Recife (PE) – A Sudene acompanhou o lançamento do programa Sertão Vivo em Pernambuco ocorrido nesta quinta (20). A solenidade também foi marcada pela posse da nova diretora de Crédito Digital para pequenas e médias empresas do BNDES, Maria Fernanda Coelho. As ações consolidam o que o superintendente Danilo Cabral chamou de afirmação da agenda regional junto às instituições de fomento ao crédito.
Sudene e o BNDES já mantém um acordo de cooperação firmado no último dia 23. A parceria prevê, entre outras medidas, a ampliação da oferta de crédito para micro e pequenos empreendimentos e a estruturação de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O acordo também estabelece estratégias para temas como a transição energética e a criação do fundo da caatinga.
O Sertão Vivo vai destinar R$ 1,8 bilhão para fomentar ações de resiliência climática para famílias que vivem na região do semiárido. Os recursos são provenientes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, vinculado à ONU. Entre as iniciativas que serão fomentadas, estão as instalações de quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga, adaptadas ao semiárido, a construção de reservatórios de água para uso nas atividades agrícolas, a exemplo de cisternas e barragens subterrâneas, e qualificação técnica oferecida a agricultores.
Para o superintendente Danilo Cabral, o programa Sertão Vivo conversa com a estratégia de atuação conjunta entre as instituições. “Prestigiar o lançamento de um projeto do BNDES que conversa com as demandas do semiárido fortalece também a nossa atuação, na medida em que podemos acompanhar de perto os resultados desta medida e reproduzir as experiências de sucesso que podem surgir nesta que é uma ação regional”, comentou Danilo Cabral. Também estavam presentes os diretores da Sudene Álvaro Ribeiro (Planejamento) e José Lindoso (Administração).
Chegar mais próximo dos produtores rurais foi uma ação considerada importante pela agricultora Josefa Quitéria, do município pernambucano de Capoeiras. “Quando o agricultor não tem assistência, ficamos adormecidos. O programa nos fortalece e mostra que tudo que precisamos está em nossa propriedade. Somos fortes e determinados, só precisamos de apoio para mostrar que podemos ter ações sustentáveis”, comentou Josefa Quitéria, agricultora do município de Capoeiras.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do Sertão Vivo para combater as crises advindas das mudanças climáticas e lembrou a necessidade de criar parcerias por esta agenda, mencionando a Sudene como um exemplo de dinamismo neste contexto. Por sua vez, a nova diretora do banco, Maria Fernanda Coelho, reforçou o compromisso de oferecer crédito e estimular a criação de oportunidades de desenvolvimento no semiárido.