Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quinta-feira (18), da cerimônia que marcou a retomada dos investimentos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. A iniciativa deve gerar cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de Diesel S10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional.
De acordo com a ministra, a retomada do empreendimento é um símbolo dos compromissos do governo federal. “Estamos aqui não apenas resgatando uma obra, mas um projeto de desenvolvimento, em novas bases tecnológicas e com foco no combate às desigualdades sociais e regionais”, afirmou.
Segundo ela, o anúncio da implantação do Trem 2 da refinaria , além de significar geração de emprego e renda, representará também mais conhecimento tecnológico e a melhoria na eficiência dos combustíveis no Brasil.
“Há um efeito em cadeia, porque, com a refinaria, vem tecnologia e inovação, vêm outras empresas de ponta. Esta obra propiciará expandir a capacidade de refino nacional, viabilizando o aumento da produção de derivados, reduzindo a demanda por importação”, disse, ao ressaltar que a Petrobras é um grande exemplo do que a inteligência brasileira é capaz de fazer e de onde a inovação pode levar.
Em seu discurso, o presidente Lula lembrou toda a história da implantação da refinaria e disse que o primeiro ano deste seu mandato serviu como um período de “recuperação”.
“O primeiro ano foi o ano de limpar o terreno e de plantar coisas novas. Este ano é o ano da colheita. E a primeira árvore frondosa que nós estamos colhendo é a operação da RNEST”, afirmou.
O presidente sugeriu recontratar os funcionários que foram dispensados após a paralisação das obras da refinaria. “Tem que descobrir cada funcionário que foi mandado embora daqui e traga ele de volta. Nosso lema é ninguém solta a mão de ninguém e ninguém deixa o companheiro para trás”, disse Lula para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, presente ao evento.
O investimento na refinaria está previsto no Plano Estratégico 2024-28+ da Petrobras e faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Já em fase de contratação, a construção do Trem 2 da refinaria pernambucana tem data para finalização em 2028, quando ela passará a ter capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia. As obras do Trem 2 estão previstas para o segundo semestre de 2024. Além da conclusão do Trem 2, o projeto prevê a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. As obras desta parte já estão em andamento e a unidade começa a operar em 2024.
Ainda esse ano também começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1 (Revamp), que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão do Revamp (ampliação) do Trem 1 é no primeiro trimestre de 2025. Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a refinaria tem relevância estratégica para a região e o país.
Durante o evento na refinaria, também foi lançado o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras. A iniciativa oferecerá cursos de capacitação profissional, nas modalidades de formação inicial continuada (FIC) e cursos técnicos, a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A primeira fase do Programa conta com parceria do SESI-SENAI e Institutos Federais de Tecnologia, Ciência e Inovação.