OS LOUROS SEM ESFORÇOS
Para nosso diálogo desta data vamos buscar inspiração na frase “Muito querem o perfume das flores, mas poucos se atrevem a sujar as mãos para cultivá-las”, extraída do livro “365 dias de inteligência – Para viver o melhor ano da sua história”, do psiquiatra Augusto Cury.
Sem o intuito de apontar o dedo em direção a quem quer que seja, mas com o objetivo de refletirmos sobre posicionamento adotado por algumas pessoas ao exercerem cargos ou desempenharem atividades no mundo público ou privado. Para iniciarmos precisamos responder as seguintes indagações. “O que motiva nossa atração para aderirmos o posicionamento indicado pelo famoso escritor? O que fazemos para fugir da tentação de seguimos o enunciado da frase em destaque?”
Despido de qualquer ranço de prepotência eu entendo que ao agirmos na forma mencionado pelo psiquiatra estamos caminhando pela estrada onde se encontram placas que sinalizam nosso instinto egoísta e nosso individualismo. Para não ficar preso nessa opção a rota a seguir é a do pensamento coletivo e do altruísmo. Cada um tem suas receitas. Aqui o propósito nunca foi e nem será ser exemplo. No máximo nossa pretensão caminha na direção de cuidarmos do nossos atos, pensar no todo.
Permitam-me dizer que encontro muita gente boa praticando os dizeres da frase acima em sua plenitude em vários campos de atuação. a) Na imprensa quando opta por pautas que promovem visibilidade extrema sem preocupação quanto a checagem da veracidade das informações; b) No artista famoso que aceita todos holofotes desde que desacompanhados de críticas e/ou questionamentos sobre sua obra; c) No gestor público ao julgar que o poder está acima do bem o do mal; e d) No executivo que se acha a oitava maravilha do mundo, que seu status merece deferência sem reparos. Todos querem a vitória sem suor, a fama sem exposição ao risco, o lucro com pouco esforço. No dia que aprendermos a trocar nossos esforços pelas vitórias a frase acima deixa de existir. Concordam?