Um avião monomotor caiu sobre uma residência na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, logo após a decolagem, na tarde deste sábado (19). Ao menos sete pessoas morreram e uma pessoa ficou ferida, segundo o Corpo de Bombeiros.
A aeronave caiu na Rua Frei Machado, 110, perto da Avenida Braz Leme. O aeroporto Campo de Marte está fechado desde as 15h30. Ele opera com aviação geral, executiva, táxi aéreo e escolas de pilotagem.
O proprietário do avião é o ex-presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, segundo a Globonews. Não há confirmação de que ele estava na aeronave.
De acordo com o major Hengel Ricardo Pereira, do Corpo de Bombeiros, as equipes continuam o trabalho no local do acidente. Quinze carros e 45 bombeiros fazem o serviço de rescaldo.
“Localizamos sete corpos. Por enquanto não é possível a identificação. Estamos fazendo um pente fino agora. Tem muito material queimado”, explica.
Pereira ainda afirma que na hora da queda, uma mulher estava fechando o portão da residência atingida. Ela foi socorrida e levada para o pronto-socorro da Santa Casa, em Santa Cecília, no Centro da cidade.
O comandante explicou que a aeronave bateu na garagem da casa, um sobrado de três andares, e pegou a parte da sala. “Os corpos que nós achamos estavam no meio da fuselagem. Com o choque, a aeronave fez um buraco no chão. Alguns corpos estavam dentro desse buraco. A gente acredita que essas sete vítimas estavam presentes na aeronave. Não sobrou nada do avião”, descreve o major.
De acordo com a Infraero, havia sete pessoas no monomotor de prefixo PRZRA que caiu às 15h23 na cabeceira 12 do Aeroporto Campo de Marte, sobre uma casa de um bairro de classe média alta.
Um morador vizinho à residência atingida diz ter visto o avião voando muito baixo, de forma estranha. Pouco tempo depois, ouviu um estrondo. Ele conta que saiu de sua casa para prestar socorro, mas foi impedido por conta do fogo que atingiu arvores e veículos na via.
“O avião está na garagem na parte de baixo. Eu vi o avião passando mundo rápido, veio diferente. Explodiu com o impacto. Tentei subir correndo para ajudar, mas não deu porque o querosene saiu lavando a rua pegou fogo em tudo”, diz Toni Sargologos, de 46 anos.
Ele ainda revela que os moradores conseguiram sair da residência a tempo. “Na casa tinham cinco pessoas que colocaram uma escada e saíram pelas portas dos fundos. Se não tivessem saído pelos fundos tinham sido queimados juntos.”