Nova gestão de São José do Egito apresenta débitos herdados da administração anterior

A administração de São José do Egito, agora sob a liderança do prefeito Fredson, revelou números preocupantes sobre os débitos acumulados durante a gestão do ex-prefeito Evandro Valadares. A nova gestão aponta desafios financeiros significativos que exigirão estratégias rigorosas para reorganizar as contas públicas e garantir o funcionamento dos serviços básicos.

Segue um resumo detalhado das dívidas apresentadas:

1.Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento)

•Valor da dívida: R$ 1,5 milhão.

•Acumulada durante os últimos 6 anos de gestão.

2.Neoenergia (antiga Celpe)

•Valor da dívida: R$ 300 mil.

•Débitos relacionados ao fornecimento de energia elétrica.

3.FUNPRESJE (Fundo Próprio de Previdência Municipal)

•Dívida acumulada: R$ 6 milhões.

•Aporte mensal necessário: R$ 700 mil para pagamento de aposentados e pensionistas.

4.INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)

•Valor da dívida: R$ 1,5 milhão.

•Para parcelar, a gestão atual precisa aportar imediatamente R$ 450 mil.

5.Saúde (Funcionários e Fornecedores)

•Dívida acumulada: R$ 3 milhões.

•Salários atrasados e fornecedores sem pagamento.

•Segundo o secretário de Saúde, Dr. Hugo, o total de débitos do setor pode chegar a R$ 10 milhões.

6.Folha de Aposentados e Pensionistas

•Valor não pago: R$ 700 mil.

•Compromisso pendente da gestão anterior.

Infraestrutura e Recursos Sucateados

•Educação:

•Metade da frota de ônibus escolares está sucateada.

•Todas as escolas municipais necessitam de pintura e reparos.

•Saúde:

•Apenas uma ambulância em condições de uso.

•Tomógrafo sem emitir laudos.

•PSFs rurais em condições precárias.

•Casa de apoio deteriorada, será substituída por uma nova, com quartos climatizados.

•Transporte:

•Um ônibus do TFD (Tratamento Fora do Domicílio) precisa de uma reforma avaliada em R$ 80 mil.

O ex-prefeito Evandro Valadares declarou em entrevista à Rádio Gazeta que deixou R$ 32 milhões em caixa. No entanto, a atual administração detalhou que:

•R$ 27 milhões estão vinculados ao FUNPRESJE e não podem ser movimentados;

•O restante é destinado a obras inacabadas.

Além disso, o secretário de Finanças, Tarcízio Leite, revelou que restaram apenas R$ 1.300,00 (Mil e trezentos reais)  na conta da saúde.

Segundo Dr. Hugo, recursos destinados ao pagamento de agentes de saúde e endemias foram utilizados para outros fins.

Após as eleições, a gestão anterior arrecadou mais de R$ 30 milhões, mas:

•Reduziu serviços públicos;

•Não pagou funcionários, aposentados e fornecedores;

•Realizou compras de mais de R$ 4 milhões sem licitação.

Apesar dos desafios, o prefeito Fredson reafirmou seu compromisso com a transparência e a reorganização do município:

“Recebemos uma cidade em caos, mas fomos eleitos para resolver. Com esforço e de mãos dadas com o povo, colocaremos a casa em ordem.”

As ações prioritárias incluem:

•Regularizar as contas públicas, especialmente na saúde e previdência;

•Recuperar a infraestrutura escolar e a frota de veículos;

•Melhorar os serviços básicos, com foco na saúde e educação.

A nova gestão de São José do Egito pede paciência e confiança da população, garantindo que os esforços necessários estão sendo feitos para superar a crise e garantir um futuro melhor para o município.