EDUCAÇÃO PLENA
Ao lançar seu olhar para educação na Campanha da Fraternidade a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB repete neste ano de 2022 abordagens dos anos 1982 e 1998. O tema escolhido foi: “Fraternidade e Educação”, o lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. Tais enunciados guardam perfeita coerência com a linha de pensamento deste cronista, em 14.02.22 na crônica “É o amor” falamos sobre práticas educacionais baseadas no amor.
Na revista publicada pela CNBB-NE2 a entidade chama atenção para fatos que agravam a situação indesejável da educação em nosso país. Destaca a “Agitação Social”, a ”Fadiga Pandêmica”, a “Ditadura da Tecnologia” e “Vítimas da Pandemia”. Negar que tais fatores geram impactos negativos no sistema educacional e tentar esconder um realidade palpável e perceptível a olho nu. Para fazermos escolhas capazes de mudar o rumo da educação no Brasil a CNBB indica que precisamos: “Escutar”, “Discernir”, “Agir” e “Contemplar”. É claro que por mais força que tenham estas práticas solução não virá sem a mudança de postura dos governantes, dos pais, e de todos que atuam no sistema educacional.
A título de ilustração registro um fato que presenciei durante uma visita que fiz a um amigo que coordena uma unidade escolar em Recife. O educador, durante nossa conversa, foi abordado pelo pai de um aluno sobre a necessidade de intensificar e manter regularidade nas atividades extra classe. Isto mesmo, o pai veio solicitar que as atividades para o aluno desenvolver em casa fossem feitas com regularidade e em volume capaz de manter o jovem atento às suas responsabilidades escolares.
Não tenho dúvidas que se outros pais seguissem esta linha do pensamento e com inserção do amor nas escolas poderíamos nos mover em direção ao lugar que possibilita tirar a educação do estágio atual. Ao entendermos que educação é um sistema que extrapola a sala de aula, que nasce da ação integrada da escola, da família e da comunidade avançaremos.