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SES-PE faz visita técnica em Tamandaré para mapear casos de intoxicação pela Maré Vermelha

Nesta quinta-feira (1°/02), representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), através da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador e III Gerência Regional de Saúde (III Geres), estiveram no município de Tamandaré em visita técnica para identificar e mapear os possíveis casos de intoxicação relacionada ao fenômeno da Maré Vermelha (popularmente conhecido Tingui, Febre de Tamandaré), que é uma Floração de Algas Nocivas.

Os técnicos da SES-PE, juntamente com as equipes de saúde do município, realizaram o levantamento e análise dos prontuários de atendimentos dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro, com relato de cefaleia (dor de cabeça), mal estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos, irritação ocular, de garganta, nasal e de pele com contato direto ou indireto com o mar.

Em uma análise preliminar, do período acima citado, 278 casos suspeitos foram identificados nos prontuários do Hospital Municipal. Os casos serão analisados para confirmação ou não.  O número de casos poderá ser alterado até o final da investigação.

Pelo momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno.  Porém, é importante o monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão.

Não há, neste momento, a orientação para evitar a ida ao mar ou praia, bem como para evitar o consumo de moluscos (mariscos, ostras e sururu). Mas a população deve estar atenta ao odor e a coloração da água do mar que pode sinalizar possíveis novos episódios. Nessa situação, deve-se evitar a proximidade com os locais afetados.

Ainda durante a visita, representantes da SES e do município de Tamandaré estiveram presentes na Associação de Pescadores, a convite da presidente da Associação, Maria Madalena, que foi a responsável pelo sinal de alerta às autoridades de saúde do Estado.

Na oportunidade, foi informado que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas da intoxicação durante a Maré Vermelha. Alguns relatos dos pescadores foram feitos durante o encontro. Eles acreditam que o “Tingui” – forma como eles conhecem o fenômeno-, foi mais forte do que em anos anteriores, visto que desde a década de 1940 episódios semelhantes ocorreram na região.

A Agência CPRH também informa que está monitorando o local e nesta sexta-feira (02/02) fará uma nova visita para coletas de água para a análise laboratorial e, assim, identificar a toxidade presente nas amostras


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