Nada mais injusto do que não reconhecer as benesses deixadas pelos que implantaram políticas públicas que ‘mudaram’ o semblante administrativo de diversas cidades pajeuzeiras, situadas na Microrregião do Sertão de Pernambuco.
Com uma visão voltada para o interior, o ex Governador Miguel Arraes ousou diferenciar-se dos demais gestores do Executivo Estadual e protagonizou políticas públicas para o Sertão do Pajeú (aqui menciono o Alto Pajeú), montado nas asas do pássaro estampado na Bandeira do Partido Socialista Brasileiro – PSB, governando Pernambuco em três ocasiões.
Dr. Arraes ou simplesmente Arraes, como o chamavam os Sertanejos de mãos calejadas é o homem da eletrificação rural, dos açudes e barragens, dos poços, das cisternas, das estradas, das boas piadas, do aperitivo no almoço com carne de Bode ou Galinha de Capoeira, do olhar penetrante no sofrimento dos homens e mulheres que subsistiam do suor, sangue e lágrimas por eles derramados pela falta de chuvas, pela escassez d’água, pelos animais “famelicus” que tombam as margens dos rios/açudes/barragens secos e/ou mesmo pelos filhos que vão em busca da sorte no Sul e Sudeste.
As gestões de Miguel Arraes modificaram o semblante da região do Alto Pajeú, sem dúvidas, no que se diz as adversidades em relação as demais regiões que compõe o cenário estadual de Pernambuco. Não reconhecer a distância entre a Região do Alto Pajeú e a economia produtiva do Agreste, Região Metropolitana do Recife, Petrolina e outras áreas mais desenvolvidas, seria, por parte da política estadual, fadar a região em mais um lençol de pobreza, afetando ainda mais a qualidade de vida do nosso povo.
Mais Dr. Arraes, no entanto, olhou, observou e achou que precisaria diagnosticar e combater o problema. Buscou, inicialmente, parceiros políticos nas cidades pajeuzeiras, arrematando para seu grupo pessoas que ainda hoje governam os municípios, como: Adelmo Moura (Itapetim), Marcone Santana (Flores), Anchieta Patriota (Carnaíba), Luciano Torres (Ingazeira), Zeinha Torres (Iguaraci), Djalma (Solidão), Evandro Valadares (São José do Egito).
Já Eduardo Campos, conseguiu interiorizar suas ações e arrebatou para si grande parte dos Jarbistas. Montou palanques ainda mais fortificados no interior, unindo rivais históricos na política pernambucana. Asseverou uma consistência de domínio que o levou a pleitear a Presidência da República desse Brasil varonil. E se não ocorre o fatal acidente, o que teria acontecido? Se se elegeria, não sei, mas, conseguiu fazer seu sucessor que muitos “desacreditavam”, o chamavam de “poste”, porém, fez um governo que marcou também a região do Alto Pajeú. Paulo Câmara administrou os destinos do Leão do Norte com pauta alusiva a economia. Deu aos pernambucanos orgulho na educação e priorizou o caminho para o destaque que alcançou o Estado a nível nacional. Estabilizou economicamente e foi o governador que mais investiu em ações estruturais na história de Pernambuco.
Obrigatoriamente, não se busca o convencimento de quem quer que seja, se quer a concordância do relato e/ou mesmo descaracterização de outros governadores, só não se pode omitir a realidade dos fatos que geriram os anos de governos do PSB e que, a incrementação de ações destinadas aos municípios governados por pessebistas e aliados, fomentaram evolução social/estrutural/política para os moradores da região do Alto Pajeú sob administração dos prefeitos acima mencionados.
Por: Joel Gomes Pessôa – Vereador do PSB de Tuparetama