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Partidos já escolheram 13 candidatos a presidente; veja quem são

Agência Brasil

O prazo para realização de convenções partidárias termina neste domingo (5). Segundo a legislação eleitoral, as chapas completas com os candidatos, vices, alianças ou coligações têm de ser oficializadas até a próxima segunda-feira (6). Neste sábado (4), Patriota, Podemos, Partido Novo, PT, PSDB e Rede confirmaram seus candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018.

Veja os candidatos confirmados até agora:

Álvaro Dias (Podemos)
O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”.

Ele vai compor chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.

Cabo Daciolo (Patriota)
A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice escolhida foi Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.

Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.

Ciro Gomes (PDT)
O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido.

O partido ainda não definiu o candidato a vice-presidente. Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.

No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a “dignidade roubada” dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.

Guilherme Boulos (PSOL)
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente.

Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.

Henrique Meirelles (MDB)
O MDB confirmou no dia 2 de agosto o nome do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidato à Presidência da República. Hoje, o partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.

Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.

João Amoêdo (Partido Novo)
João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista. O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.

João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.

José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristã (DC) confirmou no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.

Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. Não foi definido quem será o vice-presidente na chapa de Lula. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu uma carta escrita por Lula, onde ele afirmou que “querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas”.

Manuela D’ Ávila (PCdoB)
A deputada estadual Manuela D’Ávila foi confirmada pelo PCdoB no dia 1º de agosto como candidata do partido à Presidência da República.

Depois de ter a candidatura lançada com apoio unânime dos delegados do partido, Manuela D’Ávila apresentou bandeiras como a da reforma da segurança pública, a justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação da reforma trabalhista e da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos por 20 anos. Ela criticou o “desemprego recorde”, a queda da massa salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.

Marina Silva (Rede)
A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro.

A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.

Vera Lúcia (PSTU)
Em convenção nacional, o PSTU oficializou no dia 20 de julho a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.

De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora.

O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.

Candidatura de Marília foi rifada em prol de projeto nacional, diz Gleisi

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, afirmou, na tarde desta quinta-feira (2), após visitar o ex-presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que a decisão da cúpula nacional do partido de rifar a candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco em prol de uma coligação com o PSB do governador Paulo Câmara foi tomada com a intenção de “resgatar uma aliança progressista e popular no Brasil”. Enquanto falava com repórteres ao vivo na página de Lula no Facebook, vários internautas aproveitaram para criticar o posicionamento do partido neste caso, dizendo, entre outras coisas que o “PSB traiu Lula e o PT” e que a “ideologia do PT acabou”.

Apesar de não afirmar categoricamente que o ex-presidente Lula concordou com a retirada da candidatura de Marília, em momento algum Gleisi disse que o petista era contrário à decisão. A senadora também não deixou de tecer elogios à vereadora, a quem classificou como “um grande quadro político”. “Marília é uma grande liderança que se revelou nesse processo. É uma pessoa com firmeza, com posicionamento. Um grande quadro político e para nós, do PT, é muito importante que ela esteja firme e forte na disposição de luta política”, ressaltou a parlamentar enquanto militantes petistas entoavam “Em Pernambuco eu boto fé. Ele vai ser governado por mulher”.

https://www.facebook.com/Lula/videos/1831035276965464/

Gleisi ressaltou ainda que as negociações do PT com o PSB, bem como com os demais partidos de centro-esquerda, já ocorrem há bastante tempo e que o PT pernambucano tinha ciência que o projeto nacional era prioridade para a sigla. “Desde o ano passado a gente tem conversado com lideranças dos partidos de esquerda para resgatar uma aliança progressista e popular no Brasil, que é necessária para enfrentar o golpe. Nós não vamos enfrentar os retrocessos que nós estamos vivendo hoje, o desmonte dos direitos, os desmontes da previdência se a gente não tiver uma articulação de centro-esquerda no Brasil. O PT sozinho não vai conseguir isso”, cravou a petista.

MUDANÇA
Respondendo às críticas dos que argumentam que a agremiação não deveria ter firmado aliança com o PSB por ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Gleisi justificou que alguns setores socialistas mudaram de rumo após esse episódio. “O PSB foi contra a reforma trabalhista, foi contra a emenda constitucional 95, se posicionou contra a reforma da Previdência, foi e se posicionou firmemente contra a privatização da Petrobras e da Eletrobras e nós devemos a esse setor, que tem se posicionado de maneira mais firme”, defendeu a senadora, lamentando o fato de o PSB não ter optado por apoiar a candidatura de Lula à Presidência, mas sim pela neutralidade nas eleições deste ano.

“É claro que é ruim para nós, do ponto de vista regional e de Pernambuco, abrir mão de uma candidatura como a de Marília, mas nós temos um projeto nacional e desde o início os companheiros do PT de Pernambuco, a companheira Marília, com quem eu converso sempre, os companheiros dos movimentos sociais, sabiam dessa nossa movimentação e dessa nossa conversação (com o PSB). Em nenhum momento nós fizemos qualquer movimentação que não fosse clara e aberta. Nós buscávamos uma aliança formal. Não foi possível, mas foi possível começar a resgatar um processo de construção de uma aliança de centro-esquerda no Brasil”, finalizou a senadora.

Ana Amélia aceita convite para ser candidata a vice de Alckmin, mas terá de resolver questão regional do PP

Por Gerson Camarotti

A senadora Ana Amélia (PP-RS) aceitou ser a candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República.

O anúncio oficial, porém, só será feito após a situação regional do PP no Rio Grande do Sul ser resolvida. Isso porque o partido havia decidido apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

Ao blog, Ana Amélia confirmou que precisa resolver a questão regional do PP. Segundo ela, não será uma decisão “fácil” deixar a candidatura ao Senado porque ela lidera as pesquisas.

“Mas a vida é feita de escolhas”, enfatizou a senadora.

A solução pensada para o Rio Grande do Sul será Luiz Carlos Heinze (PP) retirar a candidatura ao Palácio Piratini e apoiar o candidato tucano ao governo gaúcho, Eduardo Leite.

Ana Amélia se reuniu no final da tarde desta quinta com a bancada gaúcha do PP para discutir o que fazer. Após a reunião, ela disse ter recebido o convite de Alckmin pessoalmente, nesta quarta (1º).

Articulação
Desde que o empresário Josué Gomes (PR) rejeitou o convite para ser candidato a vice de Alckmin, o tucano passou a trabalhar o nome da senadora com mais intensidade.

Havia, contudo, resistência por parte da cúpula do PP ao nome de Ana Amélia por considerá-la independente. O entrave, porém, foi contornado nos últimos dias.

DEM oficializa apoio à candidatura de Geraldo Alckmin

G1 Brasília

O Democratas oficializou nesta quinta-feira (2) o apoio à pré-candidatura à Presidência da República do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). A decisão foi tomada durante a convenção nacional do partido, em um hotel em Brasília.

O apoio do partido ao pré-candidato do PSDB já tinha sido anunciado na semana passada, junto com outros quatro partidos que fazem parte do chamado “Centrão” – PP, PR, PRB e SD. Nesta quinta, foi confirmado oficialmente dentro do partido.

A candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência deverá ser oficializada na convenção nacional do PSDB, no próximo sábado. Alckmin já conta com o apoio oficial do PSD, SD, PRB – referendado pelas convenções nacionais destes partidos.

Candidato a vice-presidente

Na chegada à convenção, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que houve um consenso em relação ao nome do vice-presidente na chapa do pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

“Chegamos a um consenso para vice”, afirmou o parlamentar, que não disse o nome do escolhido. Maia brincou com os jornalistas quando questionado sobre o nome, falando da ansiedade da imprensa em divulgar o nome. Ele sorriu também quando questionado se ele seria o escolhido.

O presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, também falou sobre o processo de escolha do vice. Afirmou que será um nome de consenso, escolhido entre integrantes dos partidos do “Centrão”. Segundo o presidente do DEM, a decisão pode ser anunciada ainda nesta quinta (2).

O presidente do DEM disse que o nome do presidente Rodrigo Maia não está nas discussões. “As conversas continuam. O nome do presidente Rodrigo Maia não é uma hipotese cogitada dentre aquelas que estão sendo avaliadas”, declarou, argumentando que a prioridade de Maia é a reeleição a deputado federal.

Ele também descartou a possibilidade de que a escolha seja a do pré-candidato Alvaro Dias (Podemos). “Não há nenhuma hipótese de o vice do Geraldo Alckmin ser o pré-candidato Alvaro Dias”, disse ACM Neto.

Na saída da convenção, o presidente do DEM voltou a ser questionado sobre mais um nome para a vice-presidência: a senadora Ana Amélia (PP-RS). “Não há hipótese de ser anunciada agora na convenção do PP não”, afirmou ACM Neto.

Ele também negou a informação do presidente Rodrigo Maia, de que já houve consenso na escolha. “Na verdade ainda não está resolvido. É óbvio que o processo está bastante afunilado é muito possível q até o fim do dia de hoje tenhamos uma definição da vice ou do vice. Agora nós temos que aguardar”, disse.

O próprio pré-candidato Geraldo Alckmin negou que o nome fosse o da senadora Ana Amélia. Ele disse que a definição sai até sábado (4).

A 4 dias do prazo final para definir nomes, maioria dos presidenciáveis ainda não tem vice; veja motivos que dificultam definição

Por Guilherme Mazui e Fabiano Costa, G1, Brasília

A quatro dias do prazo final para a definição das chapas, a maioria dos postulantes à Presidência da República ainda não conseguiu um vice para disputar a eleição em outubro.

Os partidos têm até este domingo (5) para realizar as convenções nacionais nas quais serão definidos os candidatos, as alianças com outras legendas ou até mesmo a neutralidade na disputa presidencial. O prazo para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das chapas definidas até domingo é o próximo dia 15.

Veja quem são os candidatos já oficializados em convenções

Para especialistas ouvidos pelo G1, trata-se de algo inédito. Entre os motivos, eles apontam cenário eleitoral indefinido; receio de exposição ao lado de políticos envolvidos em escândalos; pragmatismo (alguns potenciais vices não querem trocar uma possível reeleição como deputado ou senador por uma campanha majoritária incerta).

Até esta quarta-feira (31), têm chapas completas somente

PSOL (presidente Guilherme Boulos; vice Sonia Guajajara)
PSTU (presidente Vera Lúcia; vice Hertz Dias)
Democracia Cristã (presidente Eymael; vice Pastor Helvio Costa).

Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Rabello de Castro (PSC) já foram oficializados por seus partidos como candidatos a presidente. Mas ainda correm contra o tempo para definir um vice até domingo.

Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Lula (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos) ainda se encontram na condição de pré-candidatos, aguardando oficialização das candidaturas no fim de semana. Todos estão em busca de um vice.

Camarotti: indefinição de vices virou problema de candidatos
Pelo menos três postulantes à Presidência já ouviram “não” como resposta a convites para preencher as vagas de vice.

Jair Bolsonaro (PSL) – Líder das pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, é quem recebeu mais negativas. O senador Magno Malta (PR-ES) e o general da reserva Augusto Heleno (PRP) recusaram ser vice de Bolsonaro, que agora aguarda resposta da advogada Janaina Paschoal (PSL) ao convite para ser vice do capitão da reserva.

Geraldo Alckmin (PSDB) – O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) também ouviu “não” do empresário Josué Gomes (PR), indicado pelo “Centrão”.

Marina Silva (Rede) – O ator Marcos Palmeira (Rede) não aceitou ser candidato a vice na chapa de Marina Silva (Rede).
Em geral, explicam especialistas, um vice deve agregar à campanha algum diferencial em relação ao cabeça da chapa. Podem ser recursos para financiar a campanha ou potencial de votos em determinado setor ou região do país.

Para um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro, o deputado Major Olímpio (PSL-SP), os cenários regionais dificultam as coligações.

Ele lembrou que Bolsonaro chegou a discutir o apoio do PR, mas o partido acabou fechando com Alckmin no pacote do “Centrão”. Segundo Olímpio, palanques estaduais impediram o acordo.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, diz acreditar que o principal empecilho para a definição dos vices são as negociações ainda em andamento das coligações.

“Você não tem vice se não tem o partido. Primeiro, tem que ter o partido para depois ter vice”, declara Lupi. Segundo ele, a definição do vice de Ciro Gomes será somente no domingo, último dia do prazo.

A coordenadora do bacharelado em Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Márcia Dias, avalia que a dificuldade dos presidenciáveis em definir um vice é um detalhe periférico de uma crise profunda da democracia brasileira.

“A dificuldade na escolha do vice é somente a ponta do iceberg de uma crise sem precedentes que foi causada por uma série de fatores que questionaram a democracia. A democracia está questionada no Brasil. Ela não está sólida, está em seu ponto máximo de fragilidade”, afirma a professora, especialista em estudos eleitorais e partidos políticos.

“Liderança de Lula justifica a manutenção do seu nome na disputa presidencial”, diz Humberto

Os dados da recente pesquisa Vox-Populi, em que Lula aparece vencendo,  já no primeiro turno, os demais adversários na corrida rumo à Presidência da República, foram saudados pelo líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT). De acordo com o levantamento, o ex-presidente tem 58% dos votos válidos. “Quanto mais perseguem Lula, mais ele fica forte e cresce no carinho e na admiração dos brasileiros”, disse Humberto.
 
A pesquisa mostra Lula com 41% dos votos no cenário estimulado, enquanto a soma de todos os outros adversários alcança 29%. Em segundo lugar está Jair Bolsonaro (PSL), com praticamente um terço (12%) das intenções de voto do ex-presidente. Em terceiro aparece Ciro Gomes (PDT), com 5%. Já Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) possuem com 4% cada. Manuela D’Ávila (PC do B) e Álvaro Dias (Podemos) têm cada um 1% das intenções de votos. Os entrevistados que disseram que irão votar em outros candidatos atingem os 2%.
 
“Lula segue sendo o maior cabo eleitoral da disputa deste ano. Mesmo depois de 100 dias vivendo como preso político, sem direito de sequer dar entrevistas, o presidente não só é o líder nas pesquisas, como vem crescendo nos levantamentos. Não existe paralelo na história política do Brasil do fenômeno que é o ex-presidente Lula”, afirmou o senador.
 
Para Humberto, não há sentido em o PT retirar o presidente da disputa. “Este discurso de que Lula não é candidato é o discurso dos adversários. O nome de Lula está mais forte que nunca e cada vez mais vivo no coração dos brasileiros. Os que querem ser carrascos de Lula que se exponham, que justifiquem para a população os porquês de não deixarem o povo decidir se ele pode ou  não pode ser presidente. O PT segue lutando para que ele seja eleito, como a maior parte da população deseja”, salientou Humberto.

Líderes do ‘Centrão’ oficializam apoio à pré-candidatura de Alckmin à Presidência da República

G1, Brasília

Líderes do grupo conhecido como “Centrão” oficializaram nesta quinta-feira (26) o apoio à pré-candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Autointitulado “Centro Democrático”, o grupo é formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade.

O apoio do “Centrão” a Alckmin foi anunciado em um evento em Brasília, do qual participaram, além do próprio ex-governador, líderes dos partidos que formam o grupo.

O primeiro a discursar foi o presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulinho da Força (SD-SP). Ele destacou o “conjunto de forças” em torno da candidatura de Alckmin.

“Depois de muitas reuniões, centenas de conversas, principalmente entre nós, os partidos, estamos convencidos de que para tirar o Brasil desse buraco que estamos só com um conjunto de forças como esse, que se junta em torno dessa candidatura”, afirmou.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse que Alckmin conquistou a unanimidade dentro da sigla. Ele afirmou que o ex-governador poderá contar com a “militância aguerrida” do partido.

“Toda a nossa história [do PP] sempre havia uma divisão muito grande, mas o senhor conseguiu a unanimidade dentro do nosso partido. Quero dizer que o senhor vai contar com um partido que tem história, tem trabalho e com a militância aguerrida, e que com o apoio dos outros partidos, vamos te dar condições para conquistar o país, porque história e competência não lhe faltam”, afirmou o senador.

Discurso de Alckmin
Em seu discurso, o pré-candidato do PSDB afirmou que o grupo se uniu em torno de sua candidatura por “convicção em um grande esforço conciliatório”.

“Nós estamos aqui, recebendo o apoio de cinco grandes partidos que tem responsabilidade com o povo brasileiro e com o país. Não me escolheram porque estou em primeiro [nas pesquisas]. Estão vindo por convicção de que temos que esta juntos em um grande esforço conciliatório”, disse Alckmin.

Ele citou a crise econômica pela qual passa o país e disse que não há “fórmula mágica” nem “salvador da pátria” para o problema. Ele destacou o “esforço coletivo” e disse que o país tem pressa.

“Para mudar precisamos ter organização, ação conjunta, time, votos. Não é uma pessoa. Não tem ninguém com uma fórmula mágica, não tem um salvador da pátria, tem um esforço coletivo para que a gente possa avançar. Nós temos um causa urgente. O Brasil tem pressa e por isso estamos aqui hoje unidos”, discursou.

Vice na chapa
Após o anúncio do apoio do “Centrão”, a chapa encabeçada por Alckmin deve agora buscar um candidato a vice-presidente.

Em meio à negociação com o grupo de partidos, foi sugerido pelos líderes das legendas o nome do empresário Josué Gomes (PR), filho do ex-vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, Josué Alencar.

No entanto, com resistências de Josué Gomes para aceitar o convite, as negociações esfriaram. Um dos nomes que surgiram como alternativa, de acordo com o blog do colunista do G1 Gerson Camarotti, é o do ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (SD).

Lula ainda não percebeu disposição de PCdoB e PSB em aliança, diz Wadih Damous

Por: Estado de Minas

Da prisão, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Operação Lava Jato, ainda não percebeu uma disposição real de PCdoB e PSB em compor uma aliança com o PT no primeiro turno das eleições 2018. A versão é do deputado Wadih Damous (PT-RJ), que esteve com Lula nesta segunda-feira, 23.

“Ele está esperando uma definição mais nítida do PCdoB e do PSB. Ele não percebeu até agora uma disposição mais nítida desses partidos em compor uma aliança. Ele ainda quer uma frente de partidos de esquerda, mas, ainda que ela não se configure, ele é candidato”, disse Damous ao Estadão/Broadcast.

Mesmo preso, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto, em encontro nacional do PT na capital paulista. O partido organiza um evento com a militância para registrar a candidatura do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, no dia 15 de agosto.

Nesta semana, o PT faz novas investidas na direção de PCdoB, PROS e PSB para uma aliança em torno da candidatura à Presidência. Se não houver acordos, mesmo com chapa pura, o PT “vai, sem sombra de dúvida” para a disputa, destacou Damous.

Dirigente do PSL confirma Janaína Paschoal como vice de Bolsonaro

O presidente licenciado do PSL, Luciano Bivar, confirmou em entrevista à rádio BandNews que a advogada Janaína Paschoal será a candidata a vice-presidente de Jair Bolsonaro. A chapa deve ser confirmada na convenção nacional da sigla, marcada para este domingo (22).

Ao fim de um evento de formatura de paraquedistas do Exército neste sábado no Rio de janeiro, Bolsonaro falou sobre o assunto e disse que as conversas para que Janaína seja a sua companheira de chapa estão adiantadas.

“Ela é uma pessoa vivida na questão de sofrer pressão, do impeachment, de sofrer muita pressão. Então ela está apta a se manter numa tranquilidade quando pressionada. E logicamente a bagagem cultural dela, vai somar muito”, explicou.

Janaína ganhou notoriedade por ter sido a autora do pedido de Impeachment que acabou tirando Dilma Roussef da presidência da Republica. Ela se filiou ao PSL em abril, perto da data limite para concorrer nas eleições deste ano.
Ainda neste sábado, Jair Bolsonaro aproveitou para alfinetar o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, pela aliança com os partidos do chamado centrão: DEM, PRB, PP PR e SD.

Eu quero cumprimentar o Alckmin. Ele juntou a alta nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele”, disse. O presidenciável fez uma ressalva, afirmando que não se referia aos deputados e senadores. “A alta nata não quer dizer os parlamentares. A nata que define, que decide as situações”, disse.

Apesar de criticar o bloco de partidos, o deputado viu na última semana naufragar sua tentativa de firmar aliança com um deles, o PR de Valdemar Costa Neto, ex-deputado condenado no processo do mensalão. Com a parceria, ele tentava atrair o senador Magno Malta (ES) como vice em sua chapa.

PDT confirma Ciro Gomes para disputa da Presidência; candidato diz que não é ‘anjo’ e que vai atacar ‘privilégios’

G1 e TV Globo, Brasília

O PDT confirmou em convenção nacional nesta sexta-feira (20) em Brasília a escolha de Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. O ex-ministro e ex-governador do Ceará foi escolhido por aclamação pelos filiados que participaram do evento. Ele disputará a Presidência pela terceira vez – em 1998 e 2002 concorreu pelo PPS, mas não chegou ao segundo turno.

Abordado por jornalistas ao chegar à sede do PDT, o candidato disse que fala “10 horas por dia” e que “evidentemente” pode errar “aqui e ali”. “Nunca tive pretensão de ser um anjo”, afirmou.

No primeiro discurso como candidato, Ciro Gomes afirmou que ninguém é “dono da verdade” e defendeu acabar com “a cultura de ódio” que, segundo ele, vigora no país. “Acabar com essa ideia de brasileiro contra brasileiro se ferindo pela internet”, afirmou.

Sem citar exemplos, ele afirmou que, se eleito, vai “perseguir” e “encerrar” cada privilégio. “Vou olhar com uma lupa cada conta, cada privilégio. Comigo, privilégio vai ser perseguido e encerrado, seja de quem for”, declarou. “Cada privilégio será trazido à denúncia pública”, disse. Segundo ele, a corrupção é um “câncer que rouba a crença do povo na política”.

Na parte do discurso em que abordou temas econômicos, disse que, a pretexto de austeridade fiscal, “essa gente quebrou o país”, sem especificar a quem estava se referindo. “O Brasil nunca esteve tão fragilizado nas contas públicas”, declarou.

Ele defendeu um novo “projeto nacional de desenvolvimento” com apoio à indústria e ao comércio nacionais, que, na avaliação dele, estão “sofrendo”.

“O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, acrescentou.

Propostas
Entre as propostas que apresentou durante o discurso, o candidato do PDT manifestou intenção de:

Gerar empregos. Para ele, a “primeira e mais urgente tarefa”;
Aumentar a presença do governo na segurança pública;
Reduzir a espera no atendimento na saúde, para a realização de exames;
Investimento maciço em educação;
Creches em tempo integral, melhoria na qualidade do ensino fundamental;
Prosseguir e aperfeiçoar a politica de cotas;
Combater “com dureza e intransigência” a corrupção.
“[Precisamos] acabar com a vergonha da extrema pobreza, avançar na educação e em uma saúde que atenda a mínima dignidade do povo, apostar na diversidade, e investir na ciência e na tecnologia”, disse o pedetista, enumerando as prioridades caso se torne presidente do país.