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Sudene destaca incentivos fiscais como instrumento de atração de investimentos para municípios

Entre 2013 e 2022, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) atraiu quase R$ 56 bilhões em investimentos para Pernambuco realizados por empresas que contaram com os incentivos fiscais da autarquia. Ainda assim, dos 184 municípios do estado, apenas 61 registram empreendimentos beneficiados com este instrumento. O desafio de ampliar o acesso das cidades pernambucanas a mecanismos que atraiam novos investidores foi debatido na mesa temática “Investimentos para o desenvolvimento do Nordeste”, realizada nesta terça-feira (29) durante o 6º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

O coordenador-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros da Sudene, Silvio Carlos do Amaral e Silva, representou o superintendente Danilo Cabral no evento. Estiveram presentes a economista e especialista em desenvolvimento regional, Tânia Bacelar, o economista-chefe do Banco do Nordeste, Luiz Esteves, e o representante da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe), Maurício Laranjeira. A medicação ficou por conta do prefeito do município de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto Leite de Arruda.

Silvio Carlos explicou que o acesso aos incentivos fiscais oferecidos pela Sudene está disponível para empresas dos mais variados portes, destacando o caráter democrático deste mecanismo. Em Pernambuco, segundo o gestor, dos R$ 55,8 bilhões em investimentos registrados pelas pessoas jurídicas beneficiadas, as indústrias de transformação (R$ 43,3 bi) e empreendimentos da área de infraestrutura (R$ 11,5 bi) foram os setores que mais aportaram recursos em projetos localizados no estado. No total, foram 615 empresas beneficiadas pela Superintendência no mesmo período.

“Um dos nossos maiores desafios é ampliar ainda mais o acesso aos incentivos fiscais, especialmente para levar mais empresas ao interior dos estados, desconcentrando os investimentos. Percebemos que há muitos municípios com grande potencial econômico que ainda não registram empresas beneficiadas por estes instrumentos e queremos melhorar esse cenário”, explicou o gestor da Sudene.

Tânia Bacelar destacou que o maior desafio do Nordeste ainda é modificar a visão ultrapassada que os centros nacionais de decisões econômicas e políticas possuem da região. Na avaliação da economista, persiste o estigma de flagelo social associado especialmente à seca, mesmo com o desponte de novas iniciativas bem-sucedidas na região – a exemplo da geração de energia renovável, nas áreas de educação e tecnologia da informação. “A diversidade regional é um ativo estratégico. E cabe ao Nordeste apresentar esta característica como diferencial. A economia do semiárido está mudando. É preciso, por exemplo, colocar a caatinga na agenda ambiental brasileira. A agenda de investimentos se renovou e tornou-se mais complexa”, apontou a especialista.

A presença da Sudene no congresso municipalista segue até o dia 30. A autarquia conta com stand no pavilhão do evento, no qual especialistas do quadro funcional da Autarquia estão à disposição para tirar dúvidas sobre a atuação, estabelecer parcerias e receber demandas de gestores públicos e empreendedores. A feira acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.


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