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Em seminário no Recife, vice-governadora Priscila Krause defende legado de Frei Caneca na defesa da República no Brasil

Evento é organizado pela Comissão do Bicentenário dos 200 anos da Confederação do Equador e conta com especialistas de todo o Brasil para debater o movimento pernambucano

A vice-governadora de Pernambuco Priscila Krause participou da abertura do Seminário Nacional sobre a Confederação do Equador, nesta quarta-feira, 14, e defendeu o legado dos ideais democráticos e republicanos de Frei Joaquim do Amor Divino, o Frei Caneca (1779-1825), o maior líder do movimento libertário pernambucano. “Frei Caneca era aquele que ia na frente. E que esse projeto de nação ele pensou tendo a liberdade como princípio e a República como forma democrática de fazer acontecer os anseios da população”, destacou a vice.

No evento realizado na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), no Recife, Priscila Krause lembrou que esses ideais só ganharam força no Brasil na segunda metade do século 19, ou seja, mais de 50 anos depois do movimento pernambucano. “É esse o momento histórico, é esse herói escrito nos Livro dos Heróis da Pátria, porque assim que, de fato, ele é. Frei Caneca é o homem desse momento histórico que a gente tem a responsabilidade de jogar luz sobre ele e de debater e de torná-lo conhecido de todos os brasileiros”, completou Priscila Krause.

Frei Caneca foi o maior líder da Confederação do Equador, que foi um movimento libertário que eclodiu em 2 de junho de 1824 em Pernambuco. Esse movimento foi uma espécie de continuação da Revolução de 1817 e defendia ideais como a República e a democracia. Em virtude de sua participação, o religioso foi condenado à morte pelo governo do imperador D. Pedro I, tornando-se um símbolo da luta pernambucana em temas tão caros nos dias atuais, como a república, a democracia e a cidadania.

Além da vice-governadora, que é a coordenadora da Comissão Estadual do Bicentenário da Confederação do Equador, a cerimônia de abertura do seminário nacional teve a participação da reitora da Universidade de Pernambuco, Socorro Cavalcanti; da presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), Maria Fernanda Pimentel; do presidente da Companhia Editora de Pernambuco, João Freire; do desembargador Jorge Américo Pereira, diretor da Esmape e que representou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE); do professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), George Cabral; e pela professora do curso de História Marília Ribeiro Machel, representado o reitor da UFPE, o professor Alfredo Gomes.

O seminário, é que gratuito e tem atividades até esta sexta-feira, 16, conta com quatro conferências principais e onze mesas-redondas e tem como tema “Os Desafios da Cidadania e do Republicanismo no Brasil (1824-2024)” e integra as atividades comemorativas dos 200 anos do movimento libertário pernambucano, que foram iniciadas em 2 de julho deste ano, quando a Confederação do Equador completou dois séculos. O evento, que tem atividades até sexta-feira, 16, é organizado pelo Governo de Pernambuco em parceria com o Programa de Pós-graduação em História da UFPE, com a Universidade de Pernambuco, o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, a Academia Pernambucana de Letras e a Escola Judicial de Pernambuco.

Foto: Mariana Carvalho


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