Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski afirmaram nesta terça-feira (18) que não há impedimentos para o presidente do tribunal Joaquim Barbosa decidir individualmente quando começa a prisão dos condenados no julgamento do mensalão.
Marco Aurélio, no entanto, defende que esse tema seja discutido pelo plenário, enquanto Lewandowski não manifestou contradição sobre a medida ser avaliada monocraticamente por Barbosa.
Ontem, no encerramento do caso, o procurador-geral, Roberto Gurgel, pediu mais tempo para formular seu novo pedido de prisão imediata dos condenados.
“Eu penso que ele não colocará a matéria sem o tribunal estar reunido”, disse Marco Aurélio.
“Eu não posso presumir o excepcional que ele teria fugido ao crivo do colegiado”, completou.
O ministro disse que a prisão só deve ocorrer quando não houver mais chances de recursos. “Se até aqui não houve motivo para prisão preventiva, haverá agora? Se terá uma custódia preventiva ou execução precoce, açodada da pena?”, questionou Marco Aurélio.
Segundo Lewandowski, “não há impedimento” para que o presidente do tribunal defina a prisão no recesso. “Toda medida cautelar pode ser sempre determinada por qualquer juiz, mesmo estando em recesso o tribunal, a corte, porque é uma medida de urgência”, afirmou.