório ficará sufocado e o “inchaço” do PSB será prejudicial à política, na avaliação de governistas. No PDT é grande a especulação de que haverá uma revoada na legenda para se abrigar nas asas socialistas. O vice-governador João Lyra Neto (PDT) já teria conversado com o governador sobre o assunto e recebido as bênçãos da futura legenda. O deputado federal Paulo Rubem Santiago, o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, e o ex-deputado estadual Roldão Joaquim também estariam de malas prontas. Por telefone, Paulo Rubem negou qualquer mudança de partido.

Ao manter o secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, no governo, e indicar Eduardo Granja, ex-assessor do ex-prefeito João da Costa, como secretário municipal de Habitação, o PT ficou sem discurso e ao mesmo tempo divididos. Uma parte defendia independência e outra o alinhamento no Recife. Comenta-se no meio político que o ex-vereador Josenildo Sinésio (PT), magoado com seu partido, estaria se abrigando no PSB. O petista disse ontem que não tomou nenhuma decisão. “Estou conversando internamente. Setores que me acompanham sugeriram que eu busque outra agremiação política. O PSB é um partido importante do nosso campo, mas não existe nada de concreto”, despistou.

Por outro lado, o PSB conseguiu fragilizar a oposição. No PSDB, ao indicar o ex-deputado Pedro Eurico (PSDB) para a Secretaria da Criança e Juventude, o governo conseguiu neutralizar as lideranças tucanas, já que Pedro é ligado ao presidente nacional do partido, Sérgio Guerra. De um golpe só, o PSB também minou o nome nacional do PMDB que faz oposição acirrada ao PT e poderia atrapalhar seus projetos rumo à Presidência da República em 2014. Ao atrair o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para seu palanque, deixou o peemedebista sem poder de fogo. No DEM, a declaração do deputado estadual Tony Gel de que ele apoiaria Eduardo para Presidência e trabalharia para seu partido votar no socialista gerou a especulação de que ele e sua mulher Mirian Lacerda mudariam para o PSB. Ontem ele negou. “Nunca fui adesista e continuo no DEM”, garantiu.(Cláudia Eloi – Diario de Pernambuco)


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