Na noite desta quinta-feira (21), o Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN) abriu sua 23ª edição em grande estilo com a apresentação do espetáculo Traidor, estrelado por Marco Nanini. O renomado ator, que é um dos homenageados do Festival, encantou o público, que lotou o Teatro do Parque. Até o dia 1º de dezembro, o festival contará com 31 espetáculos – 13 nacionais e 18 locais – além de cinco oficinas e uma ampla programação composta por rodas de diálogo, vivências, performances e debates, que vão encher ruas e palcos de emoção e aplausos, numa grande celebração às mais diversas estéticas e temáticas das artes cênicas recifenses e de todo o Brasil.
“Até o dia 1º de dezembro, serão mais de 30 espetáculos espalhados por teatros e espaços públicos do Recife em uma celebração única da arte que conecta gerações e inspira. E ter um festival de Teatro, que celebra a produção local, mas que dialoga e também abraça o Brasil é uma marca da nossa cidade”, disse o prefeito João Campos na estreia do Festival.
A grandeza da 23º edição do festival também foi motivo de grande emoção para a secretária de Cultura do Recife, Milu Megale, que celebrou mais um ano de evento e suas novidades. “Além de estar mais pomposa, com mais coisas acontecendo, a gente tem pela primeira vez o offREC, um projeto que junta os grupos de Recife que estão treinando suas peças para trocar experiências com as pessoas mais vividas do teatro”, explicou ela.
Aproveitando o fio, a gestora também frisou a importância do Festival Recife do Teatro Nacional ser um evento não só para a plateia e público consumidor, mas para quem faz teatro e tem essa arte como base da sua vida profissional. “Essas pessoas têm a chance de se reciclar, trocar experiências com gente que vem de fora, em momentos como reuniões, confraternizações. Isso é muito rico”, acrescentou.
Além das novidades, o festival ressurge de maneira ainda mais grandiosa quando comparado a sua última edição, realizada em 2023. “Esse ano está muito maior, com mais peças: trinta e uma no total, sendo 18 delas da cena local e 13 nacionais, o que faz com que a produção de Recife converse com o Brasil todo”, afirmou Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, ao reforçar a importância do projeto não só para a capital pernambucana, mas para o cenário teatral de todo país.
Assim como na edição passada, os ingressos são solidários, trocados por 1kg de alimento nas bilheterias dos teatros, antes das sessões. Cada pessoa poderá retirar até dois ingressos. A ação é uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas do Recife. A programação completa do Festival Recife do Teatro Nacional pode ser conferida no Conecta Recife.
Homenageados – Além de Marco Nanini, ator, autor, produtor teatral e dramaturgo nascido no Recife e celebrado no mundo todo, pela profícua trajetória de 60 anos dedicados às artes cênicas, o festival rende homenagem a Ivonete Melo, que começou a carreira como bailarina e se fez atriz dentro do grupo Vivencial de Olinda, fazendo história na cena pernambucana. Foi lá que aprendeu também a ser militante da arte e da classe, que tão bem representou em mais de 20 anos à frente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco (Sated-PE).
offREC – A grande novidade da programação deste ano é a mostra offREC, que acontecerá de 15 a 30 de novembro, no Teatro Hermilo, confirmando-se um ambiente pedagógico, de discussão cênica e de aproximação com a academia e os criadores locais, para iniciantes e experimentados nos ofícios cênicos, com experimentações, espetáculos ainda em processo e discussões propostas por artistas da cena. A ideia é oferecer uma programação intensa, pela manhã, tarde e noite, transformando o Teatro Hermilo num espaço de circulação permanente e num ponto de encontro para os fazedores e amantes do teatro.