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Secult-PE, Fundarpe e instituições de ensino promovem o Fórum Cultura, Saberes Tradicionais e Educação

Em celebração ao Mês da Consciência Negra, acontecerá na próxima quarta-feira (30), a partir das 14h, o primeiro Fórum Estadual Cultura, Saberes Tradicionais e Educação, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe). Promovido pela Secretaria de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o objetivo do evento é aprofundar questões relacionadas à participação de mestres e mestras da cultura popular e ampliação dos conhecimentos tradicionais nos processos de formação no ensino superior.

Além de representantes de instituições de ensino públicas e privadas, o encontro contará com a presença fundamental de Patrimônios Vivos de Pernambuco. Brincantes e fazedores de cultura, como Pai Ivo da Xambá; Anderson dos Santos, da Tribo Carijós do Recife; Karen Aguiar, do Maracatu Leão Coroado; Lidivaldo Leite (Seu Vavá), do Banhistas do Pina; Mestra Cristina Andrade, da Ciranda Dengosa e Urso Cangaçá de Água Fria; dentre outros.

Participarão, representando as instituições de ensino superior, a professora Maria Conceição Reis do Núcleo de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal de Pernambuco (NÚCLEO-ERER), vinculado à Reitoria – UFPE; a professora Maria Lana Monteiro, do Núcleo de Diversidades e Identidades Sociais – NDIS, vinculado à Reitoria – UPE; e o professor José Nilton de Almeida, da Coordenação de Direitos Humanos, Ações Afirmativas e Diversidades, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Cidadania – UFRPE.

Junto com os docentes, os fazedores de cultura e gestores públicos vão compartilhar experiências que passam pelo reconhecimento das trajetórias de artistas ligados à cultura popular e aos conhecimentos tradicionais e religiosos, em especial aos de matrizes afro-brasileiras. Esse reconhecimento tem resultado nas titulações dos mestres e mestras da cultura popular, dentre eles, os Patrimônios Vivos de Pernambuco, como Doutorado Honoris Causa e titulação como Notório Saber em Cultura Popular.

O evento visa ampliar as possibilidades de participação de mestres e mestras, detentores de conhecimentos tradicionais no ambiente acadêmico, em papéis formativos, colaborando para a promoção e difusão da diversidade cultural pernambucana e na formação de profissionais atentos e sensíveis à preservação e salvaguarda dos saberes tradicionais em suas diferentes áreas de atuação.

“Esse fórum é um avanço na política de preservação do patrimônio cultural, na medida do estreitamento da relação dos mestres e mestras, que são detentores de saberes muito únicos e particulares de seu povo e de seu território, com as universidades, que por sua vez representam o saber institucionalizado. As instituições de ensino também precisam se abrir à ciência que está na cultura popular”, diz o secretário de Cultura de Pernambuco, Oscar Barreto.

Um dos temas a ser debatido é a realização do Edital de Titulação como Notório Saber em Cultura Popular, promovido pela UPE, após parceria com a Secult e Fundarpe; e dos reconhecimentos como Doutor(a) Honoris Causa para Lia de Itamaracá (Patrimônio Vivo) e Pai Ivo da Xambá, ambos pela UFPE, e para Manoelzinho Salustiano, pela UPE.

“Como resultados, objetiva-se a elaboração de agendas que colaborem para o fortalecimento dos instrumentos de reconhecimento dos conhecimentos tradicionais pelas universidades, bem como a participação e colaboração dos mestres e mestras da cultura popular para a educação no ensino superior”, diz o historiador Júnior Afro, vice-residente da Fundarpe.


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