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Adagro apresenta relatório de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em produtos hortifrutigranjeiros produzidos no estado

A Agência de Defesa a Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) apresentou ontem (29/04), no auditório do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco – CEASA, no Recife, o Relatório Anual de Resíduos de Agrotóxicos (ciclo 2022/2023) referente ao Programa de Monitoramento de Qualidade de Produtos Hortifrutigranjeiros, que reúne análise de dados sobre o perfil do uso de agrotóxicos nas hortaliças, frutas e verduras in natura, além do mel de abelha, grãos, frutas e hortaliças congeladas e polpa de frutas comercializados no estado.

O documento entregue oficialmente pela diretora presidente da Adagro, Vania Santana, à procuradora do MPPE e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor (CAO Consumidor), Liliane Rocha, representa os esforços das instituições executoras (Adagro, Apevisa, CEASA e Ministério Público de Estado de Pernambuco – MPPE) que vem realizando desde 2008, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta Conjunto (TACC), um programa de monitoramento para garantir a oferta de produtos de melhor qualidade à população. A iniciativa vem se tornando referência para outros estados do Nordeste.

Para Vania Santana, “garantir a saúde pública é o ponto principal do trabalho realizado pela Adagro, não só no monitoramento dos resíduos de agrotóxicos. Todas as ações de fiscalização nas áreas animal e vegetal têm como objetivo maior a saúde da população”, ressaltou a diretora presidente da Adagro.

De acordo com relatório para o período 2022-2023, num total de 368 amostras coletadas e analisadas pelo Laboratório LabTox/Itep, 76% das amostras foram consideradas satisfatórias, ou seja, sem a detecção de resíduos e/ou com a concentração de resíduo menor ou igual ao permitido – LMR e 24 % delas classificadas como insatisfatórias, ou seja, apresentavam resíduos não permitidos para o manejo da cultura, ou acima do LMR, além de produtos banidos do mercado, como é o caso do metamidofós.

O estudo destaca uma lista de produtos considerados de “Risco Alto” para exposição e contaminação pelo uso de agrotóxicos. São eles: goiaba (60% das amostras foram consideradas insatisfatórias), pimentão (58%), alface (57%) couve-flor (54%), morango (53%), tomate (28%), repolho (25%), uva (19%) e brócolis (17%).

As análises realizadas no ciclo 2022/2023 também comprovaram a primeira detecção pela Adagro de resíduos de agrotóxicos em abelhas no município de Paudalho, pelo uso indevido do metomil (produto sem registro na União Europeia – UE), além de atrazina e atrazina-desetil -, que  são produtos com registro no Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não autorizados na UE. Os produtos foram apontados como a causa da contaminação e mortandade dos animais da região.

O relatório traz um alerta sobre os cuidados necessários à produção de alimentos para que possam garantir a qualidade e segurança à população.

Segundo a procuradora Liliane Rocha, do MPPE, a sistematização dos dados de 2022-2023 apresentados pela Adagro são de grande importância para este trabalho que vem sendo desenvolvido há anos pela Apevisa, MPPE, Adagro, CEASA e outros órgãos parceiros, tornando possível uma percepção real da situação dos produtos hortifrutigranjeiros”, assegurou a procuradora.


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