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ESPAÇO DA POESIA

dio

 

 

 

 

 

NO PAÍS ONDE OS “RATOS” CORONÉIS,
ESVAZIAM SEUS COFRES COMO UM VÂNDALO,
QUANDO CESSA-SE O FOCO DE UM ESCÂNDALO,
APARECEM EM SEGUIDA NOVE OU DEZ,
SE EU NÃO SOU O CULPADO E NEM TU ÉS,
IMAGINE AFINAL QUEM PODE SER,
A JUSTIÇA FAZ FORÇA PRA ESCONDER,
O QUE A MÍDIA NÃO CANSA DE MOSTRAR,
TEM MISTÉRIO DEMAIS PRA DESVENDAR,
NO SILÊNCIO DA MÁFIA DO PODER.

DIOMEDES MARIANO.

ESPAÇO DA POESIA

 

ZABE

NÃO VI MAIS NA RUA MINHA,
ZABÉ GALINHA PASSANDO,
A MENINADA GRITANDO,
CUIDADO EM ZABÉ GALINHA,
ZABÉ CONDUZIU SOZINHA,
A CRUZ DO MARTÍRIO DELA,
PRESTOU MUITA SENTINELA,
AOS BECOS MAIS ISOLADOS,
HOJE AS RUAS DE AFOGADOS,
NÃO SÃO AS MESMAS SEM ELA.

ERA A COISA MAIS COMUM,
A GENTE ENCONTRAR ZABÉ,
PEDINDO UM TROCADO A UM,
DOIDA PRA TOMAR UM MÉ,
QUANDO SE VIA CANSADA,
DEITAVA EM QUALQUER CALÇADA,
DESNUTRIDA E MAGRICELA,
ASSIM PAGOU SEUS PECADOS,

NOSSA QUERIDA AFOGADOS,
FICOU MAIS TRISTE SEM ELA.

POR: DIOMEDES MARIANO.

ESPAÇO DA POESIA

dioPRESÉPIO INTERNO:

HÁ MUITOS CRISTOS SOFRENDO E MORRENDO,
NO SUB MUNDO DA PERIFERIA,
POIS É NO BERÇO DESTE CAOS HORRENDO,
QUE NASCEM CRISTOS TODO SANTO DIA.

NASCEM COM A SINA DE VIVER SOFRENDO,
SÃO CONDENADOS PELA COVARDIA,
DO DESGOVERNO QUE ESTÁ SE ESQUECENDO,
DE CEM POR CENTO DO QUE PROMETIA.

OS VIADUTOS E OS MOCAMBOS MIL,
QUE SÃO A CARA E A DOR DO BRASIL,
LEMBRAM PRESÉPIOS EM PUTREFAÇÃO.

MAS EU SÓ POSSO DAR UM BASTA NISTO,
SE HOUVER ESPAÇO PRA O NATAL DE CRISTO,
NA MANJEDOURA DO MEU CORAÇÃO.

DEDÉ MONTEIRO.

ESPAÇO DA POESIA

dioA CORUJA

A campanha de fato foi brilhante,
Nosso time este ano fez assim,
Liderou do começo até o fim,
Sem sentir-se agredido um só instante,
A torcida pra lá de confiante,
Da maneira que estava a direção,
Vamos todos domingo ao “Vianão”,
Esta fase de ouro confirmar,
BRADA A VOZ DA TORCIDA A FESTEJAR,
A CORUJA É PRIMEIRA DIVISÃO.

Quero em nome de Ênio agradecer,
A equipe dos nobres diretores,
Pedro Manta que fez os jogadores,
Defenderem este manto com prazer,
A torcida apoiou por entender,
Que nós tínhamos de fato condição,
A imprensa estirou a sua mão,
Nosso escrete no campo eu vi sobrar,
BRADA A VOZ DA TORCIDA A FESTEJAR,
A CORUJA É PRIMEIRA DIVISÃO.

Vamos juntos a mais um festival,
Dando nome ao desporto de Afogados,
Contra elencos bem mais qualificados,
Do sertão, do agreste ao litoral,
Como América da estrada do arraial,
Como o Serra que evoca Lampião,
O Timbú, A Cobrinha e o Leão,
São equipes que vamos enfrentar,
BRADA A VOZ DA TORCIDA A FESTEJAR,
A CORUJA É PRIMEIRA DIVISÃO.

Por: Diomedes Mariano.

ESPAÇO DA POESIA

dioMAL DE AMOR;

CANSADO DE SOFRER DO MAL DE AMOR,
RESOLVI PROTEGER MEU CORAÇÃO,
E COMECEI A GRANDE CONSTRUÇÃO,
DA MINHA FORTALEZA INTERIOR.

FIZ VIGAS DE CONCRETO CONTRA A DOR,
REVESTI AS PAREDES DE RAZÃO,
PORTAS, JANELAS, PISO, ELEVADOR,
E TUDO IMPERMEÁVEL A EMOÇÃO.

COMO NÃO TEM NO MUNDO QUEM NÃO FALHE,
ESQUECI ENTRETANTO DE UM DETALHE,
E O MEU TRABALHO NÃO FICOU COMPLETO.

MEU CORAÇÃO EM PAZ E ADORMECIDO,
ACORDOU DE REPENTE COM UM RUÍDO,
ERA A SAUDADE ENTRANDO PELO TETO.

RONALDO CUNHA LIMA.

ESPAÇO DA POESIA

dioA morte não intimida,
Quem a Deus tem se doado,
A morte é só o traslado,
De uma pra outra vida,
Uma missão concluída,
Sob o claro de uma vela,
Um horizonte na tela,
Que aponta a nova estrada,
A MORTE ESTÁ ENGANADA,
EU VOU VIVER DEPOIS DELA.

Vamos conduzir a cruz,
Que Deus nos doou um dia,
Com o filho de Maria,
Sendo a miragem e a luz,
Vamos jantar com Jesus,
Na mesa farta do amor,
Dá um basta no rancor,
Pra reduzir os pecados,
FELIZES OS CONVIDADOS,
PARA A CEIA DO SENHOR.

Diomedes Mariano.

ESPAÇO DA POESIA

dioOs políticos são seres tão previstos,
Que mantêm seus grupos “controlados”,
Alguns lobos carnívoros camuflados,
Em cordeiros pacíficos e em Cristos,
É comum muitos deles serem vistos,
Em quermesses, velórios, hospitais,
Mas pós pleito se escondem por detrás,
Das promessas que fazem a sua gente,
A POLÍTICA VIROU INFELIZMENTE,
UM BALCÃO DE NEGÓCIO E NADA MAIS.

O País capengando em contra mão,
Se escraviza nas mãos destes falsários,
Que nos pleitos são meros empresários,
Fatiando a vontade do povão,
Quem dispõe de milhão gasta milhão,
Quem dispõe de reais gasta reais,
Se promete fazer morre e não faz,
Acha ruim quando dizem que ele mente,
A POLÍTICA VIROU INFELIZMENTE,
UM BALCÃO DE NEGÓCIO E NADA MAIS.

Diomedes Mariano.

ESPAÇO DA POESIA

dioNão prometa o que sabe que não tem,

Nem se julgue ser dono da verdade,

Deus nos deu o direito de igualdade,

Não se sinta melhor do que ninguém,

Se quiser fazer algo por alguém,

Pode ser que a chance seja essa,

Quem termina a parede que começa,

Não dar chances à base de pender,

NÃO PROMETA A NINGUÉM, TENTE FAZER,

O REAL VALE MAIS QUE A PROMESSA.
Encontrando doente um ser qualquer,

Cadavérico, chagado em sangue e pus,

Não prometa curar, pois só Jesus,

Cura o ente da forma que quiser,

Se só tens ao alcance uma colher,

Não se exponha exibindo uma travessa,

Se só tens a toalha da compressa,

Não prometa UTI que não vai ter,

NÃO PROMETA A NINGUÉM, TENTE FAZER,

O REAL VALE MAIS QUE A PROMESSA.

 

Por: Diomedes Mariano.

ESPAÇO DA POESIA

dioLiberta qual será tane,

Quem dissera, quem dissera,

A frase está entre nós,

Liberdade quem nos dera,

Não existe independência,

Onde não ha consciência,

Moral nem patriotismo,

Onde a justiça se vende,

E a lei covarde se rende,

Aos pés do capitalismo.

 

A pátria do miserável,

Não tem bandeira no nome,

Mas pra que nome em bandeira,

Onde se morre de fome?

Há recanto em meu país,

Tão pobre e tão infeliz,

Que nem na África não há,
Enquanto os grupos exóticos,

Erguem palacetes góticos,

Com manganês do Amapá.
Biu de Crisanto.

ESPAÇO DA POESIA

dioMeu avô tomou viagra,

Veja o que aconteceu,

Na segunda ele comprou,

Na terça feira bebeu,

Na quarta fez um menino,

Na quinta feira morreu.

Louro Branco.
Quem gostar de coisa boa,

Aguce bem os ouvidos,

Venha ouvir um peito velho,

Se desmanchando em gemidos,

Como um boi velho cansado,

Nos derradeiros mugidos.

Zé Alves Sobrinho.