
Permitam um desabafo: “Fico incomodado ao ler e ouvir ponderações sobre o perfil do Cardeal que ocupa o trono de Pedro.” Para mim ser conservadora, liberal, progressista é um detalhe. Vejo com importante ser o guardião dos princípios da doutrina cristã.
Tenho certeza que minha percepção sobre o tema nada alterará no pensamento desse mundo doentio, onde as barreiras ideológicas e socias tentam e muitas vezes conseguem impor suas infundadas regras. Mas, – por entender este espaço como uma plataforma livre para exposição de ideias sem preocupação com aceitação plena, nível de discordância ou algo parecido -, trago o assunto para reflexão.
Durante o conclave entre os dias sete e oito deste mês, cada um apresentou sua lista de favoritos destacando traços dos perfis ideais. A escolha recaiu sobre um Cardeal que nasceu nos Estados Unidos da Amárica – EUA, que exerceu grande parte da sua ação missionária no Peru e é alinhado com algumas propostas do seu antecessor.
Sobre Robert Francis Prevost – Leão XIV após a escolha muito foi escrito, tem análises para todos os gostos. Prefiro esperar e torcer para que seja o grande guardião da doutrina cristão que em esforço extremo poderia ser resumida como: Ação direcionada à história de Jesus Cristo – vida, morte e ressurreição – promessa de vida eterna, crença e amor a Deus e amor ao próximo.
Neste recorte do pronunciamento após o anúncio do seu nome como sucessor de Francisco encontramos algo que nos remete a doutrina cristã:
“…Deus ama todos, e o mal não vai prevalecer. Todos estamos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com o Deus que está entre nós. Somos discípulos de cristo. O mundo precisa de sua Luz. A humanidade precisa Dele como a ponte entre Deus e o amor. Nos ajudem a construir com diálogo com encontro para sermos um único povo sempre em paz. Obrigado papa Francisco…”. Que Deus lhe proteja Leão XIV.

Nessa linha de pensamento, digo que o legado transformador de Francisco não pode ser apagado por seu sucessor ou pela própria Igreja. Que Leão saiba compreender as mudanças que o mundo passa e que a paz entre os povos seja perseguida no seu sacerdócio.