Com 20 anos de militância na advocacia, a advogada e candidata a desembargadora pelo Quinto Constitucional do TJPE, Diana Câmara, foi sabatinada, nesta quarta-feira (30), pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco. Durante sua apresentação, a postulante falou sobre seus compromissos se escolhida desembargadora do Tribunal de Justiça. A primeira etapa da eleição, onde os votantes serão advogados e advogadas inscritos em Pernambuco, será realizada no dia 18 de novembro e a votação vai ser on-line.
A advogada foi questionada sobre três temas, escolhidos por sorteio, em específico: o acesso de advogados ao seu gabinete como magistrada; sua relação com a OAB e o que pensa da advocacia; e os rumos do seu escritório, caso seja eleita desembargadora. Em sua explanação, Diana Câmara falou o quanto a advocacia é importante para o funcionamento do Judiciário.
“A advocacia é essencial para a Justiça. O diálogo e a ouvida são importantes para a formação da convicção do magistrado. Este é um compromisso que eu assumo: de ter um gabinete bastante acessível. Como advogada militante, sei o quanto isto é importante, essa sensibilidade é uma coisa intrínseca a quem é Diana. Acredito que é importante a pessoa que vai ocupar esse cargo ter essa consciência e, dentro do limite, fazer uma escuta ativa da advocacia. Eu tenho compromisso legítimo com advocacia, com a OAB, com a política de classe. Por óbvio, sei que não estarei lá como advogada, estarei como magistrada, mas com o compromisso de entender do quanto é imprescindível advocacia para o funcionamento do Judiciário”, afirmou a candidata.
Diana destacou, inclusive, que a acessibilidade é um dos seus principais compromissos de campanha e pontuou como a tecnologia pode ser uma aliada nesta demanda. “Eu realmente acredito que é imprescindível a ouvida. A gente tem que oportunizar diversas formas de se realizar o despacho, se o advogado prefere de forma presencial, online, se o caso é urgente, se deve ter mais brevidade. A acessibilidade, com certeza, é um compromisso meu”.
A advogada foi questionada sobre como será a sua relação com o seu atual escritório e destacou que os processos em andamento serão tocados pelos demais advogados que compõem a equipe, sem que haja prejuízo aos clientes, mas sempre com isenção da sua parte. “Em sendo escolhida, terei outra missão, outros propósitos. Eu vou esquecer minha atividade como advogada, mas jamais meu compromisso com a advocacia. O escritório tem pessoas competentes que podem tocar esses processos. Não tenho interesse em ir para o tribunal fazer qualquer tipo de banca de negociação”, respondeu.
Por fim, Diana fez suas considerações finais. “Minha atuação será pautada pelo respeito às garantias constitucionais, pela imparcialidade e pelo desejo de promover um ambiente de justiça acessível a todos que atenda às necessidades da população pernambucana com olhar justo e humanizado”, finalizou.
Após a formação da lista sêxtupla pela votação da advocacia, os nomes serão remetidos para o Tribunal de Justiça de Pernambuco que irá reduzir esta lista para três nomes e, por fim, segue para a Governadora escolher um dos nomes para ser o próximo membro do TJPE.