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ESPAÇO DA POESIA

 

ZABE

NÃO VI MAIS NA RUA MINHA,
ZABÉ GALINHA PASSANDO,
A MENINADA GRITANDO,
CUIDADO EM ZABÉ GALINHA,
ZABÉ CONDUZIU SOZINHA,
A CRUZ DO MARTÍRIO DELA,
PRESTOU MUITA SENTINELA,
AOS BECOS MAIS ISOLADOS,
HOJE AS RUAS DE AFOGADOS,
NÃO SÃO AS MESMAS SEM ELA.

ERA A COISA MAIS COMUM,
A GENTE ENCONTRAR ZABÉ,
PEDINDO UM TROCADO A UM,
DOIDA PRA TOMAR UM MÉ,
QUANDO SE VIA CANSADA,
DEITAVA EM QUALQUER CALÇADA,
DESNUTRIDA E MAGRICELA,
ASSIM PAGOU SEUS PECADOS,

NOSSA QUERIDA AFOGADOS,
FICOU MAIS TRISTE SEM ELA.

POR: DIOMEDES MARIANO.


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