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Dados do Prodes apontam redução no desmatamento na Amazônia e no Cerrado

Na Amazônia, houve uma redução de 30,63% em relação a 2023, marcando o menor índice dos últimos nove anos. Já o Cerrado, apresentou alta nos últimos cinco anos, observou uma queda de 25,76%

A Amazônia e o Cerrado registraram quedas significativas nos índices de desmatamento em 2024. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (06), pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Segundo o PRODES, Projeto do Sistema de Monitoramento dos Biomas Brasileiros (BiomasBR) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na Amazônia, a taxa estimada é de 6.288 km2, representando uma redução de 30,6% em relação a 2023, o menor índice dos últimos nove anos. Já o Cerrado, que ue apresentou alta nos últimos cinco anos, registrou uma queda de 25,7% em comparação ao ano passado, com taxa em 8.174 km2. Esses resultados indicam uma desaceleração no avanço do desmatamento em ambas os biomas, o que reflete os resultados das políticas ambientais recentes e os esforços de preservação.

“É possível fazer um cálculo, ainda que de forma simplificada, mas usando dados da literatura científica (referência) que essa taxa de decréscimo do desmatamento vai estar refletida no próximo Inventário Nacional de Gases de Efeito de Estufa. O Brasil dá sinais ao mundo de que política de proteção dos seus biomas se faz com ações”, ressaltou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Anualmente, o INPE, unidade vinculada ao MCTI, prepara o mapeamento da supressão de vegetação dos biomas brasileiros, sendo que Amazônia e Cerrado são os primeiros a serem concluídos e entregues. O PRODES realiza o monitoramento usando imagens de satélite para identificar e quantificar áreas desmatadas, fornecendo uma base confiável para análise e fiscalização. A taxa anual de desmatamento da ação tem sido usada como indicador para a proposição de políticas públicas e para a avaliação da efetividade de suas implementações.

“O que deixou de ser emitido é toda a emissão da Argentina. É uma conquista realmente importante. O presidente Lula tem compromisso no combate às mudanças climáticas e o Brasil é um exemplo com a maior floresta tropical do mundo e compromisso em preservá-la. A meta é desmatamento zero e a descarbonização”, afirmou o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que os números são positivos e fruto de planejamento, coordenação, e de um trabalho conjunto entre União, Estados e Municípios. “Não há preservação dos nossos biomas nem proteção eficaz dos recursos naturais sem o envolvimento, o diálogo e o esforço coletivo, envolvendo Governo Federal, governadores, prefeitos, setores econômicos e sociedade civil”, enfatizou a ministra.

MATOPIBA

No evento, foi lançado o Pacto Interfederativo para a Prevenção e o Controle do Desmatamento Ilegal e dos Incêndios Florestais no Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MATOPIBA). A iniciativa que nasce dos esforços do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para implementação da 4ª Fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (2023-2027), em articulação direta com os governadores dos referidos estados.

O objetivo é trabalhar em conjunto para identificar e aplicar as devidas sanções aos desmatamentos ilegais ocorridos em imóveis rurais, aprimorar as normativas e rotinas federais e estaduais para conferir transparência e compartilhamento de atos autorizativos de supressão de vegetação e embargos e na formulação de estratégia para conservação da água e dos ativos florestais da vegetação nativa nos diferentes ecossistemas do Cerrado na região do MATOPIBA.


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