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Putin ordena que militares façam exercícios com armas nucleares

g1 – O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta segunda-feira (6) que vai incluir o uso de armas nucleares táticas em exercícios militares que serão realizado em breve, por ordem do presidente do país, Vladimir Putin.

Em nota, o ministério disse que o ato é uma resposta a “falas provocativas e ameaças de certas autoridades ocidentais contra a Federação Russa”.

O comunicado não cita nominalmente as autoridades ocidentais, mas a Rússia tem declarado em várias ocasiões que as falas do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre uma possível intervenção na Ucrânia são extremamente perigosas.

Ao mesmo tempo em que Macron declarou repetidas vezes que não descarta enviar tropas para a Ucrânia, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, afirmou que forças de Kiev poderão usar armas de longa distância britânicas para atingir alvos em território russo.

Arsenal nuclear tático

Os exercícios vão incluir treinos de preparação para o uso de armas nucleares não estratégicas, segundo a Defesa. Serão mobilizadas divisões do Distrito Militar do Sul e destacamentos navais.

O arsenal nuclear tático tem um poder de destruição menor, se comparado a ogivas nucleares equipados com mísseis balísticos intercontinentais, projetados para destruir cidades inteiras. Ele inclui bombas jogadas de aviões e ogivas para mísseis de curta distância.

A Rússia alega que os EUA e seus aliados na Europa estão levando o mundo para a iminência de um confronto entre potências nucleares ao apoiar a Ucrânia com dezenas de milhões de dólares em armas no confronto contra as forças de Moscou, desde a invasão russa ao país iniciada em fevereiro de 2022.

Países que possuem armas nucleares ativas em seu arsenal costumam realizar checagens de rotina, mas raramente apontam esses exercícios como respostas a ameaças específicas.

Mais uma opositora de Maduro tem a candidatura barrada na Venezuela

Corina Yoris não conseguiu completar registro da candidatura na plataforma do órgão eleitoral venezuelano. Prazo terminou na segunda (25). Yoris substituiu Maria Corina Machado, que teve candidatura cassada. Outro candidato da oposição, Manuel Rosales, conseguiu se inscrever de última hora.

g1 – A principal frente de oposição da Venezuela afirmou que não conseguiu inscrever a sua candidata Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral, o órgão responsável pelas eleições no país. O prazo terminou às 23h59 de segunda-feira (25).

As eleições serão disputadas em 28 de julho. Nicolás Maduro buscará o terceiro mandato, que pode levá-lo a 18 anos no poder.

Um dos chefes da coalizão da oposição, Omar Barboza, afirmou que o grupo enfrentou restrições no sistema online do Conselho Nacional Eleitoral, não conseguindo registrar a candidatura de Corina Yoris.

Na manhã da segunda-feira, Corina afirmou que a frente de oposição havia feito todas as tentativas, mas que o sistema estava totalmente fechado.

“Tentamos ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo”.

No entanto, de última hora, outro nome da oposição, o governador do estado de Zúlia, Manuel Rosales, decidiu se inscrever e conseguiu completar seu registro no Conselho Nacional Eleitoral.

Rosales, que não pretendia se lançar candidato, será agora o principal concorrente de Maduro nas urnas. Com perfil pragmático e negociador, ele concorrerá pelo Um Novo Tempo (UNT), partido também de oposição.

A sigla de Maria Corina Machado e Corina Yoris, que não conseguiu se inscrever, não havia informado até a última atualização desta reportagem se apoiaria Rosales.

Analistas afirmam que o bloqueio a Corina Youris tem motivação política. O cientista político Jorge Morán afirmou à agência de notícias AFP que o chavismo busca repetir o cenário de 2018, quando a oposição boicotou as eleições presidenciais vencidas por Maduro.

Filósofa e professora universitária, Yoris, 80 anos, nunca trabalhou na administração pública, e seu nome aparece limpo na base de dados do Conselho Nacional Eleitoral.

Ela foi indicada para a candidatura da oposição pelo Vente Venezuela, o partido de uma venezuelana de nome parecido, Maria Corina Machado, que venceu prévias entre todos os partidos de oposição do país.

Desde a última quinta-feira (21), já se inscreveram nove candidatos que se apresentam como opositores, mas alguns deles são acusados de colaborar com o governo chavista.

Pela 1ª vez, Conselho da ONU aprova cessar-fogo imediato em Gaza; EUA se abstêm

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (25) uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

A resolução, feita por um grupo de dez países rotativos liderados por Moçambique, é a primeira que o conselho conseguiu aprovar sobre um cessar-fogo no território palestino.

Israel promove uma ofensiva militar no território palestino desde que terroristas do Hamas invadiram o território israelense e mataram centenas de pessoas, em outubro de 2023.

A aprovação, no entanto, não uma solução para a guerra. O desafio agora é garantir que os atores envolvidos nela – o governo de Israel e o grupo terrorista – cumpram as determinações exigidas no texto da ONU.

Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.

Do que se trata

O texto determina um cessar-fogo durante o mês do Ramadão período sagrado para os muçulmanos — que começou dia 10 e termina em 9 de abril—, mas pede que a trégua aumente até virar permanente.

A resolução também pede a “libertação imediata e incondicional de reféns” e “a necessidade urgente de expandir o fluxo” de ajuda humanitária para Gaza.

Pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, nenhum país votou contra a medida. Houve 14 votos a favor e uma abstenção, dos Estados Unidos.

 

O Conselho de Segurança é formado por 15 países: cinco com assento permanente (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e dez rotativos (Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coréia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça).

Na semana passada, uma resolução dos EUA pedindo a pausa nos bombardeios foi vetada pela China e pela Rússia, que estão entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e, por isso, têm poder de veto.

Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir o TikTok no país

Legislação ainda vai passar pelos senadores e também precisa de sanção do presidente da República.

g1 – A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quarta-feira (13) uma lei que pode banir o TikTok no país. O projeto ordena que o app, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos EUA, caso contrário, a rede social terá que deixar o país.

Com amplo apoio de democratas e republicanos, o projeto de lei foi aprovado por 352 votos a 65. Ele ainda vai passar pelo Senado e também depende de sanção do presidente da República. Na semana passada, o presidente Joe Biden havia dito que assinaria a lei.

Os EUA alegam que a ByteDance representa um risco para a segurança do país. Eles afirmam que a China pode se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. A controladora do TikTok nega.

Segunda a agência Reuters, o TikTok disse que espera que “o Senado americano considere os fatos e que escute seus eleitores” antes de tomar qualquer decisão”.

“Esperamos que eles percebam o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e no 170 milhões de americanos que usam nosso serviço”, disse um porta-voz do TikTok.

O que acontece se o projeto for sancionado
Caso seja aprovado em todas as casas, a ByteDance deve encontrar um comprador em um período de até seis meses. Esse novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa.

Se a chinesa se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google, dona do Android, terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.

Segundo o jornal The New York Times, a justiça americana pode punir as empresas que possam desobedecer as novas regras contra o app chinês.

Portugal vive impasse após eleição com divisão de votos e extrema direita mais forte

O líder do partido de extrema direita português Chega, André Ventura, celebra em Lisboa após resultado das eleições, nas quais a sigla terminou em terceiro, em 10 de março de 2024. — Foto: Pedro Rocha/ Reuters

No fim de uma noite nebulosa, os únicos que tinham bons motivos para comemorar eram os integrantes do partido de extrema direita Chega, que será essencial para definir o rumo do governo português.

As duas principais legendas — Aliança Democrática e Socialista — iniciam a nova legislatura praticamente empatadas, com ligeira vantagem para a primeira, e sem maioria no Parlamento.

Os radicais de direita, por sua vez, quadruplicaram o número de assentos, de 12 para 48, e, como terceira força política, terão poder suficiente para impor a sua narrativa.

Por isso tudo, fez sentido a frase do líder do Chega, André Ventura, assim que saíram as primeiras projeções: “Hoje é o dia que assinala o fim do bipartidarismo em Portugal”.

Se Ventura afirmou que trabalharia por um governo estável, com forte maioria à direita, o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, assegurou que manterá seu compromisso de campanha, de não se aliar ao Chega — a formação mais viável para garantir a governabilidade.

“Seria tamanha maldade, seria descumprir compromissos que assumi de forma tão clara”, antecipou em seu discurso de “vitória”.