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Lula critica guerra, pede prioridade ao clima e lembra desastres no Brasil: ‘A conta chegou’
Presidente disse ainda ser preciso ‘trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis’. Brasil avalia um convite para se juntar ao clube dos países exportadores de petróleo.
g1 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta sexta-feira (1º) seu primeiro discurso na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Durante a fala, ele afirmou que gastos com armas deveriam ser usados contra a fome e a mudança climática, como o impacto climático afeta o Brasil e sobre a necessidade de ter uma economia menos dependente de combustíveis fósseis (veja abaixo).
A conferência do clima — que deve durar duas semanas — é um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas visando debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.
Na COP28, ministra Luciana Santos anuncia R$ 20,85 bilhões para projetos na área de transição energética
Editais também contemplam as áreas de bioeconomia e descarbonização da infraestrutura e mobilidade. Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação também lançará plataforma voltada para implementação do mercado regulado de carbono no Brasil
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anuncia nesta sexta-feira (01/12), às 13h, na COP28, em Dubai, cinco editais do programa Mais Inovação Brasil para financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. No total, os editais representam o investimento total de R$ 20,85 bilhões.
Fruto de uma ação conjunta do MCTI com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Finep e BNDES, o programa Mais Inovação Brasil é uma das iniciativas mais relevantes da nova política industrial do país.
Os editais serão lançados no Estande da CNI localizado na Blue Zone da Expo City, em Dubai. No mesmo local, às 12h, a ministra Luciana Santos lança a plataforma SIRENE Organizacionais, uma ferramenta pública que vai receber os inventários de emissões de gases de efeito estufa de organizações públicas, privadas ou do terceiro setor de todos os segmentos econômicos.
Desenvolvida em parceria com a CNI, a plataforma atende demanda do setor produtivo por um sistema nacional de Relato, Mensuração e Verificação alinhado aos desafios da implementação de um mercado regulado de carbono no Brasil.
Ciência climática
Às 16h30, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participa do painel “A ciência do Inventário Nacional e políticas de mitigação”, que será realizado pelo MCTI no Auditório 2 do Pavilhão Brasil.
Impa divulga edital de seleção de estudantes para programa de graduação
Para ministro substituto Luis Fernandes, iniciativa é a complementação dos talentos revelados pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) divulgou o edital de seleção de estudantes para o IMPA Tech – o primeiro programa de graduação da instituição com início em 2024. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 29 de novembro a 28 de dezembro no site impatech.impa.br. A duração do curso será de quatro anos, com um ciclo básico. Posteriormente, os alunos poderão escolher entre as ênfases em Matemática, Ciência de Dados, Ciência da Computação ou Física.
O ministro substituto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luis Fernandes, ressaltou a importância do IMPA Tech para o desenvolvimento na área da ciência e tecnologia. “O IMPA Tech amplia o trabalho de divulgação e formação de capacidade na área de ciência e tecnologia, especificamente na área de Matemática, porque agora toda aquela safra de alunos que sobressaem na Obmep [Olímpiada Brasileira de Matemática para as Escolas Públicas] poderá ter como benefício uma garantia da continuidade da sua formação em um dos mais renomados institutos de Matemática do país”, disse. “Isto significa que é a complementação dos talentos revelados na Obmep no trabalho de formação acelerando a formação dos estudantes e criando um caminho e carreiras que serão construídas na área de Matemática”, completou.
O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, destacou que a formação de novos profissionais nesta área colabora para o crescimento do país. “O Brasil apresenta uma grande carência de profissionais neste setor, o que afeta o nosso desenvolvimento tecnológico. A criação do IMPA Tech é uma resposta a essa necessidade estratégica nacional. Nós queremos formar profissionais altamente qualificados para se inserirem no mercado e transformarem o mundo por meio das ciências matemáticas”, afirmou. “A Matemática, a Ciência de Dados, a Computação e a Física são indispensáveis para a atividade econômica no século XXI, e a sua importância só está crescendo.”
O IMPA Tech está localizado no Porto Maravalley, no Rio de Janeiro, e vai abrigar também startups e empresas de tecnologia, criando um ambiente de inovação e colaboração.
Seleção
Para 2024, o processo seletivo usará o desempenho dos estudantes em olimpíadas do conhecimento e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Serão ofertadas até 80 vagas para alunos medalhistas do nível 3 da Obmep; do nível 3 da Olimpíada Brasileira de Matemática; das modalidades A ou B da Olimpíada Brasileira de Química; dos níveis 2 ou 3 da Olimpíada Brasileira de Física; e da modalidade programação nos níveis 1 ou 2 (Ensino Médio) da Olimpíada Brasileira de Informática. De acordo com o edital, cada medalha garantirá uma pontuação diferente no processo de seleção do IMPA Tech.
Outras 20 vagas serão disponibilizadas para candidatos com melhor desempenho em Matemática no Enem.
A seleção contará ainda com atividades em grupo e entrevistas individuais (on-line). O IMPA Tech terá vagas destinadas à ampla concorrência e também reservará um quantitativo aos candidatos distribuídos em diferentes grupos de cotas, conforme detalhado no edital.
O IMPA Tech é um curso de ensino superior financiado pelo governo federal por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). A graduação conta com a parceria da Prefeitura do Rio de Janeiro, responsável pelo Porto Maravalley.
Mulheres são maioria dos pescadores profissionais em cinco estados do país. No Maranhão, 56% representa o grupo feminino
O Brasil tem mais de 1 milhão de pescadores profissionais, sendo que 49% deles são mulheres. Em cinco estados, elas superam o número de homens trabalhando profissionalmente no setor – no Maranhão, 56% dos pescadores profissionais são mulheres; em Pernambuco, 55%; em Sergipe, 62%; na Bahia, 68%; e em Alagoas, 58%.
“Além de serem 49% dos pescadores profissionais do país, em cinco estados, as mulheres sobrepõem os homens, o que mostra que a presença da mulher na pesca é muito forte e deve ser cada vez mais incentivada. Esse protagonismo da mulher é muito importante”, avaliou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ele lembrou que os dados se referem a pescadores com o chamado Registro Geral do Pescador. “Traduzindo pra que todo mundo possa entender: a carteirinha do pescador”.
“O pescador legal, o pescador que vive da pesca tem essa preocupação [com a fiscalização]. Ninguém mais tem tanto interesse nessa preservação do que o pescador, que vive da pesca. Ele precisa ter esse cuidado”, destacou.
“A gente tem estreitado laços com organismos que promovem essa fiscalização pra fazer isso de forma que haja participação e compreensão grande dos trabalhadores”, disse. “Essa é uma ação prioritária para o nosso governo. Tenho muito convencimento de que vamos avançar bastante nas ações que promovem essa preservação”, concluiu.
Edição: Valéria Aguiar
Bolsonaro não vai em manifestação por apoiador morto na Papuda
Correio Braziliense — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai mais participar de uma manifestação bolsonarista na tradicional Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (26/11), convocada pelo pastor Silas Malafaia e outros deputados. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o antigo mandatário deixou o Rio de Janeiro em direção a Brasília pela manhã.
A manifestação foi convocada em memória de Cleriston da Cunha, que morreu na última segunda-feira (20/11) após um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O homem, de 46 anos, era um dos presos pelos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro, quando manifestantes bolsonaristas invadiram os prédios dos Três Poderes.
Segundo a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o homem recebia visitas regulares da companheira e das duas filhas, além de receber acompanhamento médico.
Pelas redes sociais e nas tribunas do Congresso Nacional, diversos parlamentares bolsonaristas prestaram homenagem a Cleriston da Cunha. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), voltou a comentar o caso neste domingo. “É hoje. Av. paulista – 14h. Fazer o certo, sem esperar que dê certo. Cumprirei a promessa que fiz a filha de Cleriston: não deixar a morte de seu pai ser em vão”, disse.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), classificou Cleriston como um “verdadeiro patriota”. “Não podemos nos calar diante do que tem acontecido! Nossa voz não pode ser censurada. Vamos manter o respeito, protestar com sabedoria, estratégia e muito patriotismo”, frisou.
Lula vai se reunir com Papa Francisco e Bill Gates na COP28
Presidente deve convidar pontífice para a COP 30, no Brasil. Debates sobre acordo com a UE incluem encontros com presidentes da Comissão Europeia e da França, e primeiro-ministro do Reino Unido.
g1 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um série de encontros previstos durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP 28, nos Emirados Árabes, nesta semana.
Uma das reuniões na agenda é com o Papa Francisco. Segundo diplomatas ouvidos pela GloboNews, a expectativa é de que os dois conversem sobre iniciativas humanitárias em busca da paz, especialmente no confronto entre Israel e Hamas, além das preocupações com o aquecimento global.
Lula também quer convidar o Papa para participar da COP30, que será realizada em 2025, em Belém.
Em maio deste ano Lula e o pontífice conversaram por telefone, e, em junho, se reuniram no Vaticano para um encontro de 45 minutos. O petista chegou a ser recebido por Francisco no Vaticano também em fevereiro de 2020, e recebeu uma carta do Papa enquanto estava preso, em Curitiba.
O magnata norte-americano Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, também deve se encontrar com o presidente brasileiro.
Lula ainda se reúne com líderes globais como os presidentes da União Africana, Azali Assoumani; o presidente de Israel, Isaac Herzog, para falar sobre a busca por uma medida de paz entre Israel e Hamas; e o secretário-Geral da ONU, António Guterres.
12ª Olimpíadas de Ciências da Floresta de Caxiuanã
Com o tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, o evento contará com uma variedade de oficinas, dinâmicas e competições, envolvendo 130 estudantes e 62 professores de Portel e Melgaço, dois municípios da região do Marajó
A Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), base do Museu Paraense Emílio Goeldi, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, se prepara para receber uma turma animada. Dia 27 inicia a 12ª edição das Olimpíadas de Ciências na Floresta Nacional de Caxiuanã, após 3 anos de intervalo. O evento, que encerra dia 1/12, contará com a participação de 254 pessoas, sendo 130 alunos e 62 professores de 14 unidades rurais ligadas às escolas de referência Andrea Raulino e Estefânia Monteiro, do município de Portel, Ilha do Marajó (Pará), 31 ministrantes de oficinas, 21 que atuam na organização e apoio, 6 bombeiros e 4 enfermeiros.
As Olimpíadas de Ciências de Caxiuanã fazem parte do conjunto de ações anuais de divulgação científica promovidas pelo Museu Goeldi junto às comunidades do entorno da Floresta Nacional (FLONA). E, por conta da pandemia da Covid-19 e falecimento nesse período da educadora que criou e coordenava o Programa de Educação do Goeldi em Caxiuanã, Socorro Andrade, as ações ficaram interrompidas durante três anos e retornam em grande ritmo neste ano. As Olimpíadas também integram as comunidades ribeirinhas da FLONA à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Programação – Ao longo de 5 dias de programação, os estudantes participam de uma variedade de atividades, incluindo oficinas de ciência, competições esportivas, momentos culturais e dinâmicas diversas. Nas oficinas, os participantes, que incluem também professores da rede pública de ensino e lideranças comunitárias, têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a conservação dos biomas, o uso responsável dos recursos florestais, peculiaridades de aracnídeos e outros insetos da região amazônica, morcegos, fósseis do Pará, DNA de vegetais, arqueologia, empreendedorismo na bioeconomia, educação ambiental, uso sustentável da água, memória coletiva, jornal mural interativo, etnografia audiovisual, produção cinematográfica, fanzine e experimentos de ciências com materiais alternativos.
O dia é entremeado ainda por uma série de dinâmicas, orientações de saúde e tem as Noites Culturais.
Esporte na Floresta – Nas Olimpíadas, uma das atividades mais aguardadas são as competições esportivas. Os estudantes disputarão em categorias que tem jeito amazônico, como natação no rio, casquinhagem (corrida de canoas personalizadas) e subida de árvore com peconha (escalada utilizando um cinto feito de fibra amarrado aos pés).
Homenagem – Nesta edição, que celebra a volta das Olimpíadas da Floresta, o primeiro momento da programação será para saudar quem plantou o gosto pela ciência e a esperança por desenvolver com sustentabilidade através da educação. A pedagoga Socorro Andrade estimulou, articulou e participou ativamente da qualificação de professores nas comunidades rurais vinculadas a Flona de Caxiuanã, semeou sonhos profissionais e muito afeto no seu agir. Acolhia com sorrisos e abraços, cutucava gestores, escolas, moradores, alunos e professores para falar de educação e ciência. O Programa de Educação em Ciências que desenvolveu com as comunidades é um sucesso, um legado de 30 anos, com pontos altos representados na Feira de Ciências e nas Olimpíadas da Floresta.
Olimpíadas – A história das Olimpíadas de Ciências da Floresta Nacional de Caxiuanã teve início em 2001 sob a forma de uma gincana de ciências, mas, em 2008, a ação evoluiu para a atual configuração da Olimpíada na Floresta.
O principal objetivo das Olimpíadas é divulgar as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi e promover a educação científica e ambiental nas comunidades próximas à Estação Científica Ferreira Penna, no Marajó. E sua realização, além da equipe do Museu Goeldi, sempre mobilizou parceiros das secretarias de educação, de outros institutos de pesquisa, das universidades, ONGS, secretarias de saúde e Corpo de Bombeiros. E não há quem participe da ação que não fique encantado com a experiência.
A atual coordenadora do projeto, que participou ativamente das edições anteriores, a educadora Ana Claúdia Silva, destaca a importância do evento para a relação entre o Museu Goeldi e comunidades do Marajó: “A Olimpíada é um momento forte da interação entre a comunidade ribeirinha e o Museu Goeldi. As comunidades ficam conhecendo o instituto de pesquisa e como a ciência contribui para o desenvolvimento social naquele entorno”.
Ficou curioso sobre as Olimpíadas de Ciências da Floresta de Caxiuanã? Então veja uma pitada nos vídeos “Diário das Olimpíadas de Caxiuanã”, no canal do Museu Goeldi no Youtube https://www.youtube.com/watch?v=44hw5JPTrBc&list=PLmF_djNxPm8Qk3j_-EwpFf4gQVt32FvR5
Texto: Nina Dacier e Joice Santos
Serviço: 12ª Olimpíadas de Ciências da Floresta de Caxiuanã
Período: 27/11 a 1/12
Local: Estação Científica Ferreira Penna / Marajó – Pará
Promoção: Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG
Patrocínio: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI
No Vietnã, ministra Luciana Santos discute parceria em semicondutores
Cooperação deve incluir formação de recursos humanos, além de chamadas conjuntas para intercâmbio de pesquisadores. A ministra Luciana Santos representa o Brasil em visita oficial ao país asiático, no início de uma viagem que incluirá ainda Emirados Árabes Unidos e Alemanha.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, cumpre agenda oficial em Hanói, no Vietnã, de 27 a 29 de novembro, para fortalecer a cooperação científica em áreas estratégicas. Na manhã desta segunda (27), ela discutiu, com o ministro vietnamita da Ciência e Tecnologia, Huynh Thanh Dat, uma parceria na área de semicondutores.
A cooperação bilateral, que inclui a formação de recursos humanos, deve se estender para outras áreas da transformação digital, como Inteligência Artificial e tecnologias quânticas. No encontro, a ministra defendeu que a ciência e tecnologia seja um dos pilares das relações com o Vietnã.
“O Brasil tem implementado um conjunto de ações no sentido de dominar o conhecimento científico, tecnológico e produtivo que poucos países do mundo possuem em um setor estratégico como o dos semicondutores”, afirmou.
Ela destacou a retomada do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada – Ceitec, empresa pública de desenvolvimento e fabricação de chips, que vai operar nas rotas tecnológicas da transição energética e do setor automotivo. “A retomada da Ceitec foi incluída no projeto nacional de superação do atraso produtivo e tecnológico do nosso governo”, acrescentou.
Para o ministro Huynh Thanh Dat, a visita oficial da ministra Luciana Santos é uma “valiosa oportunidade” para o fortalecimento da cooperação científica e tecnológica. Ele lembrou que o Vietnã possui 5 mil engenheiros, mas quer intensificar a formação de recursos humanos, inclusive em parceria com empresas internacionais que atuam no país, para alcançar 50 mil profissionais.
“Brasil e Vietnã possuem desafios comuns, e a ciência, tecnologia e inovação desempenham papel cada vez mais importante nas relações bilaterais. Com esforço e determinação, vamos concretizar a cooperação entre nossos países”, disse.
Segundo a ministra Luciana Santos, será realizada, em 2024, a 1ª Reunião do Comitê Conjunto Brasil-Vietnã de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na ocasião, deve ser discutida a abertura de chamadas conjuntas bilaterais para o intercâmbio de pesquisadores.
O coordenador de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI, André Rafael Costa e Silva, lembrou que o Brasil possui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), que reúne um conjunto de instrumentos de estímulo ao setor. “A indústria de semicondutores é estratégica e transversal. Nosso objetivo é inserir o Brasil nas cadeias globais, de modo que este é um momento muito oportuno para fortalecer a cooperação com o Vietnã”, defendeu.
Em 2024, Brasil e Vietnã celebram 35 anos de relações diplomáticas. “São impressionantes os avanços econômicos, sociais e tecnológicos do Vietnã na última década. Com 100 milhões de habitantes e crescimento econômico robusto, o país possui objetivos e desafios semelhantes aos do Brasil, o que contribui para a atuação conjunta em temas de interesse comum”, colocou Luciana Santos.
“A política externa do governo do presidente Lula confere atenção especial à ciência, tecnologia e inovação e busca novas parcerias com países em desenvolvimento e relevância regional, a exemplo do Vietnã”, acrescentou.
Na tarde desta segunda-feira, Luciana Santos teve encontros na Academia de Ciência e Tecnologia do Vietnã (VAST), que desempenha o papel de principal órgão de pesquisa e de think tank do governo para avaliação e aconselhamento sobre questões de inovação e alta tecnologia. Também é responsável pela capacitação de recursos humanos científicos e tecnológicos altamente qualificados de acordo com suas diretrizes.
A agenda em Hanói prevê ainda reunião com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh, que foi recebido pelo presidente Lula em setembro, em Brasília. A ministra também visitará uma fábrica de veículos elétricos.
Do Vietnã, ela segue para Dubai e Berlim, onde acompanha o presidente Lula.
Após revés no Senado, Lula indica Leonardo Magalhães para o cargo de defensor público da União
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta quinta-feira (23) Leonardo Magalhães para o cargo de defensor público-geral da Defensoria Pública da União (DPU).
De acordo com o Planalto, Magalhães é defensor federal há 15 anos e já atuou junto à Comissão e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Para tomar posse no cargo, Leonardo Magalhães precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ter o nome aprovado pelo Senado. Para receber o aval da Casa, o indicado terá de receber os votos favoráveis de pelo menos 41 senadores.
Em outubro, o Senado rejeitou a indicação de Igor Roque para o comando da Defensoria Pública da União. Com isso, Lula teve de fazer uma nova indicação.
Na ocasião, governistas classificaram a derrota como um “recado” de uma ala do Senado. Parlamentares estariam insatisfeitos com medidas tomadas pelo governo, como, por exemplo, o veto do presidente Lula ao marco temporal.
Grupo técnico interministerial inicia trabalho de elaboração do Plano Clima – Mitigação
Organizada por MCTI, MMA e Casa Civil, oficina promoveu debate com grupo técnico interministerial e especialistas em modelagem integrada sobre trajetória de emissões e projeções até 2035
O Grupo Técnico Temporário de Mitigação – GTT Mitigação iniciou as atividades nesta terça-feira (21) com a oficina “Trajetória de Emissões GEE e Projeções 2024-2035”. O diálogo realizado no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e em formato híbrido (on line e presencial) reúne cerca de 50 profissionais, entre representantes técnicos dos 18 ministérios que compõe o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) e especialistas em modelagem integrada da COPPE/UFRJ, que elaboram as trajetórias das medidas de mitigação.
O objetivo dos dois dias de oficina é subsidiar o debate com informações técnico-científicas sobre a elaboração da proposta de Estratégia Nacional e dos Planos Setoriais de Mitigação do Plano Nacional de Mudança do Clima, o Plano Clima. O Plano consolidará estratégias, planos e metas do governo federal para os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e o alcance das metas climáticas estabelecidas na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. O Plano terá vigência entre 2024 e 2035.
Os trabalhos técnicos do GTT atendem à resolução do CIM, presidido pela Casa Civil, estabelecida em setembro deste ano. A portaria com a designação dos integrantes do GTT foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (20).
Para a secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni, o Plano Clima é um esforço dos 18 ministérios que integram o CIM e de outros órgãos setoriais que também participam do plano climático. Toni destacou a importância de o trabalho se iniciar pela ciência, dada a urgência colocada pelos cientistas sobre a mudança do clima. A secretária afirmou ainda que o Plano Clima, com as vertentes de mitigação e adaptação, será um “cartão de visita” do Brasil para a COP30, especialmente para convencer os demais países a ter metas mais ambiciosas e planos concretos. “Esse trabalho vai pautar nossa ação política”, disse.
O Brasil vai sediar a COP30 em 2025, em Belém (PA), quando deverá haver a segunda rodada de submissão de contribuições dos países para redução de emissões.
Representando a Casa Civil da Presidência da República, a secretária-adjunta substituta da Secretaria Especial de Análise Governamental (SAG), Karen Silverwood-Cope, afirmou que a agenda de mudança do clima é uma prioridade para o governo. Cope destacou ainda que o Brasil sempre foi pioneiro e é com esse “espírito de pioneirismo” e com embasamento em evidências científicas que o trabalho se inicia. “É uma discussão de formulação de políticas públicas com base em evidência”, afirmou.
Compromissos
Os painéis técnicos começaram com a apresentação sobre as trajetórias de emissões observadas no Brasil desde 1990 até 2020, quando se inicia a série história do Inventário Nacional de Emissões de GEE. De acordo com o coordenador-Geral de Ciência do Clima (MCTI), Márcio Rojas, conhecer as trajetórias já percorridas é o primeiro passo para analisar como os setores se comportaram em relação às emissões.
“Agora, a ciência vai mostrar os possíveis caminhos que serão percorridos para que os compromissos sejam alcançados. Além disso, quais serão as melhores possibilidades de interação entre determinadas políticas”, explicou Rojas.
O coordenador destacou ainda que esse processo conta com o apoio dos pesquisadores, liderados pela COPPE/UFRJ, na elaboração de projeções que utilizam modelagem integrada. “O esforço de modelagem integrada nos ajuda para mostrar quais são as melhores decisões para cada um dos setores, de modo que no agregado possamos ter a indicação do melhor caminho a ser percorrido para cumprir com os compromissos internacionais”, detalhou.
A programação prevê debates em torno de medidas e projeções para os setores de Energia (geração e combustíveis), Mudança do Uso da Terra (LULUCF), Agropecuária, Processos Industriais e Resíduos.
A atualização da NDC submetida pelo governo brasileiro em 2023 à Convenção do Clima apresenta correção da meta de emissões de gases de efeito estufa (GEE). O Brasil se comprometeu a ter limite de emissões de 1,32 GtCO2e – consistente com uma redução de 48,4% até 2025, e de 1,32 GtCO2e – consistente com uma redução de 53,1% até 2030, comparado ao ano de 2005. O compromisso também prevê o alcance da neutralidade de emissões em 2050.