Em entrevista exclusiva ao blog, o deputado federal Guilherme Uchôa Jr. falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo Governo Lula, principalmente por conta da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo divulgado pelo Banco Central, a projeção de alta do IPCA de 2024 foi revisada para 3,76%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,75%. Para 2025, a expectativa também subiu, passando de 3,51% para 3,53%.
“A grande luta do governo hoje é travada na Câmara para poder manter a inflação estável para não sofrer o empresariado, nem a população. Não adianta cobrar imposto porque no final quem sofre é o consumidor, porque não existe a indústria assimilar um aumento de imposto que ele não passe na mercadoria”, disse o parlamentar.
O consumidor comum sente na pele, ou melhor, no bolso o peso dos produtos, não conseguindo mais encher o carrinho da feira – muito menos comprar a picanha com cerveja – prometidos pelo presidente Lula durante a sua campanha para presidente em 2022.
No entanto, mesmo o consumidor não percebendo, um relatório divulgado nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a inflação oficial do Brasil desacelerou 0,16% em março, após uma alta de 8,83% em fevereiro.
O novo resultado ficou abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam variação de 0,25% em março.
A alta de 0,16% é a menor para o mês desde 2020. Naquele período, marcado pelo início da pandemia de Covid-19, a inflação havia sido de 0,07%.
O deputado Guilherme Uchôa reforça que é impossível hoje no Brasil legislar sem se debater a economia. “A pauta hoje é muito em cima da economia porque o Brasil não funciona sem isso”, pontua.