O silêncio do prefeito Rodrigo Pinheiro e da secretária da Mulher de Caruaru, Luana Marabuco, sobre o caso de agressão verbal e violência de gênero, envolvendo uma mulher prestadora de serviço, no São João de Caruaru, foi questionado pelo secretário executivo da Previdência Social, Wolney Queiroz.
Apesar de um Boletim de Ocorrência ter sido registrado na Delegacia da Mulher, contra o secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Comitê Gestor do São João, Pedro Augusto Cavalcanti, nenhuma nota foi emitida pela Prefeitura de Caruaru sobre o assunto. “A violência de gênero é algo que tem sido combatido no Brasil inteiro, em qualquer ambiente. E aqui a gente soube que o secretário agrediu uma funcionária com uma atitude machista, misógina, e isso foi acobertado. Não houve uma posição do prefeito, nem da secretária da mulher. Ela inclusive publicou um relatório sobre o São João e sequer citou esse assédio moral”, criticou o ex-deputado.
Wolney contou, durante entrevista ao programa Mesa Redonda, que várias pessoas lhe pediram para cobrar uma reposta da prefeitura. “Esse tipo de violência não pode ficar por baixo do pano, porque é um assunto muito grave e que ficou sem resposta. É preciso ser punido exemplarmente para que não se repita”, advertiu.
Wolney também apontou os gastos excessivos com o São João desse ano. “Não podemos fazer uma grande festa a qualquer custo, ainda mais quando se privatiza parte dela, gerando um lucro de mais de 10 milhões em camarote privado para um empresário de fora, deixando um rombo de 10 milhões para a Prefeitura pagar”, argumentou, citando que o prefeito Rodrigo Pinheiro gastou mais de 40 milhões na festa e deixou de pagar a metade do décimo terceiro aos servidores no mês de junho.
“Caruaru parou no tempo”
Avaliando a gestão municipal, Wolney Queiroz afirmou que Caruaru está sendo sendo mal administrada. “É uma cidade que não se prepara para o futuro e está ficando para trás. O caruaruense hoje não pode mais dizer que somos a cidade líder do interior de Pernambuco, pois fomos ultrapassados por Petrolina, segundo o Censo 2023. E eu senti muito isso”, explicou.
O secretário executivo também lamentou a dívida de 230 milhões de reais que o município tem hoje. “Os recursos estão sendo mal utilizados e o governo está pedindo dinheiro emprestado para fazer o básico, que antes se fazia apenas com a arrecadação municipal. Caruaru parou no tempo e precisa de um prefeito dinâmico e que pense no futuro”, concluiu.
