
Em maio durante uma reunião com prestadores de serviços médicos/hospitalares para o setor público, visando identificar as causas dos atrasos dos repasses correspondentes aos serviços entregue na forma dos contratos administrativos firmados, um dos empresário fez a seguinte indagação: “Porquê os valores orçados, muitas vezes empenhado, demoram para ser liquidados?”
Mesmo percebendo que o prestador dos serviços detinha conhecimento sobre as fases de execução orçamentária de forma automática respondi: “É porque a quantidade de vampiros é maior que a de sangue.” Como a mesma rapidez que respondi vi que ele não entendeu a resposta. Este entrave na comunicação ocorreu porque no mundo corporativo os “ditados populares” não são adequados na maioria das oportunidades. Diante disto passei a traduzir o que ditado expressava.
Expliquei que o executores do orçamento público na União, Estado, Município e/outros entes públicos muitas vezes de deparam com situações onde o “urgente esmaga o importante”. Os fatores que atuam para que tal anomalia aconteça são diversos, podemos destacar dois. O primeiro e cumprir decisões judiciais, muitas delas sobre temas que o gestor deixou de observar tempestivamente e o segundo os penduricalhos em forma de salário indiretos e super faturamentos de obras e serviços com pagamentos imediatos, por questões legais.
Sobre a primeira variável acima, não havendo procedimentos protelatórios, e o que resta é pagar e este fato atropela qualquer planejamento. A segunda variável é alimentada pela extrema capacidade que temos em criar “vampiros” para sugar os parcos recursos disponíveis. Permitam destacar alguns dos penduricalhos que elevam verbas salariais e com elas são quitadas prioritariamente: “Auxílios alimentação, transporte, moradia, saúde, etc.; gratificações; progressões de carreiras; bônus; diárias; verbas de gabinetes e tantas outras.” Não precisei concluir a longa lista, os empresários entenderam os injustificáveis motivos da sangria.

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