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MARIN É EXTRADITADO PARA OS EUA; AUDIÊNCIA EM NY SERÁ NESTA QUARTA-FEIRA (04)

img_1325Confirmado: o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, deixou Zurique nesta terça-feira rumo aos Estados Unidos e seu avião pousou em Nova York por volta das 15h50 (de Brasília). Segundo a Justiça da Suíça (FOJ, na sigla em inglês), o brasileiro foi acompanhado no voo por dois policiais americanos. A audiência na Corte Federal do Brooklyn, com o juiz Raymond Dearie, está confirmada para quarta, às 13h (de Brasília, 10h no horário local), com pedido até para a presença de um intérprete.

O ex-presidente da CBF estava preso em Zurique desde o dia 27 de maio, acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção. Marin e outros seis dirigentes de futebol foram presos a pedido de autoridades americanas. Por isso ele foi transferido para os EUA.

Após cinco meses preso em Zurique, Marin fechou um acordo para ficar em prisão domiciliar em Nova York, onde tem um apartamento. A esposa do dirigente, Neusa, já chegou à cidade e reuniu-se com o advogado Paulo Peixoto em casa, antes do marido desembarcar com o FBI. O ex-presidente da CBF ficará preso até passar pela audiência na Corte Federal do Brooklyn, onde corre a ação contra ele.

Procuradas pelo GloboEsporte.com por e-mail, por telefone e pessoalmente, nem as autoridades americanas e nem a defesa de Marin confirmam onde ele será mantido preso até a audiência no tribunal.

Marin deve se declarar inocente, pagar uma multa milionária e ficar sob vigilância eletrônica, feita por uma empresa privada que ele mesmo deve pagar. Se o acordo se der em termos semelhantes aos feitos por Jeffrey Webb e Alejandro Burzaco (outros dois envolvidos no mesmo escândalo), Marin só poderá deixar seu apartamento com autorização expressa do FBI. Webb pagou fiança de US$ 10 milhões. Burzaco, de de US$ 20 milhões.

José Maria Marin, 83, é acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção na venda de direitos de TV de vários torneios realizados no Brasil e na América do Sul. O dirigente virou alvo das autoridades americanas porque usou empresas e bancos dos EUA para fazer transações financeiras.

A investigação que resultou na prisão de Marin afetou também a vida de outros dirigentes brasileiros – cujos nomes não foram apontados na denúncia – mas que estão sendo investigados – como o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. e o atual presidente, Marco Polo Del Nero.

Após as prisões de maio em Zurique, os hábitos mudaram para boa parte da elite do futebol mundial. O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, que viajava pelo mundo inteiro, praticamente não saiu da Suíça. E Marco Polo Del Nero não deixou mais o território brasileiro.(G1.COM)


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