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MORO PEDE DESCULPAS AO STF POR ‘POLÊMICAS’ SOBRE GRAMPO DE LULA
O juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual pede “respeitosas escusas” à Corte por ter retirado o sigilo das escutas telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades, incluindo a presidente Dilma Rousseff.
No despacho em que liberou as gravações, Moro afirmou que, “pelo teor dos diálogos desgravados, constata-se que o ex-Presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos”.
“Diante da controvérsia decorrente do levantamento do sigilo e da r. decisão de V.Ex.ª, compreendo que o entendimento então adotado possa ser considerado incorreto, ou mesmo sendo correto, possa ter trazido polêmicas e constrangimentos desnecessários. Jamais foi a intenção desse julgador, ao proferir a aludida decisão de 16/03, provocar tais efeitos e, por eles, solicito desde logo respeitosas escusas a este Egrégio Supremo Tribunal Federal”, escreveu.,
O ofício foi enviado a pedido do ministro Teori Zavascki, quando, na semana passada, determinou que as investigações sobre Lula fossem remetidas ao STF, por causa do envolvimento da presidente, de ministros e parlamentares, autoridades com o chamado foro privilegiado.
A divulgação do conteúdo das conversas interceptadas foi divulgado por Moro no último dia 16, um dia antes da posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil. O juiz explicou que o alvo das investigações era o ex-presidente, até o momento em que ainda não estava empossado no cargo.
“Jamais foi requerida ou autorizada interceptação telefônica de autoridades com foro privilegiado no presente processo. Diálogos do ex-Presidente e de alguns de seus associados com autoridades com foro privilegiado foram colhidos apenas fortuitamente no curso do processo, sem que eles mesmo tenham sido investigados”, diz o juiz no ofício.(G1.COM)
EX-MINISTRO DO STF, EROS GRAU, DEFENDE LEGALIDADE DO IMPEACHMENT
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau alerta que qualificar o processo de impeachment de golpe é “uma agressão à Constituição brasileira” e defende a legalidade de um julgamento. Em uma declaração assinada neste sábado, durante uma viagem pela Europa, o ex-ministro insiste que “quem não é criminoso enfrenta com dignidade o devido processo legal, exercendo o direito de provar não ter sido agente de comportamento delituoso”.
Em sua declaração enviada aos organizadores de um evento no Largo de São Francisco no dia 4 de abril, Grau explica o artigo 85 da Constituição, indicando “crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra si, especificando sete espécies de ilícitos penais”. Ele ainda aponta como o artigo 86 prevê que o chefe de Estado será submetido a julgamento perante o Senado Federal, caso a acusação seja aceita por dois terços da Câmara dos Deputados.
“A afirmação de que a admissão de acusação contra o presidente da República por dois terços da Câmara dos Deputados consubstancia um golpe é expressiva de desabrida agressão à Constituição, própria a quem tem plena consciência de que o Presidente da República delinquiu, tendo praticado crimes de responsabilidade”, declarou o ex-ministro nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004 e que ocupou o cargo até 2010.
“Quem procedeu, procedeu corretamente e não teme enfrentar o julgamento do Senado Federal”, disse. “Já o delinquente faz de tudo procurando escapar do julgamento. A simples adoção desse comportamento evidencia delinquência”, declarou.
Em sua avaliação, “a conduta tendente a impedir o estrito e rigoroso cumprimento do que dispõe a Constituição do Brasil consubstancia desabrida confissão de prática de crime de responsabilidade pela Presidente da República”. “Cai como uma luva, no caso, a afirmação de que quem não deve não teme. Apenas o delinquente esbraveja, grita, buscando encontrar apoio para evitar que a Constituição seja rigorosamente observada, escusando-se a submeter-se a julgamento perante o Senado Federal”, escreveu em uma carta assinada em Paris em 26 de março.
“Aprendi no Largo de São Francisco que a regra do honeste vivere a todos vincula e não merece o privilégio de pisar o chão das arcadas e frequentar o Salão Nobre quem se disponha a investir contra regras expressas da Constituição do Brasil”, concluiu.(Agência Estado)
MORO DIZ QUE É ‘PROVÁVEL’ QUE ENVIE 23ª E 26ª FASES DA LAVA JATO AO STF
O juiz Sérgio Moro afirmou que é provável que envie ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações da 23ª e da 26ª fase da Operação Lava Jato. A informação está em despacho deste sábado (26) assinado pelo juiz e que também liberou nove presos temporários da última etapa da operação.
Na decisão, Moro explica que abriu vista para que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre uma eventual declinação de competência sobre estas duas fases da Lava Jato, e a consequente remessa das investigações ao STF.
“Decidirei a questão na próxima segunda-feira, mas é provável a remessa de ambos os feitos à Egrégia Suprema Corte diante da apreensão na residência do executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior de planilhas identificando pagamentos a autoridades com foro privilegiado”, justificou o juiz no despacho.
Moro reafirma que é prematura qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos que fazem parte da planilha. “já que não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, através do qual eram realizados os pagamentos subreptícios (de propina, por exemplo, aos agentes da Petrobrás)”, diz Moro.
O juiz ainda afirma que é notório que o Grupo Odebrecht realizou diversas doações eleitorais nos últimos anos.
Presos soltos
Os primeiros presos da 26ª fase da Lava Jato a começarem a deixar a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 17h. As prisões temporárias de nove pessoas venciam neste sábado. No despacho, Moro informou apenas que não era necessária a revogação.
No entanto, ele determinou que todos entreguem os passaportes à Justiça, para evitar que fujam ou mesmo que sejam deslocados para fora do país pela Odebrecht..
Foram presos temporariamente:
1) Antônio Claudio Albernaz Cordeiro – operador.
2) Antônio Pessoa de Souza Couto – subordinado a Paul Altit.
3) Isaias Ubiraci Chaves Santos – envolvido na confecção das planilhas e das requisições de pagamentos.
4) João Alberto Lovera – executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
5) Paul Elie Altit – chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
6) Roberto Prisco Paraíso Ramos – chefe da Odebrecht Óleo e Gás.
7) Rodrigo Costa Melo – subordinado a Paul Altit.
8) Sergio Luiz Neves – diretor superintendente da Odebrecht subordinado a Benedicto Barbosa Júnior é o chefe da Odebrecht Infraestrutura.
9) Alvaro José Galliez Novis – diretor da Hoya Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Responsável pela entrega do dinheiro no Rio de Janeiro e São Paulo.
A 26ª fase ainda teve expedidos quatro mandados de prisão preventiva. Apenas um deles, contra o executivo da Odebrecht Luiz Eduardo da Rocha Soares, não foi cumprido. Segundo a PF, ele está no exterior e é considerado foragido.
23ª fase
A 26ª fase foi deflagrada como decorrência das investigações da 23ª etapa, denominada “Acarajé”. Segundo as investigações, essa palavra era um dos codinomes utilizados por funcionários da Odebrecht para o pagamento de propina em espécie. Além de funcionários da empreiteira, também foram presos o marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura.
O casal é suspeito de receber dinheiro desviado da Petrobras em uma conta não declarada no exterior, e também no Brasil. Santana é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
As investigações apontaram que Santana e Moura receberam em conta não declarada no exterior US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht. Já no Brasil, os investigadores encontraram uma planilha com Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empreiteira, que faz referências a pagamentos de R$ 22,5 milhões a alguém de codinome “Feira”.
Segundo a ex-funcionária, que também foi presa nesta fase e virou delatora da operação, “Feira” era o codinome utilizado para Monica Moura, em um jogo de palavras com o sobrenome do marqueteiro e a cidade de Feira de Santana. João Santana e Monica Moura seguem presos preventivamente em Curitiba.
Foi nesta fase, também, que a PF prendeu o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior e apreendeu, na residência dele, uma planilha com referências a pagamentos para políticos de diversos partidos. Esta é a planilha a que Moro faz referência ao justificar o envio ao STF.
26ª fase
A delação de Maria Lúcia Tavares embasou a deflagração da fase “Xepa”, que descobriu o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht. De acordo com a polícia, se tratava de um departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de valores ilícitos.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.
A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertecente à contabilidade paralela da empresa.
Além do estádio, a operação também investiga irregularidades no Canal do Sertão, na Supervias, no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.
“Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para outro em dinheiro em espécie”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais ocorreram já com mais de um ano da Lava Jato em curso.(G1.COM)
SÉRGIO MORO CUMPRE DECISÃO E REMETE AO SUPREMO INVESTIGAÇÃO SOBRE LULA
O juiz federal Sérgio Moro determinou o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de parte da investigação da Operação Lava Jato que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parentes e pessoas ligadas a ele. Moro cumpriu determinação do ministro Teori Zavascki. Na última terça-feira (22), o ministro mandou suspender a apuração e cobrou explicações de Moro sobre a decisão que retirou o sigilo das interceptações envolvendo Lula e a presidenta Dilma Rousseff.
Em despacho proferido nesta terça-feira (23), Moro determinou remessa de todos os procedimentos investigatórios que envolvem o ex-presidente e decidiu que o material colhido nas buscas e apreensões realizadas pela Operação Aletheia, que investiga Lula, continue armazenado na Polícia Federal para que fique à disposição da Corte.
Agora Sérgio Moro tem dez dias para responder ao pedido de informações solicitado pelo ministro Teori Zavascki. O ministro criticou Moro por ter levantado o sigilo dos grampos, envolvendo autoridades com foro privilegiado, como a presidenta Dima Rousseff.
Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal. Contra essa ordenação expressa é descabida a invocação do interesse público da divulgação ou a condição de pessoas públicas dos interlocutores atingidos, como se essas autoridades, ou seus interlocutores, estivessem plenamente desprotegidas em sua intimidade e privacidade”, decidiu o ministro. (Agência Brasil)
QUEM TEM QUE RENUNCIAR SÃO OS CONSPIRADORES GOLPISTAS, DIZ HUMBERTO
Ao elogiar a intensa mobilização dos pernambucanos pelas ruas em defesa da democracia – sexta-feira foram mais de 100 mil pessoas no centro da capital do Estado e ontem um movimento acadêmico nas escadarias da histórica Faculdade de Direito do Recite – o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou nesta terça-feira (22) que “os conspiradores” não sairão vitoriosos nessa “vergonhosa tentativa de golpear o Estado”.
“Quem deve renunciar não é a presidenta da República. Quem deve renunciar são vocês, conspiradores! Renunciem ao golpe, renunciem à vergonhosa manobra para rasgar a nossa Constituição, renunciem à tentação de submeter a nossa democracia aos seus caprichos pessoais”, disparou.
Para Humberto, é uma vergonha tentar derrubar Dilma para se formar uma coalizão supostamente a favor do Brasil. “Essa coalizão pode ser formada agora, hoje, sem necessidade da ruptura da ordem democrática, sem a necessidade de querer chegar ao Planalto pelo esgoto. Vamos sentar à mesa para trabalhar já pelo país, tenham essa grandeza”, registrou.
O senador criticou o comportamento da oposição, especialmente do PSDB, que, sem apoio popular nas últimas quatro eleições para chegar à Presidência da República, resolveu “mergulhar o país no caos” e se aproximou do vice-presidente Michel Temer para, finalmente, entrar no Palácio do Planalto. “Só que pela porta dos fundos”, ressaltou.
“Ontem, ouvi aqui do líder do PSDB que um futuro governo golpista chamaria o PT a participar da sua sustentação. Não! Não! Esqueçam essa possibilidade porque nem vai ter golpe nem o PT aceitaria integrar um governo responsável pela ruptura da nossa ordem democrática e pela violência à nossa Constituição”, afirmou.
No discurso, o parlamentar também chamou a atenção para o fato de outros países estarem enxergando esse movimento “apequenado” liderado pela oposição com repulsa. Ele citou posicionamentos de grandes veículos da imprensa, como New York Times e The Economist, que sublinharam que as soluções para a nossa crise devem ocorrer com respeito à lei e às urnas.
Além disso, lembrou Humberto, as nações vizinhas e sócios do Mercosul também já estão avisando que o Brasil pode ser suspenso do bloco caso a presidenta Dilma seja impedida de governar, dado o caráter ilegal do movimento contrário ao Governo.
O líder do Governo ainda mencionou que a presidenta recebeu, na manhã de hoje, uma série de juristas de todo o Brasil, que foram ao Palácio do Planalto manifestar a ela, publicamente, sua solidariedade e sua repulsa às ameaças institucionais pelas quais o Brasil vem passando.
Pernambuco
Em meio ao momento conturbado, o senador fez questão de parabenizar os movimentos nas ruas e chamou de “espírito libertário sempre presente nos pernambucanos, que nunca se curvaram às injustiças e, especialmente, às agressões à legalidade na história deste país”.
“Desde o Brasil Colônia, Pernambuco sempre se insurgiu contra tramas”, comentou.
Nessa segunda-feira (21) à noite, as escadarias da Faculdade de Direito do Recife foram palco de um ato em defesa da democracia organizado por advogados, juristas e estudantes, que, espontaneamente, fizeram um grande ato para mostrar seu profundo repúdio à tentativa de golpe de Estado.
Em uma nota pública, integrantes da comunidade acadêmica da instituição expressaram seu repúdio aos ataques à democracia brasileira e fizeram questão de registrar que essa agressão ao Estado de direito não pode ser confundida com o combate à corrupção.
Eles citaram o descumprimento de normas em casos de condução coercitiva, como ocorreu com o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato, e a ilegalidade de grampos telefônicos solicitados pela Justiça do Paraná. Lembraram que as gravações ilegais verificadas em escritórios de advocacia e advogados de investigados comprometem, inclusive, o sigilo profissional.
APÓS 10 ANOS, BENEFÍCIO MÉDIO DO BOLSA FAMÍLIA CAI E REDUZ PODER DE COMPRA
Depois de dez anos em alta, o valor médio do Bolsa Família caiu em janeiro de 2016, em comparação ao mesmo mês do ano passado. O poder de compra dos beneficiários do programa caiu 14% em 12 meses, a maior queda desde que o programa federal atingiu a marca de 10 milhões de beneficiários, em 2006. Esse número leva em conta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Em janeiro, o valor médio pago foi de R$ 161, R$ 6 a menos que o valor pago 12 meses antes. No período, a inflação oficial foi de 10,67%. A última vez em que houve queda nominal do valor médio foi entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006. Segundo o governo federal, a queda neste ano deve-se ao aumento de renda declarado dos beneficiários, que reduz o valor do benefício.
Atualmente, 13,9 milhões de brasileiros recebem o benefício. O número se mantém estável desde 2015. O Bolsa Família é pago às famílias que têm renda média mensal menor do que R$ 77 por integrante e estão classificadas como “extrema pobreza”. Os valores pagos, porém, variam de acordo com o perfil das famílias. O cálculo do benefício depende do número de filhos até 17 anos e da presença de gestantes e nutrizes na composição da família.(UOL.COM)
ROGER AGNELLI, EX-PRESIDENTE DA VALE, MORRE EM QUEDA DE AVIÃO EM SÃO PAULO
O empresário Roger Agnelli, ex-presidente da mineradora Vale, morreu na queda do avião monomotor de sua propriedade sobre uma residência na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, na tarde deste sábado (19). Sua mulher Andrea e dois filhos, Ana Carolina e João, também morreram no acidente. O genro Parris Bittencourt, a namorada do filho de Agnelli e o piloto são as outras vítimas. Uma mulher que estava fechando o portão da residência atingida ficou ferida e foi levada ao pronto-socorro da Santa Casa.
A aeronave caiu na Rua Frei Machado, 110, perto da Avenida Braz Leme. O aeroporto Campo de Marte está fechado desde as 15h30. Segundo o major Hengel Ricardo Pereira, do Corpo de Bombeiros, o trabalho de rescaldo foi concluído por volta das 19h30. Quinze carros e 45 bombeiros trabalharam na ocorrência.
O empresário de 56 anos foi presidente da Vale de julho de 2001 a maio de 2011, quando foi substituído pelo atual presidente da mineradora, Murilo Ferreira. Sob o comando de Roger Agnelli, a Vale se expandiu internacionalmente e se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo.
Após deixar a Vale, fundou a AGN Participações, uma empresa de logística e mineração. Desde 2012, estava à frente da B&A Mineração, joint venture da AGN com o BTG Pactual com projetos de exploração de fertilizantes, minério de ferro e cobre em Belé (Pará) e em La serena, no Chile.
Além de presidir a Vale, Agnelli integrou o conselho de administração de grandes empresas brasileiras como Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Latasa, Suzano Petroquímica e Petrobras. Agnelli passou a integrar o Conselho da Petrobras no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e saiu em 2007.
Comandou Vale por 10 anos
Agnelli chegou ao cargo mais alto da Vale em 2001, após 19 anos como executivo do Bradesco, um dos acionistas controladores da Vale. Na gigante da mineração, implementou uma cultura de meritocracia e era conhecido por sua disciplina e temperamento forte, destaca a agência Reuters.
Durante sua gestão, a Vale intensificou sua estratégia de expansão global, comprou a mineradora canadense Inco, se tornando a segunda maior produtora de níquel do mundo, e também a Fosfértil, que fez da empresa um importante player no mercado de fertilizantes. Sob o comando de Agnelli, as ações da mineradora registraram uma valorização de 1.583% e a Vale se transformou a Vale na maior exportadora brasileira na maior parte da última década.
A saída do executivo da Vale em 2011 foi conturbada, em meio a especulações de que sua saída foi uma exigência do governo da presidente Dilma Rousseff.
A campanha pela saída de Agnelli começou ainda em 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando, durante a crise econômica, a Vale demitiu quase 2 mil trabalhadores.
Roger Agnelli era formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e desenvolveu sua carreira profissional no Grupo Bradesco, onde trabalhou de 1981 a 2001.
Antes de ser escolhido como presidente da Vale, Agnelli foi presidente do Conselho de Administração da empresa.
Em 2012, Roger Agnelli foi escolhido pela “Harvard Business Review” e o Insead como o 4º CEO com melhor desempenho no mundo e único brasileiro no ranking.
Roger era casado com a Andrea Agnelli e tinha dois filhos, Ana Carolina e João. Todos estavam no avião e morreram no acidente.
AVIÃO CAI SOBRE CASA NA ZONA NORTE DE SÃO PAULO
Um avião monomotor caiu sobre uma residência na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, logo após a decolagem, na tarde deste sábado (19). Ao menos sete pessoas morreram e uma pessoa ficou ferida, segundo o Corpo de Bombeiros.
A aeronave caiu na Rua Frei Machado, 110, perto da Avenida Braz Leme. O aeroporto Campo de Marte está fechado desde as 15h30. Ele opera com aviação geral, executiva, táxi aéreo e escolas de pilotagem.
O proprietário do avião é o ex-presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, segundo a Globonews. Não há confirmação de que ele estava na aeronave.
De acordo com o major Hengel Ricardo Pereira, do Corpo de Bombeiros, as equipes continuam o trabalho no local do acidente. Quinze carros e 45 bombeiros fazem o serviço de rescaldo.
“Localizamos sete corpos. Por enquanto não é possível a identificação. Estamos fazendo um pente fino agora. Tem muito material queimado”, explica.
Pereira ainda afirma que na hora da queda, uma mulher estava fechando o portão da residência atingida. Ela foi socorrida e levada para o pronto-socorro da Santa Casa, em Santa Cecília, no Centro da cidade.
O comandante explicou que a aeronave bateu na garagem da casa, um sobrado de três andares, e pegou a parte da sala. “Os corpos que nós achamos estavam no meio da fuselagem. Com o choque, a aeronave fez um buraco no chão. Alguns corpos estavam dentro desse buraco. A gente acredita que essas sete vítimas estavam presentes na aeronave. Não sobrou nada do avião”, descreve o major.
De acordo com a Infraero, havia sete pessoas no monomotor de prefixo PRZRA que caiu às 15h23 na cabeceira 12 do Aeroporto Campo de Marte, sobre uma casa de um bairro de classe média alta.
Um morador vizinho à residência atingida diz ter visto o avião voando muito baixo, de forma estranha. Pouco tempo depois, ouviu um estrondo. Ele conta que saiu de sua casa para prestar socorro, mas foi impedido por conta do fogo que atingiu arvores e veículos na via.
“O avião está na garagem na parte de baixo. Eu vi o avião passando mundo rápido, veio diferente. Explodiu com o impacto. Tentei subir correndo para ajudar, mas não deu porque o querosene saiu lavando a rua pegou fogo em tudo”, diz Toni Sargologos, de 46 anos.
Ele ainda revela que os moradores conseguiram sair da residência a tempo. “Na casa tinham cinco pessoas que colocaram uma escada e saíram pelas portas dos fundos. Se não tivessem saído pelos fundos tinham sido queimados juntos.”
PRB ROMPE COM DILMA E É PRIMEIRO PARTIDO A DEIXAR BASE DO GOVERN0
O PRB (Partido Republicano Brasileiro) anunciou nesta quarta-feira (16) o rompimento com Dilma Rousseff e a saída da base do governo. O desembarque acontece no mesmo dia em que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado da Operação Lava Jato, foi anunciado ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.
O rompimento coloca fim a uma união política de mais de uma década, já que o PRB participou do governo Lula com o vice-presidente José Alencar, morto em 2011 e o maior ícone do partido. O partido também assumiu três ministérios durante os governos Lula e Dilma.
O primeiro foi a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República, que tinha status de ministério, em 2006, com o filósofo, economista e professor na Universidade de Havard (EUA), Roberto Mangabeira Unger.
Depois, no governo Dilma, ocupou a pasta da Pesca com o senador Marcelo Crivella e depois com o deputado Eduardo Lopes. Mais recentemente, em janeiro de 2015, no segundo mandato da presidente Dilma, ocupou a pasta do Esporte com o deputado George Hilton.
Fundado em 2005, em pouco mais de uma década o partido atingiu bancada de 21 deputados federais na Câmara dos Deputados, tornando-se o décimo maior partido da casa. Em 2014, Celso Russomano foi o candidato à Câmara mais bem votado do País. Nas eleições municipais paulistas de 2012, Russomano teve votação expressiva ficando em terceiro lugar na disputa.
MORO DEFENDE MANIFESTAÇÕES ‘SEM VIOLÊNCIA E SEM ÓDIO’
Ricardo Brandt, enviado especial – O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Operação Lava Jato, defendeu publicamente esta semana o direito a manifestações, “seja de um grupo ou seja de outro”, desde que realizadas “sem violência e sem ódio”. Estão marcadas manifestações pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff em todo o País para o domingo (13).
“São compreensíveis as angústias e as reclamações diante do contexto econômico e político, mas ainda sim é importante que isso seja desenvolvido sem discurso de ódio, sem violência contra ninguém”, afirmou Moro em palestra para empresários, em Curitiba.
“Apesar desse quadro um tanto quanto desalentador do momento, recessão profunda, desemprego crescente e corrupção sistêmica, eu tenho confiança de que nós brasileiros vamos conseguir superar esses problemas.” O juiz da Lava Lato falou a empresários em duas palestras realizadas em Curitiba, nesta quarta-feira (09) e quinta-feira (10).
Ele defendeu as investigações da Lava Jato e o enfrentamento ao que chamou de “corrupção sistêmica” no País. Para o magistrado, a crise econômica não é resultado das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que revelaram o maior escândalo de corrupção do governo federal.
“Temos uma história nesse País, já superamos crises econômicas pretéritas terríveis, nós vencemos duas ditaduras no século 20, Estado Novo e a ditadura militar, tivemos triunfo contra a hiper inflação nos anos 80 anos 90, tivemos a crise da dívida nos anos 80, mas nos superamos todos esses problemas. Mas superamos andando juntos pra frente e não para trás.”
O juiz da Lava Jato repetiu nos dois eventos ficar “consternado com esse quadro econômico, de recessão e desemprego”. Mas afirmou não acreditar que a culpa seja da Lava Jato. “Trabalhar contra um quadro de corrupção sistêmica é algo que só nos traz ganhos, não tenho nenhuma dúvida quanto a isso.”
“Tenho crença que confiando na democracia, confiando nas instituições confiando na regra do direito nos vamos conseguir superar esses desafios”, conclui Moro.(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)