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Waldemar Borges vê desmantelo na Educação no Governo Raquel Lyra e pede demissão de secretário interino

Presidente da Comissão de Educação da Alepe elenca erros e episódios contraditórios da gestão estadual, apontando o secretário executivo Gilson Filho, homem forte da governadora, como pivô das confusões na área

Nos últimos tempos, a Educação de Pernambuco coleciona, infelizmente, uma série de episódios constrangedores e mal explicados, que refletem a total falta de transparência e de compromisso do Governo Raquel Lyra com os milhares de estudantes da nossa rede. Há mais de 15 dias sem titular da pasta (após  a saída do ex-secretário Alexandre Schneider, que ficou no cargo apenas por seis meses), a área acumula falhas na condução de processos estratégicos, resultado de ineficiência e incapacidade de tocar, inclusive, ações básicas na área. O que, segundo o deputado Waldemar Borges, exige uma postura diferente da atual administração estadual e a saída do secretário executivo Gilson Filho, que está respondendo no momento pela pasta.

“É um desmantelo completo! O ex-secretário Schneider saiu há mais de duas semanas e, a poucos dias da volta do ano letivo, não há qualquer indicativo de que veremos uma substituição. Isso é um total descaso! Quem está interinamente respondendo também não pode continuar, já que é conhecido como homem forte da governadora e protagonista da bagunça que se instalou na Educação. A governadora precisa urgentemente escalar um bom nome para essa pasta, que foi exemplo para o Brasil nas gestões do PSB”, destacou o deputado Waldemar Borges, que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

O parlamentar ressaltou que, até o momento, não há explicações convincentes ou pelo menos “razoáveis”para justificar a sequência desastrosa de atos administrativos. “Teve dispensa emergencial para merenda escolar, realizada para evitar a interrupção do serviço em 135 escolas, e o adiamento de uma licitação de R$ 58 milhões para a compra de kits escolares, deixando milhares de alunos sem o material básico às vésperas da volta as aulas”, pontuou Borges.

O presidente da Comissão de Educação da Alepe ainda fez questão de jogar luz a um trecho do documento que formalizou a saída de Alexandre Schneider.“E é muito importante destacar que, em sua nota de demissão, o ex-secretário afirmou que há ‘valores pessoais e profissionais inegociáveis’, postado antes de admitir publicamente, em um comentário em uma rede social, que ‘não cuidava’ da merenda escolar na sua gestão à frente da Educação. Se ele, que era o secretário, não cuidava, quem tinha essa prerrogativa? Deve ser o Gilson, né?”, questiona Waldemar.


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