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Bolsonaro afirma que vai respeitar o resultado das urnas no segundo turno: ‘Quem tiver mais voto leva’

Por g1 — Brasília

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, afirmou na madrugada deste sábado (29) em entrevista ao Jornal da Globo que vai respeitar o resultado das eleições no segundo turno – ganhando ou perdendo a disputa.

“Não há a menor dúvida. Quem tiver mais voto leva. É isso que é democracia”, declarou.
A afirmação foi dada à jornalista Renata Lo Prete após o debate da Globo entre Bolsonaro e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Na quarta, ao comentar a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de negar uma investigação sobre supostos problemas nas inserções eleitorais em rádios pelo país, Bolsonaro já havia dado declaração semelhante.

“A gente espera que haja serenidade por parte das autoridades de Brasília. Porque eleições se decidem por meio do voto, e aquele que tiver mais votos dentro da urna deve assumir o cargo na data adequada”, disse, naquela ocasião.

Bolsonaro foi questionado sobre o respeito ao resultado porque em diversas ocasiões, nos últimos anos, lançou dúvidas sobre o processo eleitoral – usando informações falsas e boatos já desmentidos pelas autoridades e pela imprensa.

Em julho, por exemplo, o candidato à reeleição reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para repetir suspeitas infundadas sobre a urna eletrônica, sem apresentar qualquer prova.

Elogios ao debate
Em entrevista a outros veículos de imprensa na saída dos estúdios Globo, logo em seguida, Bolsonaro elogiou o formato do debate.

Em todos os blocos, os candidatos tiveram que administrar “bancos de tempo” e puderam fazer perguntas diretamente um ao outro – às vezes com tema livre, às vezes com temas escolhidos a cada bloco.

“Primeiramente, parabéns pela Globo pelo formato, pela liberdade que tivemos e também vi imparcialidade. Deu para cada um apresentar suas propostas, tecer, obviamente, críticas ao outro. E recordar a memória de muita gente e fazer lembrar o jovem, que não viveu 2003 e 2016, o que foi o governo Lula e Dilma. A desgraça que foi para o país esse governo em todos os aspectos”, disse.

Na entrevista ao Jornal da Globo, Lula também elogiou o formato, apesar de lamentar a falta de debates sobre propostas. O candidato do PT não deu entrevista aos outros veículos de imprensa na saída.

“As eleições não são para mim, para o meu adversário, é para garantir o regime democrático nesse país e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É assim que as pessoas têm que votar. O Brasil precisa de mais educação, mais emprego, salário, comida, alegria, de menos armas, de mais livros, cultura”, afirmou o petista.


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