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JOGADOR DA SELEÇÃO DE HONDURAS É ASSASSINADO EM ESTACIONAMENTO
Arnold Peralta, jogador da seleção hondurenha de futebol, foi assassinado nesta quinta-feira. De acordo com o jornal La Prensa, um indivíduo não identificado em uma moto disparou contra o meio-campo no estacionamento de um centro comercial de La Ceiba, no norte de Honduras.
De acordo com a publicação hondurenha, o corpo do jogador ficou estirado ao lado de seu carro no estacionamento do shopping, e os motivos do crime ainda não são conhecidos. Peralta estaria acompanhado por seu amigo e companheiro de clube Marcelo Canales.
Peralta tinha 26 anos, foi revelado pelo Deportivo Vida, de onde foi para o escocês Rangers em 2013. Atualmente, o meio-campo havia voltado para o futebol hondurenho, defendendo o Olimpia. Pela seleção, disputou o Mundial sub-20 de 2009, as Olimpíadas de Londres 2012 e chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 2014, mas acabou cortado por lesão.(G1.COM)
TERRORISTA APONTADO COMO MENTOR DE ATAQUES EM PARIS MORREU EM OPERAÇÃO
O belga Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques terroristas de Paris, está morto, informou nesta quinta-feira (19) a Procuradoria de Paris. No total, 129 pessoas morreram e mais de 350 ficaram feridas nos atentados. O Estado Islâmico reivindicou sua autoria.
Abaaoud morreu durante operações da polícia francesa em Saint-Denis nesta quarta-feira (18) – seu corpo foi encontrado dentro do apartamento onde ocorreu a ação policial.
O corpo crivado de balas foi encontrado ao fim da operação no apartamento onde um grupo de jihadistas se entrincheirou, e a identidade foi determinada graças às impressões digitais, explicou a procuradoria.
“Abdel Hamid Abaaoud acaba de ser formalmente identificado, depois da comparação das impressões papilares (impressões digitais das mãos ou pés), como falecido no decorrer da operação realizada pela RAID (unidade de elite da polícia francesa) na rua Corbillon de Saint-Denis na noite de 18 de novembro”, afirma um comunicado oficial.
A polícia francesa também confirmou que a mulher que morreu na mesma operação era prima. Ela se explodiu após a ação policial. Os dois foram os únicos mortos na ação- outras oito pessoas foram presas.
Segundo a emissora CNN, Abaaoud seria próximo do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, e provavelmente era a ligação entre a liderança do grupo jihadista e seus integrantes na Europa.
O Exército francês havia tentado matar Abaaoud antes dos atentados, em outubro, durante bombardeios contra um campo de treinamento do Estado Islâmico para combatentes estrangeiros em Raqqa, na Síria, segundo fontes francesas.
O premiê francês, Manuel Valls, parabenizou a eliminação do suspeito. “Abaaoud, o cérebro desses atentados – um dos cérebros dos cérebros, porque sabemos que precisamos ser prudentes – se encontra entre os mortos”, declarou diante dos deputados franceses.
PERNAMBUCANA QUE MORA EM PARIS FALA SOBRE MOMENTOS DE TERROR
Aluna da Ecole Nationale Supérieure d’Architecture de Paris-Belleville, a arquiteta pernambucana Rebeca Vieira de Melo conheceu o horror provocado pelos múltiplos atentados em Paris. Depois de viver momentos de medo para cruzar uma das regiões atingidas pelos ataques, ela conversou com a reportagem do Diario sobre a experiência marcante.
Antes de tudo, como você está?
Tô chocada com a situação ainda. Foi no bairro onde fica minha escola. Eu tinha saído do curso com uns amigos e estava indo encontrar uma amiga. Eu estava andando, quando ouvi um barulho muito alto vindo da rua ao lado. Na hora, achei que fossem fogos de artifício ou que estivessem demolindo algum edifício. Quando a gente ia entrando nessa rua, vinha um rapaz correndo na direção contrária dizendo: “Não entrem nessa rua! Acabou de ter um fuzilamento!”. Nesse momento, senti o cheiro de pólvora muito forte e bateu aquele medo. Começamos a andar mais rápido e em seguida a correr e acabamos entrando num café para tentar entender exatamente o que era. Ficou aquele clima de terror e começaram a chegar as notícias pelo celular. Foi quando começamos a entender alguma coisa.
E como foi a volta para casa?
Eu não conseguia entender a dimensão do que estava acontecendo. Na volta pra casa, vimos que as ruas estavam todas fechadas por policiais e tinha aquele barulho incessante de polícia, bombeiro, ambulâncias… Foi quando a gente começou a compreender a proporção do que estava acontecendo. A gente acompanhava a contagem de mortos nas televisões dos bares. Cada vez, era um número diferente: sete mortos, depois 18 mortos, 20 mortos e a gente foi andando e acompanhando. Aí, foi um momento de muito medo essa volta pra casa. No primeiro bar onde parei, veio então uma moça e disse: “os caras saíram do carro e fuzilaram todo mundo que estava na calçada…”
Como era o clima na cidade no momento dos ataques?
Apesar de já ser outono, não fazia muito frio e as pessoas estavam bebendo nas calçadas. Estavam na rua… Sexta-feira, todo mundo saindo pra relaxar, tomar um vinhozinho. Um terror… Voltando pra casa então, aquele clima: tudo fechado ou fechando, as ruas vazias e o barulho das sirenes. Quando cheguei em casa, liguei a televisão e percebi o tamanho do risco que eu estava correndo porque eu estava muito próximo da história. Você fica sem acreditar que aquilo está acontecendo. Agora, estou tentando me acalmar. Mas muito chocada. Chocada. Bicho, são lugares que a gente passa sempre. Faz parte do dia a dia. Estou muito chocada. Muito. Mas agora cheguei em casa. Cheguei em casa e estou bem.
Qual a orientação que está sendo dada à população?
Estou acompanhando tudo na TV. O presidente foi à televisão e disse que era um Estado de Guerra. Um Estado de Guerra Urbana e que todos devem evitar sair de casa. Amanhã, as escolas que iriam ter aula estarão todas fechadas.
Mas o clima é de medo…
Sim, o clima é de medo. Dá pra sentir. Enquanto a gente estava voltando pra casa e ia tomando noção do que estava acontecendo pelas televisões dos bares, ficava aquele medo de que algum carro chegasse e começasse um atentado. De homens descendo atirando… Porque foram em lugares do cotidiano. Imagina! Eu estava indo beber num lugar como um daqueles onde as pessoas chegaram atirando. Vamos ver o que acontece nos próximos minutos porque ainda estou me acalmando e tentando aceitar o que aconteceu. E muito chocada.(Diário de Pernambuco)
EM SÉRIE DE ATAQUES CONTRA PARIS, CASA DE SHOWS TEM DEZENAS DE MORTES
Terroristas morreram durante a invasão da polícia à casa de shows Bataclan, em Paris, onde mais de 100 pessoas foram mantidas reféns e dezenas foram mortas.
Segundo o Ministério francês do Interior, ao menos 120 pessoas foram mortas numa série de ataques da noite de sexta (13), sendo 70 no Bataclan. É o pior ataque à França na história recente.
O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram, detonando explosivos que três deles tinham em seus cintos. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico “The Guardian”, que antes de entrar no local os homens dispararam tiros de metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan.
A emissora de TV BFM e o jornal Liberation, que cita o procurador de Paris, François Molins, dizem que cinco terroristas foram “neutralizados” no total. Agências internacionais de notícias, no entanto, informam que 8 terrositas morreram, dos quais 7 se suicidaram.
Também foram registrados tiroteios em outros pontos da cidade e explosões perto do Stade de France, durante um amistoso entre as seleções da França e Alemanha.
O jornal “Le Monde” diz que uma fonte judicial especificou onde aconteceram as mortes desta sexta, em um balanço provisório: uma pessoa morreu no boulevard Voltaire; 19 morreram e 14 ficaram feridas em frente ao bar La Belle Equipe, na Rue de Charonne; 78 ou 79 pessoas morreram no Bataclan (entre elas três ou quatro terroristas); cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas na Rue de la Fontaine au Roi; de 12 a 14 morreram e dez ficaram feridas no bar Carillon, na Rue Allibert; e dois homens morreram nas explosões próximas ao Stade de France, ambos suicidas que provocaram as detonações.
A polícia invadiu o Bataclan às 21h40 (horário de Brasília), após relatos de que pessoas estariam sendo executadas. Dois terroristas foram mortos na ação. Dez minutos antes da invasão, a Reuters afirmava que foram ouvidas cinco explosões perto do local.
Por volta da 1h30 (22h30, em Brasília), o presidente francês François Hollande chegou ao local, onde permaneceu por cerca de meia hora. “Há muitos feridos, feridos graves, feridos chocados com o que viram”, disse o presidente, ao justificar porque quis ir ao local. “Quando os terroristas estão dispostos a cometer tais atrocidades, eles devem saber que irão encarar uma França determinada”, acrescentou. “Iremos conduzir a luta (contra os terroristas), e ela será implacável”, garantiu.
A casa fica no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement, tem capacidade para 1.500 pessoas e era palco de um show da banda Eagles of the Death Metal.
A banda, que na hora do início do ataque terminava o show no palco do Bataclan, escapou do palco pelos bastidores e está a salvo, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. “Quando eles ouviram os tiros eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali”, explicou Dorio.
MARIN É EXTRADITADO PARA OS EUA; AUDIÊNCIA EM NY SERÁ NESTA QUARTA-FEIRA (04)
Confirmado: o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, deixou Zurique nesta terça-feira rumo aos Estados Unidos e seu avião pousou em Nova York por volta das 15h50 (de Brasília). Segundo a Justiça da Suíça (FOJ, na sigla em inglês), o brasileiro foi acompanhado no voo por dois policiais americanos. A audiência na Corte Federal do Brooklyn, com o juiz Raymond Dearie, está confirmada para quarta, às 13h (de Brasília, 10h no horário local), com pedido até para a presença de um intérprete.
O ex-presidente da CBF estava preso em Zurique desde o dia 27 de maio, acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção. Marin e outros seis dirigentes de futebol foram presos a pedido de autoridades americanas. Por isso ele foi transferido para os EUA.
Após cinco meses preso em Zurique, Marin fechou um acordo para ficar em prisão domiciliar em Nova York, onde tem um apartamento. A esposa do dirigente, Neusa, já chegou à cidade e reuniu-se com o advogado Paulo Peixoto em casa, antes do marido desembarcar com o FBI. O ex-presidente da CBF ficará preso até passar pela audiência na Corte Federal do Brooklyn, onde corre a ação contra ele.
Procuradas pelo GloboEsporte.com por e-mail, por telefone e pessoalmente, nem as autoridades americanas e nem a defesa de Marin confirmam onde ele será mantido preso até a audiência no tribunal.
Marin deve se declarar inocente, pagar uma multa milionária e ficar sob vigilância eletrônica, feita por uma empresa privada que ele mesmo deve pagar. Se o acordo se der em termos semelhantes aos feitos por Jeffrey Webb e Alejandro Burzaco (outros dois envolvidos no mesmo escândalo), Marin só poderá deixar seu apartamento com autorização expressa do FBI. Webb pagou fiança de US$ 10 milhões. Burzaco, de de US$ 20 milhões.
José Maria Marin, 83, é acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção na venda de direitos de TV de vários torneios realizados no Brasil e na América do Sul. O dirigente virou alvo das autoridades americanas porque usou empresas e bancos dos EUA para fazer transações financeiras.
A investigação que resultou na prisão de Marin afetou também a vida de outros dirigentes brasileiros – cujos nomes não foram apontados na denúncia – mas que estão sendo investigados – como o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. e o atual presidente, Marco Polo Del Nero.
Após as prisões de maio em Zurique, os hábitos mudaram para boa parte da elite do futebol mundial. O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, que viajava pelo mundo inteiro, praticamente não saiu da Suíça. E Marco Polo Del Nero não deixou mais o território brasileiro.(G1.COM)
AVIÃO RUSSO COM 224 A BORDO CAI NO SINAI, DIZ PREMIÊ DO EGITO
O Airbus A-321 transportava 217 passageiros, entre eles 18 crianças, e 7 tripulantes. Segundo a BBC, autoridades egípcias disseram que todos eram russos. “Agora vejo uma cena trágica. Muitos mortos no chão e outros tantos ainda presos em suas poltronas”, relatou uma autoridade egípcia à Reuters. Segundo ele, o avião se dividiu em duas partes.
Uma fonte de segurança disse às agências de notícias internacionais que a caixa preta do avião foi encontrada. Ele afirmou ainda que um exame preliminar indica que não houve nenhuma operação terrorista e que a queda pode ter sido causada por um erro técnico.
O primeiro-ministro egípcio, Ismail Sharif, confirmou o acidente por meio de comunicado. O avião perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka, informou um porta-voz de Rosaviatsia, a agência de aviação civil da Rússia.
O avião caiu em uma área montanhosa no centro de Sinai e más condições atmosféricas dificultaram o acesso das equipes de resgate ao local, de acordo com a autoridade da segurança egípcia que havia acabado de chegar ao local contou à Reuters. Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas para o local. Os corpos dos passageiros serão levados de avião para o Cairo, segundo a fonte.
O Airbus A-321 tinha como destino o aeroporto Pulkovo da cidade russa de São Petersburgo. O voo 9268 transportava muitos turistas do resort egípcio de Sharm el-Sheikh.
Parentes dos passageiros estão se reunindo no balcão de informações da companhia aérea russa Kogalymavia no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, com a esperança de encontrar mais informações sobre o voo.
O porta-voz da Rosaviatsia acrescentou que a aeronave não contatou o controle de tráfego aéreo do Chipre como estava agendado 23 minutos depois da decolagem e desapareceu do radar. As autoridades da aviação civil perderam contato com a aeronave quando o ela estava a 30.000 pés de altitude (9.144 m), segundo um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo do Egito.
“VAMOS TRAZER MAIS CENTROS DE PESQUISA PARA O BRASIL” AFIRMA ARMANDO MONTEIRO
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quinta-feira (29), em Londres, que o Brasil deseja ampliar o número de centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Nos últimos cinco anos, 42 centros de P&D de grandes empresas multinacionais foram instalados no país.
Armando participou do Seminário Innovate in Brasil, que reúne 60 executivos de empresas europeias com potencial e interesse em instalar centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no Brasil. A iniciativa, promovida pelo MDIC e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) faz parte da divulgação do Innovate in Brasil, programa que visa promover investidores globais que queiram implantar centros de P&D no país.
“Em meio a um ambiente de crescente competição entre os países para atração de centros de pesquisa e desenvolvimento, estamos conscientes de que o maior desafio é continuar a fortalecer o nosso sistema de inovação (…). Estamos confiantes de que a forte presença de empresas internacionais, o tamanho do mercado doméstico, a qualidade das políticas públicas e a constatação de que o país alcançou um grau de maturidade e densidade tecnológica em diversas áreas do conhecimento são aspectos que indiscutivelmente nos conferem vantagem para atrair mais investimentos”, afirmou.
O ministro lembrou que o Brasil ampliou seus parques tecnológicos, que hoje abrigam mais de 900 empresas e empregam 32 mil pessoas. “São incubadoras e centros de pesquisas que estão trabalhando continuamente para a produção de novos produtos e processos”, disse.
Armando citou aos mais de 60 executivos britânicos presentes no evento uma série de ações para estimular a inovação, como a Lei de Inovação; a nova Lei de Biodiversidade; linhas de crédito e financiamento; expansão do ensino superior e aumento de alunos na pós-graduação; bem como acordos de cooperação com escritórios de patentes de outros países para compartilhar e agilizar o trabalho de exame técnico, reduzindo o tempo médio de avaliação.
“Como resultado, os investimentos nessa área alcançaram 1,24% do PIB. O país consolidou sua presença em áreas como pesquisa agropecuária, aeronáutica, energias renováveis e petróleo e gás, especialmente nas tecnologias de extração de petróleo em águas profundas”, disse.
ARMANDO: RELAÇÕES BRASIL-IRÃ SE APOIAM NA CONSTRUÇÃO DE UMA PARCERIA ESTRATÉGICA
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (266), em Teerã, na abertura do Seminário Empresarial Brasil-Irã, que a relação entre os dois países se apoia na construção de uma parceria estratégica.
“O relançamento das nossas relações, que nessa visita queremos consolidar, se apoia não apenas na restrita visão do comércio ou dos investimentos, mas sobretudo na construção de uma parceria estratégica e mutuamente benéfica, que possa se traduzir no fortalecimento de nossas economias e no crescente bem-estar dos nossos povos”, disse o ministro na abertura do seminário, que recebeu mais de 150 representantes de associações e empresas brasileiras e iranianas.
Segundo o ministro, Brasil e Irã podem e devem intensificar suas relações econômicas. A corrente de comércio atingiu, em 2014, o montante de 1,44 bilhões de dólares e grande parte desse comércio corresponde a produtos básicos. “Temos o desafio de incrementar e diversificar esse intercâmbio, olhando as duas vias – exportação e importação -, e ampliar os nossos investimentos recíprocos”.
O ministro da Indústria, Comércio e Mineração do Irã, Muhammad Nematzadeh, afirmou no seminário que “precisamos encorajar as empresas iranianas a se aproximarem das empresas brasileiras numa agenda estratégica de longo prazo considerando os potenciais para o aprofundamento do fluxo comercial e de investimentos”.
A missão empresarial ao Irã é promovida no contexto do acordo nuclear que permitirá o fim das sanções econômicas impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), abrindo novas oportunidades comerciais para o país.
“Desde o anúncio da assinatura do Acordo Nuclear, vários países visitaram o Irã, sendo Teerã hoje destino de inúmeras missões comerciais. Não somos os primeiros a chegar, por certo, mas às vezes o mais importante é chegarmos mais preparados para que possamos potencializar a obtenção de resultados concretos. Por isso estamos com o firme propósito de apresentar e oferecer uma pauta concreta de parceria e cooperação aos nossos interlocutores, que não permita dúvidas quanto à legitimidade desse movimento de relançamento das nossas relações bilaterais”, disse Armando.
Parcerias – Armando Monteiro lembrou que o comércio no segmento de alimentos – mais presente e consolidado historicamente – pode ser ainda mais fortalecido. Segundo ele, o Brasil deseja manter-se como parceiro confiável do Irã na garantia do abastecimento deste mercado, que se apresenta com grande potencial de crescimento num futuro próximo.
“Ao lado desse segmento, vislumbram-se parcerias nos setores de energia, industrial, de mineração, infraestrutura e serviços e ainda no campo da cooperação científica e do intercâmbio tecnológico. Nas áreas de petróleo, gás e petroquímica, as possibilidades de cooperação entre o Brasil e o Irã nos parecem extremamente promissoras. Esses são apenas alguns exemplos de uma ampla agenda de comércio e investimento que os dois países podem implementar e avançar rapidamente”, disse Monteiro.
Aos empresários e integrantes do governo iraniano, Armando citou o Plano Nacional de Exportações, lançado no primeiro semestre deste ano. “Um dos principais pilares do Plano é ampliar o acesso a mercados por meio da maior inserção do país na rede internacional de acordos comerciais e de investimentos, contando ainda com esforços na área de facilitação de comércio. O Irã foi reconhecido como parceiro estratégico nesse reposicionamento da nossa política comercial”.
Além do ministro do Desenvolvimento, integram a comitiva brasileira o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni; e o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Glauco Jose Côrte. Também compõem o grupo brasileiro representantes dos ministérios das Relações Exteriores (MRE), das Minas e Energia (MME), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de representantes da Petrobras, do BNDES, de dez entidades setoriais e de 24 empresas.
ARMANDO SE REÚNE COM EMPRESÁRIOS E INVESTIDORES FINLANDESES
A presidenta Dilma Rousseff e o ministro Armando Monteiro participaram ontem (20), em Helsinque, de encontro com empresários e investidores finlandeses na sede da entidade dedicada ao estímulo à exportação do país, a Finpro. Durante o encontro, Dilma destacou as parcerias no setor naval e de exploração offshore, além do potencial de cooperação na exploração de etanol celulósico.
Os investimentos da Finlândia no Brasil ocupam papel central nas relações econômicas bilaterais. Há mais de 50 empresas finlandesas operando no Brasil, gerando, aproximadamente, 20 mil empregos. “As empresas finlandesas têm grande interesse em manter a presença no mercado brasileiro e todas manifestam o desejo de ampliar os investimentos no Brasil”, disse o ministro.
O comércio entre os dois países em 2014 foi de US$ 1,029 bilhão, um aumento de 50% em relação a 2005. Os produtos mais importados pelo Brasil são maquinários, papel e produtos farmacêuticos. Já as principais exportações são café, chá, minérios, ferro e aço.
Algumas empresas estão no Brasil há mais de 50 anos, como a Valmet, que iniciou fabricação de tratores em São Paulo nos anos de 1960. A presença finlandesa se destaca nos setores de papel e celulose (Stora Enso, Pöyry, Ahlström), processamento químico (Kemira), tecnologia marítima e de offshore (Wärtsila), entre outros.
Investimentos finlandeses também têm sido bastante significativos na área de telecomunicações. Atualmente, a única fábrica de celulares da Nokia na América do Sul encontra-se em Manaus.
Durante a visita oficial, a presidenta também irá visitar o Centro de Excelência Tecnológica. Isso evidencia, segundo ela, a relevância dada pelo Brasil à ciência, tecnologia e inovação. Ela também conversou com o presidente finlandês sobre a criação de um Centro de Inovação Brasil-Finlândia, com sede em ambos os países.
GOVERNO SE PREOCUPA COM DÍVIDAS DAS EMPRESAS EM DÓLAR, DIZ DILMA
A presidente Dilma Rousseff comentou neste sábado (26) a disparada da cotação do dólar e disse que o governo está “extremamente preocupado” com o fato de haver empresas com dívidas na moeda americana. Ela enfatizou, no entanto, que o Brasil tem “reservas suficientes”. Dilma conversou com jornalistas em Nova York, após participar de uma reunião com lideres da Índia, Alemanha e Japão.
Na última semana, o dólar ultrapassou o valor de R$ 4, marca histórica desde a implementação do Plano Real. Na sexta-feira a cotação da moeda americana recuou, após ações do Banco Central no mercado, como leilão de venda de até 1 bilhão de dólares.
“Estamos extremamente preocupados, porque tem empresas endividadas em dólar. Então o governo terá uma posição bem clara e firme como foi essa que o Banco Central fez ao longo do final da semana passada”, afirmou a presidente.
Para Dilma, as reservas do país vão evitar eventuais “desrupturas” causadas pela alta da moeda americana.
“O Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma desruptura por conta do dólar”, concluiu.
A presidente está em Nova York desde sexta-feira (25) para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde discursará na segunda-feira (28). Mais cedo, ela defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.
Brasil pleiteia um assento permanente no conselho. O país já esteve dez vezes entre os membros não-permanentes do conselho e defende a ampliação do número de membros permanentes.
A reforma do Conselho de Segurança da ONU permanece como a principal questão pendente na agenda da ONU. Nós precisamos de um conselho que reflita adequadamente a nova correlação de forças mundial”, afirmou a presidente. Atualmente, o órgão conta com cinco integrantes fixos: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, além de outros dez países que são rotativos e mudam a cada dois anos.