Servidores municipais de Sapé (Zona da Mata paraibana), Cajazeiras (no Alto Sertão) e Campina Grande (no Agreste do Estado) estão pagando o preço da derrota dos atuais prefeitos, nas eleições passadas. Muitos deles estão sem receber os vencimentos referentes a dezembro e não têm qualquer informação sobre o pagamento do décimo terceiro.
Funcionários públicos dessas três cidades foram às ruas para protestar contra o não pagamento dos direitos trabalhistas. No caso de Cajazeiras, a greve é dos profissionais que compõem o quadro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e prejudica também a assistência de mais seis municípios daquela região.
Em Sapé, a secretária do sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Nadja Romoaldo, revelou que os servidores ocuparam a Prefeitura e vão instalar tendas até que o problema seja solucionado. “Estamos na área externa e interna. Vamos ficar aqui até que alguém apareça para dá uma explicação sobre o descaso”, prometeu.
De acordo a sindicalista, o prefeito João da Utilar foi procurado, mas não foi localizado para se pronunciar a respeito do débito. “A gente procurou todos os secretários, mas eles disseram que não podem fazer nada. Só o prefeito para autorizar o pagamento. Nenhum dos seus auxiliares sabe sobre o paradeiro de João da Utilar”.
Na cidade de Campina Grande, os servidores da prefeitura fizeram protesto contra atrasos de três meses nos vencimentos, além do não pagamento do décimo terceiro salário. O protesto foi realizado na manhã desta quinta-feira (27), em frente ao prédio da Secretaria de Finanças. Os manifestantes fecharam o trânsito em uma das faixas da avenida Floriano Peixoto, no centro da cidade, provocando engarrafamentos por mais de duas horas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), José Martins, os prestadores de serviço e os garis da Prefeitura de Campina Grande estão há três meses sem salários. Já o presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito e Transportes Públicos, Fábio Farias, informou que a categoria não recebeu o décimo terceiro salário.