A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, acompanhou o presidente Lula, nesta terça-feira (6), em visita ao polo automotivo Stellantis, em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. De acordo com ela, o local – que gera mais de 14 mil empregos diretos – simboliza a decisão política de investir no desenvolvimento regional e na industrialização, que voltam agora a ser prioridade no país.
O Polo Automotivo de Goiana foi implantado com um investimento de mais de R$ 11 bilhões e começou a ser concebido durante o segundo governo Lula, na gestão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
“A visita resgatou esse fato histórico, que mudou a matriz econômica do Estado. Hoje, essa fábrica é uma das lideranças mundiais no setor automotivo, que agrega muita tecnologia e inovação e gera cerca de 60 mil empregos em toda a cadeia produtiva. Isso mostra a força de uma decisão política de enfrentamento da desigualdade regional e de reindustrialização”, disse a ministra.
Cerca de 85% dos trabalhadores que atuam na Stellantis são mão de obra local. Para além dos empregos diretos, a fábrica estimulou o desenvolvimento de toda uma cadeia de fornecedores. Após a instalação do polo, o PIB de Goiana – situada numa região que não possuía uma cultura automotiva e cuja economia estava baseada no corte da cana-de-açúcar – subiu 754%, do primeiro ano das obras da fábrica, em 2012, até 2019.
“Hoje Lula veio a Pernambuco ver os frutos de um processo histórico que ele foi capaz de construir e dizer que o Brasil voltou pra dar continuidade a essa retomada. É um momento de reconstrução nacional”, completou Luciana, comemorando a significativa presença feminina na indústria automotiva.
Durante a visita, aconteceu o ato simbólico de início da produção da picape Rampage, primeira da marca Ram a ser concebida e desenvolvida no Brasil. Ao discursar após conhecer as instalações da fábrica, o presidente Lula – que foi ovacionado pelos trabalhadores do polo – associou a fortalecimento da indústria nacional ao crescimento do país.
“Aqui, vi um pouco da fotografia do Brasil que a gente quer construir. Empresários querendo investir, trabalhadores satisfeitos com o que estão fazendo e lutando para ganhar mais. O estado e a cidade crescendo, com o povo vivendo em clima de paz, harmonia e tranquilidade”, afirmou.
Lula ainda se disse boquiaberto com os benefícios que a indústria trouxe para a cidade. “Não existe sonho maior que a independência econômica. Ter um trabalho bom, receber um salário justo e conseguir cuidar da família, sem depender de favor. E esse País pode ser assim. Aliás, já foi quase assim. O Brasil, para quem não recorda, foi a 6ª maior economia mundial. Mas caiu para a 12ª posição”, colocou. “Quero dizer aos empresários e trabalhadores que esse país vai voltar a crescer, vai voltar a ter crédito e vou trabalhar para que os estados do Nordeste sejam tratados da mesma forma que os do Sul”, continuou.